terça-feira, 17 de maio de 2011

O LADO OCULTO DAS RELIGIÕES


Meus religiosos leitores, eu me dedicarei, nas próximas linhas, a refletir sobre um tema de inestimável valor para o momento por que passa a humanidade – o lado esotérico e místico das religiões. A maioria das pessoas cristãs negará a existência de ensinamentos ocultos no cristianismo, e que os chamados Mistérios
Menores e Maiores não passam de crenças pagãs. Os crentes e devotos religiosos costumam afirmar, até com certo orgulho, que os ensinamentos do Cristo não têm segredos, e que o Mestre Jesus, o que tinha a ensinar, ensinava-o a todos.

Eu irei utilizar-me de um precioso livro, escrito por uma das mais sábias pensadoras teosofistas, Annie Besant, denominado O Cristianismo Esotérico, que faz uma análise profunda sobre as origens das religiões e seus fundamentos espirituais. A autora afirma que o cristianismo possuía o seu lado oculto, como ocorria com todas as grandes religiões, e que nele estavam guardados sagrados segredos, que somente eram revelados aos escolhidos. Que cristão ousaria desconhecer a frase de Jesus: “muitos serão chamados, mas poucos os escolhidos”?

O lado oculto de qualquer religião é a condição primordial de sua força e estabilidade. A existência deste esoterismo, em todas as religiões que resistiram ao passar dos tempos, é um fato histórico, que deu consistência às suas crenças até os dias de hoje.

O início de nossa reflexão começa com a pergunta: qual é a finalidade das religiões?

As religiões, de acordo com Annie Besant, são ofertadas ao mundo por homens mais sábios que as massas, com a intenção de acelerar a evolução humana. Essa aceleração, porém, só irá ocorrer de modo efetivo, se os ensinamentos atingirem e influenciarem individualmente cada criatura humana.

Meu atento leitor, eu já sei que irás argumentar que, nem todos se encontram num mesmo grau de evolução. Os mais evoluídos encontram-se, intelectual e moralmente, bem acima dos demais. A cada passo evolutivo, o nível de consciência se modifica, e seria inútil querer dar a todos o mesmo ensinamento religioso. A mensagem que ajudaria o mais evoluído ficaria completamente incompreensível para o mais ignorante. O conceito que despertaria o êxtase no santo, não causaria nenhuma impressão ao criminoso. Mas, todos os seres humanos têm o direito e a necessidade da religião, para que possam alcançar a sua evolução.

Diante dessas constatações, nós somos forçados a admitir que a mensagem religiosa, para atingir o seu objetivo, deve ser compatível com o nível de evolução de cada um. E, assim sendo, torna-se imprescindível diferenciar-se o grau de complexidade do ensinamento, dando, a cada um, o que ele estiver em condições de entender e absorver.

A nossa sábia pensadora Annie Besant afirma ainda que, se uma religião não for capaz de atingir o nível intelectual, nem purificar e elevar as emoções humanas, ela não alcançará a sua finalidade. Mas, essas ações serão apenas estágios intermediários para estimular a expansão da natureza espiritual da criatura humana. E, só assim, ela se sentirá impelida a sempre caminhar em direção à eterna aspiração humana de comungar com Deus.

Voltemos meus caros leitores à nossa questão inicial, e após refletir sobre a finalidade, façamos outra pergunta: “qual é a origem das religiões?”. As investigações demonstram, de maneira indiscutível, que todas elas se assemelham por seus grandes ensinamentos. E também por seus Fundadores, que manifestaram faculdades sobre-humanas, uma ética de raras virtudes e uma elevação moral extraordinária. Somam-se a estas semelhanças mais comuns, os métodos que todas expressam para entrar em contato com os mundos invisíveis e os símbolos que exprimem suas crenças religiosas. Essas semelhanças chegam, muitas vezes, a uma identidade absoluta, comprovando uma origem comum a todas elas.

As religiões se apresentam ao nosso estudo como ramificações de um tronco comum – a Sabedoria Divina. Esta conclusão apóia-se no fato de seus Fundadores pregarem ensinamentos que excedem o nível de conhecimento do homem comum. Esses ensinamentos se mostram tão superiores aos princípios humanos que, muitos deles, mesmo sendo repetidos nos templos e igrejas, se degeneraram com o passar do tempo, desvirtuando o seu sentido e servindo a interesses distantes daqueles ensinados pelos Fundadores.

Outra nova pergunta, surge na tua e na minha mente, atento leitor: “a que povos as religiões foram ensinadas?” Somente a uns poucos, escolhidos por méritos, ou a muitos e dos mais diversos tipos de evolução? Encontramos esses ensinamentos religiosos não só entre as civilizações mais adiantadas, mas também nos povos mais ignorantes, entre os dotados de grande espiritualidade e entre os excessivamente brutais. E para cada um desses povos e pessoas é necessário oferecer um ensino diferenciado, conforme sua capacidade em absorvê-lo.

Deves estar a pensar aí com os teus botões, inquiridor leitor, “mas e o lado oculto, o esoterismo da religião, por que é necessário?”. Acontece que o acesso à Sabedoria Divina proporciona o saber, e “saber é poder”. A evolução espiritual permite que, a criatura humana venha a acessar conhecimentos que seriam perigosos, em mãos dos que não estivessem moralmente prontos para recebê-los. Por isso, todo Instrutor que difunde os ensinamentos ocultos precisa tomar muito cuidado com quem esteja a receber esses conhecimentos.

Quem já não ouviu falar na decadência da civilização atlante, por conta do mau uso do poder oculto? Naquela época, esse tipo de conhecimento era ensinado sem a indispensável segurança, quanto a quem iria recebê-lo. Muitos sem nobreza de caráter, desprovidos de ética, de pureza de propósitos e de altruísmo receberam esses conhecimentos. Eles se tornaram não somente gênios intelectuais, mas também criaturas egoístas e iníquas, que só visavam interesses pessoais e não se importavam em causar males aos demais.

A submersão da Atlântida, por conta de tantos desvarios humanos, é narrada na Bíblia, como o dilúvio que tem em Noé o grande herói. Nas Escrituras Sagradas dos Hindus, a história de Vaisvata Manu narra os mesmos fatos, numa outra versão, tão autêntica e fiel aos acontecimentos quanto a que foi transmitida pelo povo hebreu.

Os Grandes Seres, responsáveis pela evolução humana na Terra, passaram, então, a exigir maiores cuidados com a transmissão dos ensinamentos esotéricos, para evitar que o mundo viesse a sofrer uma nova catástrofe semelhante à da Atlântida. Os Mistérios continuaram a ser passados de Mestre para discípulo, mas de boca a ouvido, e com cautelas maiores. Os Mistérios do Egito foram uma glória para aquela terra sagrada. Na Pérsia, tivemos os Mistérios de Mitra. Na Grécia, os Mistérios de Orfeu e de Elêusis.

A Escola Pitagórica foi um grande centro iniciático, em que os Mistérios eram ensinados através da ciência oculta dos números. A Escola tinha discípulos que viviam externamente com suas famílias e outros que levavam uma vida interna, distribuídos em três graus distintos: os Ouvintes, que trabalhavam e ficavam sem falar durante dois anos, para melhor assimilar os ensinamentos; os Matemáticos, que estudavam, através da geometria e da música, a natureza dos números, das formas, da cores e dos sons e os Físicos, que aprendiam a Cosmogonia e a Metafísica.

Os ensinamentos da Escola de Pitágoras conduziam os seus discípulos aos Mistérios, e quem desejasse ser admitido na Escola deveria gozar de uma reputação irrepreensível e possuir firmeza de caráter.

Pitágoras recebeu uma Iniciação inicial no Egito, onde aprendeu a lidar com os conhecimentos esotéricos e a desvendar os segredos místicos da numerologia. Mais tarde, ele foi à Índia, e lá recebeu uma alta Iniciação.

Os Iniciados eram introduzidos nos Mistérios, principalmente no Egito, onde se concentravam os grandes conhecimentos do ocultismo. Depois, eles procuravam manter-se em relação constante, ao retornar para os seus países de origem.

Os Iniciados eram os Mestres dos futuros Instrutores que deveriam passar ensinamentos místicos e conhecimentos esotéricos para seus discípulos, nos diversos Centros Iniciáticos espalhados pelo mundo.

Os Instrutores sempre foram considerados indispensáveis, pois não bastava o ensinamento escrito, quando se tratava de transmitir os Mistérios. A Iniciação consiste, entre outros aprendizados, o de conhecer Deus e não somente em Adorá-lo à distância. Ela ensina que a criatura deve saber que a Existência Divina é real; que somente fé e esperança não bastam e que para obter o que quer ou o que costuma pedir a Deus, o homem deve realizar a grande união do seu aspecto humano com o divino.

E como dizia o grande apóstolo Paulo, aquele que só veio a conhecer o Cristo após sua morte: se a religião não consegue conduzir o homem para essas verdades, ela se torna como “o bronze que soa ou como o címbalo que retine”.

sábado, 7 de maio de 2011

TEIA AMBIENTAL - VIVA BARCELONA, OLÉ!

TEIA AMBIENTAL - VIVA BARCELONA, OLÉ!
Rede de Conspiradores Preservacionistas

Meus ambientalistas leitores, eis-me aqui a dar viva a uma cidade de primeiro mundo que está sabendo harmonizar o progresso com o zelo ao meio ambiente. Barcelona é um exemplo admirável para outras grandes cidades que alegam ser a imundice das suas ruas e praças uma conseqüência natural do progresso.

A cidade de Barcelona utiliza um sistema subterrâneo para descartar o lixo, que acabou com a sujeira nas ruas, descartou os latões de lixo e deu um basta no velho chavão – progresso e lixo são parceiros inevitáveis.

Diversas cidades européias já se mobilizaram para se adaptar à idéia de progresso sem lixo, mas nenhuma delas criou um sistema que chegasse próximo ao de Barcelona, para o manejo ecologicamente correto do lixo.

As cidades da Europa mais preocupadas com o trato do lixo dispensaram as coletas em caminhões, substituindo-os por bocas de lixo, onde os sacos são colocados através de escotilhas. Daí em diante, cada qual usa um processo diferente para a destinação desse lixo.

Nenhuma delas, no entanto, encontrou solução de tamanha eficiência como Barcelona. Lá, as bocas de lixo são ligadas a um sistema de tubulação subterrânea, que, por sucção, transporta o lixo de hora em hora, dia e noite, o ano inteiro, para coletores que se destinam às usinas de triagem.

Assista a reportagem da Rede Globo.

O lixo chega a viajar a 70 km por hora, por baixo da terra, até os coletores que ficam na periferia, enquanto as usinas se localizam em pontos ainda mais distantes do centro da cidade. O material reciclável segue o seu destino para servir de matéria-prima a novos produtos, enquanto o lixo orgânico vira combustível para mover as turbinas que irão gerar eletricidade.

Meus atentos leitores, isso que parece tão simples, à primeira vista, é realmente muito simples, bastando um pouco de imaginação e uma enorme vontade política. Se tudo que entra e sai de uma casa costuma vir por baixo da terra, por que não incluir o lixo nesse procedimento?

A idéia surgiu em 1992, na Vila Olímpica de Barcelona, e o projeto foi elaborado especialmente para os Jogos Olímpicos daquele ano. A intenção inicial, que era atender apenas à Vila Olímpica, acabou tornando-se um projeto para toda a cidade de Barcelona.

Nos anos que se sucederam às Olimpíadas, a prefeitura de Barcelona tem investido na ampliação da rede de tubulação, como se costuma fazer com as redes de água, esgoto, gás, energia elétrica e telefonia.

Calma, meu ansioso leitor, eu bem que sei o que se passa na tua mente – contas, contas e mais contas. Esquece-te dessas tuas contas. Economia é uma questão muito mais política do que financeira, sempre afirmou com muita propriedade a sábia economista autodidata Hazel Henderson.

A prefeitura de Barcelona já comprovou que todo o custo do projeto acaba representando, a médio e longo prazo, um investimento menor do que o tradicional método de coleta. E sem contar com os benefícios paralelos, alguns impossíveis de contabilizar, relacionados à saúde, ao turismo e ao bem estar da população.

Em Barcelona, os prédios que têm sido construídos nas últimas décadas já possuem o sistema, incorporado às suas instalações de exaustão do lixo. Os moradores já não precisam carregar os sacos até a rua para depositá-los nas bocas de lixo. E, dessa forma, são recolhidos 70% do lixo da cidade, e, dentro de cinco anos, a previsão é que não existirá mais coleta por caminhão.

Meus sábios leitores, eu vos pergunto, para que me respondeis com sinceridade – um sistema desse tipo pode ser instalado no Rio e em São Paulo e em outras cidades menores, mas não menos progressistas? É claro que sim!

As obras do PAC estão aí mesmo, comprovando que o dinheiro público continua operando milagres, quando há vontade política. Ou seria interesse, a palavra mais adequada!

Estamos a caminho dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Mais alguns poucos anos, e teremos a nossa Vila Olímpica. Que tal copiar Barcelona? Já que não estamos conseguindo copiar a qualidade do time comandado pelo gênio do Messi, talvez possamos copiar o método de destinação do seu lixo.

Dinheiro? Como cantou o Martinho da Vila – dinheiro, pra que dinheiro? Não é para tornar a nação mais próspera e o povo mais feliz? De que adianta um mês de atrações esportivas, e quando o circo vai embora, fica tudo como era antes?

A cidade do Rio e a nação brasileira deveriam preocupar-se com o lixo da Vila Olímpica, a partir do projeto espanhol. Inventar coisa nova é muito bom, mas copiar o que já deu certo é bem mais inteligente do que sair gastando com maquiagens que escondem o mal, mas não saram a ferida. E ainda tem o aspecto pioneiro, semelhante ao que ocorreu em Barcelona, de começar na Vila Olímpica e se estender para toda a cidade, e, para o país inteiro.

Por enquanto, Barcelona está dando um olé no resto mundo. Nos campos de futebol e nas suas áreas urbanas. A Teia Ambiental saúda a prefeitura municipal de Barcelona e parabeniza o seu povo. Viva Barcelona, olé!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O PERDE-E-GANHA DOS NASCIDOS EM DIA 19

Meus assíduos leitores, se tu nasceste num dia 19, não te amofines por tuas perdas na vida, pois para perder, antes é preciso ganhar. O melhor é aceitar a surpreendente perda que estava fora do programa, porque ela não passa de dívida contraída noutras vidas. E quem deve, deve pagar.

O karma 19 é implacável, e tudo que retiraste para ti, em vidas passadas, sem mereceres, agora, tu terás de devolver. E nem mesmo importa a quem pagarás o que deves, mas terás de pagar. Este acerto de contas é a mensagem que nos traz o número kármico 19, não importa em que posição do mapa ele se apresente.

Os nascidos em dia 19 já conhecem bem essa espécie de juízo final, que os condena, a todo instante, a sofrer alguma perda, inesperada e injustificadamente. E, logo depois de ganhar aquele prêmio, que iria resolver tantos problemas em suas vidas, essas criaturas que aniversariam em dia 19, se vêem às voltas com cobranças, multas ou prejuízos, que os deixam fora de si. Mas, não adianta reclamar, o melhor mesmo é pagar.

Desde muito cedo, as perdas começam na vida desses endividados kármicos, que não sabem explicar de onde surgem tantos credores a lhes apresentar contas a pagar. Se fossem apenas as dívidas financeiras! Elas incomodam, mas dá para suportar. Acontece que há dívidas no amor, na vida profissional, nas amizades, nos reconhecimentos e até dentro de casa na relação com marido, esposa e filhos.

Na escola, a menina do dia 19 está toda vaidosa, suspirando pelo colega bonitinho da sala, quando aquela sem gracinha vem e o toma dos seus devaneios, já que, nos seus braços, ele nunca esteve e jamais estará. Ela se revolta, acha injusto. O que ela tem que eu não tenho? Mas, a pergunta deve ser feita ao contrário. O que eu tenho que ela não tem? A resposta é muito simples – KARMA.

No trabalho, o funcionário exemplar se destaca e aguarda a promoção dada como certa. Mas, na hora H, outro vem de não sei onde, e passa na frente dele. O aniversário dele? Pode confirmar, que é no dia 19 de um mês qualquer, não importa qual.

A bela casa que foi herdada, e que parecia caída dos céus, tem de ser hipotecada, e o negócio que tinha tudo para dar certo, fracassa, e lá se vai ela embora - a casa dos sonhos. Nova oportunidade surge, a vida melhora, tem-se um aumento de salário, compra-se um apartamento, e, antes de se receber a chave, a construtora vai à falência, e todo o dinheiro pago é perdido.

No auge da carreira, a empresa se muda de cidade, e o emprego vai com ela. O padrão vai lá embaixo, mas com muita luta as coisas voltam a melhorar, até que um mau negócio realizado pelo filho obriga a vender tudo para salvar o filho da falência.

Amigos são perdidos, a troco de nada. Amores são frustrados, por razões que não se pode explicar. Casas são conquistadas e perdidas, empregos vão e voltam, para irem embora de vez. A conta bancária melhora, já dá para suspirar descansado, não fosse uma conta inesperada a ser paga por ter sido fiador do irmão.

Paga tudo, desconsolado leitor do dia 19, quem te mandou tirar dos outros, o que não te pertencia. Eu sei que não te lembras de nada, mas não se precisa de memória, quando a lembrança é kármica. Aqui se faz aqui se paga. E não adianta alegar o desconhecimento da dívida. Os registros akáshicos são precisos e não erram jamais. Se eles contabilizam uma dívida tua, é melhor pagar enquanto é tempo, pois acumulá-la não é uma boa idéia.

Paga e não reclama, pois de nada adianta reclamar. O gerente do banco não poderá ajudá-lo. A amiga daquela jovem que suspirava de amores por ti, não poderá ajudar-te, pois nem ela sabe explicar o que deu na cabeça da amiga.

As dívidas kármicas do número 19 são antecipações do juízo final, pequenos julgamentos prévios que procuram ir pondo as coisas nos seus lugares, para não deixar tudo para os últimos dias. Eu falo dos teus últimos dias, meu kármico amigo, e não da humanidade. Cada coisa no seu tempo, tua alma em primeiro lugar, as outras almas depois, e por fim a Alma do Mundo.

Todos pagam nas vidas seguintes, o que fizeram nas anteriores. Aqueles que trazem número 19 na alma, na personalidade ou na missão, ou no dia de nascimento, ou em outra qualquer posição do mapa, pagam mais, porque se apossaram de mais. Tomaram para si, o que outros deram duro para conseguir. Escravizaram, para ter vassalos ao seu dispor. Como reis ou rainhas, exploraram seus súditos, cobrando-lhes impostos indevidos, roubando-lhes terras e seqüestrando suas mulheres.

A conta vai sendo acumulada, a dívida cresce, até que tem de ser paga. A alma é a mesma, ainda que outra seja a personalidade. A cobrança desconhece a personalidade, a alma é o verdadeiro “eu”, a personalidade não passa de mais uma máscara que esconde o verdadeiro autor dos karmas.

Aconselho-te, revoltado leitor, a acalmar-te e quitar todas as tuas dívidas, e o mais rápido possível. Não adianta querer recorrer à justiça, pois é exatamente ela que te cobra essas dívidas. Não a justiça dos homens, que dessas dívidas ela nada entende, mas a justiça divina.

E se queres saber quanto ainda deves, eu não saberia dizer-te, nem eu, nem ninguém. A tua dívida poderá ser liquidada amanhã, daqui a um ano, ou deixar uns restos a pagar, para a próxima encarnação.

Por essas e outras, que é bom ter bastante cuidado com o que se toma para si. É bom pensar bem se o que estamos cobiçando está ao nosso alcance possuir ou se é melhor deixar onde está. Pagar o que a gente deve, quando a dívida foi contraída na mesma vida é fácil de digerir. Mas, pagar dívidas que já caíram no esquecimento, tantas foram essas vidas vividas depois de contraídas, não é uma tarefa fácil para nenhum de vós, meus leitores assustados, que estão a procurar em seus mapas a presença cobradora do número 19.

Se não tens 19 no teu mapa, é bom precaver-te para que, nesta vida, não avances no que é dos outros, não explores o trabalho alheio, não sejas um chefe ganancioso ou um pai de família autoritário. Juízo, meu caro leitor, juízo! Nunca se sabe a dívida que vamos deixar ao final da vida.

Entre tomar para ti, e doar o que tens, fica com a segunda opção. Esta pode render-te alguns dividendos, já nesta vida, e seguramente nas próximas. A outra opção, eu não te recomendo, pois os registros do Akasha não deixam passar uma só das tuas injustiças, sem contabilizar débitos na tua conta.

Esse perde-e-ganha na tua vida é a conseqüência desses desmandos em tuas vidas passadas, meu leitor do dia 19, que só não te deixam na miséria, porque a Lei do Karma é justa, e te dá chances de ganhar para pagar tudo que deves. Mas, não dês chance ao azar, pois a tua conta pode vir a ser impagável, como dizia um antigo Ministro da Era Collor.