quarta-feira, 30 de novembro de 2011

EM BUSCA DO NIRVANA OU DO CÉU

Ah, meus caros leitores, todos querem o céu! Os budistas clamam pelo Nirvana, os cristãos sonham em subir aos Céus. Os muçulmanos querem ser recebidos por Alá. Os judeus, por Jeová. E tu, o que esperas encontrar ao fim da vida?

Todos esses locais sagrados ou estados de consciência superior são atingidos com a morte, mesmo que seja uma espécie de morte em vida, um estado de libertação dos sofrimentos, como pensam os budistas.

De acordo com a concepção budista, o Nirvana seria uma superação do apego aos sentidos, uma rejeição ao sentimento de propriedade e um absoluto desapego aos prazeres do plano físico.

A conceituação cristã não difere muito do ideal de encontrar a paz nos Céus, junto a Deus. O mesmo pode-se dizer do muçulmano na sua jornada ao encontro de Alá. E o que isso difere da visão judaica, em relação ao seu Deus Jeová?

A morte é o fim da estrada, onde se encontram esses santuários acolhedores das almas. Não se consegue alcançar esses estados superiores de consciência, se não morrermos para os apegos ao mundo material e nos entregarmos nas mãos do insondável destino.

Não sabemos o que virá no final da estrada da vida, ainda que cada crença nos proponha uma destinação divina, desde que cumpramos os rituais de passagem, estabelecidos por essas crenças e que fazem parte dos dogmas religiosos que as sustentam através dos séculos ou milênios.

Se for preciso morrer para alcançar a vida eterna ou a recompensa espiritual divina, por que tanto medo da morte? Os mais fervorosos dos crentes, e não importam suas crenças religiosas, se contorcem de angústia, quando o assunto é a morte.

Ou não é a morte a ponte salvadora que transporta a alma para os Céus ou para o Nirvana, ou, é sim, mas são os religiosos que não admitem abrir mão do sofrimento e dos “pecados” do mundo da matéria. Entre pecar com prazer físico ou ascender ao prazer espiritual da comunhão divina, a incalculável maioria se apega à matéria.

O medo, sim o medo, pode mudar o rumo dessa decisão. Mas, tu não achas, caro leitor, que só se for um medo apavorante? Se for uma historinha do que pode acontecer, com quem não fizer isto ou aquilo, não funciona, ou pelo menos não tem funcionado.

Tenho convidado muitos interessados nos segredos da Numerologia da Alma a participar de cursos de Iniciação Espiritual, para que se conheçam melhor e possam ascender a esses Planos Superiores, onde poderão comungar com o Divino. Mas, quando percebem o enorme trabalho que terão pela frente, com o estudo e a mudança de hábitos, com o abandono de vícios e com a transformação de suas vidas, desapegando-se de falsas crenças e falsos valores, a grande maioria recua ou desiste no meio da jornada.

É que essa maioria se deixou levar pela fantasia de que com um pouco de estudo e prática, a iluminação é garantida, senão no início da jornada, pelo menos nos passos mais adiante.

Todos se julgam bonzinhos e dignos de serem reconhecidos como santos, gurus ou iluminados, bastando confessar suas crenças num Deus amoroso e justo, que tudo se resolve. Mas, com o passar do tempo, com a carga iniciática cada vez maior e com as forças de oposição agindo de modo incansável, tentando, seduzindo e iludindo, o postulante se desanima e desiste pelo caminho.

Muitos desses desistentes alegam que pensavam que seriam brindados com visões angelicais ou mensagens proféticas, assim que dessem os seus primeiros passos no caminho espiritual. Alguns mais sinceros confessam que não conseguem abrir mão dos prazeres da vida, mesmo os mais simples e puros, como o álcool, a gula, as farras, inocentes traições, breves atos de egoísmo, um pouco de ostentação e vaidade, e diversas outras atitudes, todas elas incompatíveis com a Iniciação Espiritual.

A humanidade geme de dor, a cada dia, hora e minuto. As doenças proliferam nos países ricos e pobres, com vírus diferentes, mas todos danosos ao corpo, ou letais. A violência toma conta dos centros urbanos, confrontando a polícia com o povo rebelado. As guerras confrontam nações, por razões fúteis, quando analisadas sob a ótica espiritual, mas perfeitamente justificáveis, sob o enfoque político.

Os ditadores violentos se encontram não só nos reinos distantes, mas dentro dos lares, fábricas e escritórios, comportando-se com arrogância e prepotência, impondo-se pela força. Os criminosos são educados em Escolas e Universidades, e aprendem a enganar a sociedade e a transgredir as leis, com a sutileza de um maestro que orquestra o crime organizado, encoberto por pautas e arranjos que não desafinam, por serem muito bem ensaiados por governantes e governados.

Estudar, só para seguir carreiras que dão muito dinheiro e proporcionam oportunidades de enriquecimento, com um pouco de trabalho e muitas falcatruas. Poucos se convencem que ser honesto vale à pena. E, quase nenhum, acredita que o amor e a bondade vencem a guerra e a violência. É cada um por si, e torcem para que Deus não esteja com todos os outros.

Ser espiritualizado dá muito trabalho. É difícil entender essas explicações místicas em que não se tem prova visual de nada. É mais fácil estudar para ganhar dinheiro do que para atingir os Céus, ou o Nirvana. Deus bem que podia ter facilitado as coisas, e criado verdades menos complicadas e que exigissem menos estudo.

Pensando assim, atento leitor, a grande maioria das pessoas que tu conheces entra e sai do templo sem nenhum grau de evolução espiritual. Se parecem ter absorvido um pouco da energia sagrada do templo, logo perdem esse pouco, com o contato com o mundo cá fora, que se situa logo no final das escadarias do templo.

A Numerologia da Alma ensina o caminho para os Céus, para o Nirvana ou para a Iluminação, mas quem caminha é o postulante, que será o eterno peregrino em busca do local sagrado, onde irá comungar com o Divino. Não tem moleza, não, meu ingênuo leitor.

O Caminho da Iniciação é uma via crucis, semelhante à que percorreu o Cristo. E quem quiser chegar a Deus, ou ao Seu reduto sagrado, terá de sofrer como Jesus sofreu, e no final perdoar os que não sabem o que fazem.

O preço é caro, meu nobre leitor, muito caro. Pagá-lo, e ascender aos Planos Divinos, ou preferir gastar tudo com os prazeres mundanos, é uma opção pessoal de cada um. Mas, que não se reclame, mais tarde, das doenças e das desgraças, pois elas não são fatos gratuitos que se manifestam à toa, por um caso ou por acaso.

A Alma e o Corpo sofrem juntos, quando não se harmonizam entre si. As doenças ferem o Corpo, quando ocorrem essas desarmonias. A Alma padece com a dor do Corpo, e mais tarde com o seu próprio fracasso espiritual.

Ninguém se toca dos sinais que estão no ar. Deus fala a linguagem dos sinais, e todos só vêem variações climáticas e efeitos estufa. As violências não cessam de crescer, e só se discutem as causas sociais. As epidemias assolam o planeta, e só se busca solução dentro de laboratórios.

Assim caminha a humanidade até que o medo mude tudo. Talvez, não um medo desses com que estamos acostumados, mas o pavor de ter de enfrentar o desconhecido. E não estou falando de fim do mundo, porque isto nunca existiu, pelo menos do jeito que se imagina. Eu estou a me referir sobre o fim da humanidade, ou de grande parte dela.

As chances estão sendo dadas. Nunca se teve tantas informações, para que todos entendam o que está acontecendo no mundo. A cegueira impede que se veja a realidade, e cada qual só enxerga o que lhe interessa.

Ou a humanidade dá uma guinada para o espiritual, o místico e o sagrado, ou vai tudo para o brejo. Aí não adiante esperar milagres, nem de anjos e nem de alienígenas, pois eles têm mais o que fazer do que se preocupar com quem não cuida da sua própria casa.

Abre o teu olho, leitor amigo. Deixe de te preocupar com 2012, e passa a cuidar mais da tua alma. Há muito mais verdades no caminho entre os Céus e a Terra, do que pode imaginar a tua ambiciosa e materialista filosofia.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

TEIA AMBIENTAL - MANTEIGA OU MARGARINA: LATICÍNIO OU LATROCÍNIO

Teia Ambiental - em defesa da saúde!


Meus queridos e fiéis leitores, certas palavras confundem a nossa mente, e outras, nos conduzem a um jogo sonoro interessante, que ajuda a reflexões. Este é o caso das palavras laticínio e latrocínio – uma designa os derivados do leite e a outra, o ato de matar para roubar.

No grupo dos laticínios, encontra-se a manteiga, e no dos latrocínios, o uso de margarina como substituta da manteiga. A manteiga é um produto derivado do leite que vem sendo utilizada há séculos, e que, antes da Revolução Industrial, nunca fora cogitada como prejudicial à saúde.

A margarina surge com as indústrias de produção em massa, em que tudo tem de ser produzido em larga escala, e quanto mais artificial, melhor. A margarina surgiu para combater o consumo da manteiga, que dada à simplicidade da sua fabricação, pode ser fabricada em casa, para o consumo familiar.

Meu ingênuo leitor, não crê nas propagandas enganosas, que alegam benefícios à saúde, pois essas indústrias não ligam a mínima para os efeitos que seus produtos possam causar aos consumidores, desde que estejam protegidas pelas leis. E suas marcas são cuidadosamente licenciadas por Órgãos Sanitários que se importam muito menos com a saúde do corpo do que com a saúde do bolso.

A propaganda negativa contra a manteiga foi uma estratégia natural, usada por essas grandes corporações internacionais que estão costumadas a impor suas verdades à custa de fortunas em publicidade. Campanha semelhante foi promovida pelos Laboratórios contra as propriedades medicinais e curativas das águas minerais.

Valho-me de um dos inúmeros informativos que podemos encontrar na internet, e que comparam as vantagens e desvantagens da manteiga e da margarina. Deve-se, naturalmente, evitar os “sites” das empresas fabricantes, que irão puxar a brasa para as suas sardinhas.

O “site” que eu vou mencionar, e até podia usar outros, é o da nutricionista Ana Rosa, denominado Laboratório da Nutricionista, no qual ela faz uma comparação entre a manteiga e a margarina.

Segundo a nutricionista, alguns estudos evidenciam que comer margarina, em lugar da manteiga, aumenta em 53% o risco de desenvolver doenças coronarianas, principalmente nas mulheres. Afirmam os mesmos estudos que, a margarina aumenta em cinco vezes a possibilidade de contrair um câncer.

E, o que poucos sabem, porque a mídia pouco divulga, já que os grandes anunciantes são fabricantes de margarinas, e não de manteigas, é que a margarina, ao contrário do que se costuma imaginar, aumenta o colesterol ruim, o LDL, e diminui o bom, o HDL. A manteiga, principalmente as mais naturais, conhecidas como “manteigas da terra”, pelo contrário, não aumenta o colesterol.

Aumenta o teu espanto, caro leitor, pois ainda te reservo mais surpresas. A manteiga é naturalmente rica em “omega6”, um tipo de gordura essencial ao nosso corpo. A manteiga aumenta a absorção de alguns importantes nutrientes, como as vitaminas A – D – E - K, presentes em outros alimentos, além de ser fonte natural de algumas dessas vitaminas. Na margarina, todas as vitaminas são adicionadas industrialmente.

As pessoas se deixam influenciar pela publicidade, que afirma o que bem entende, até porque alegam pesquisas que ninguém confere. O resultado é que se repetem falsas verdades, com base em verdades falsas, divulgadas pela mídia, sem nenhum outro comprometimento, que não a conta publicitária do fabricante de margarinas.

Quem tiver estômago forte, pode ler a composição das margarinas, e tentar entender o motivo pelo qual eu incluo este texto na Teia Ambiental. Saúde também é ecologia, e manter o organismo limpo e puro também é uma preocupação ambiental.

Existem diversos “sites” que explicam a composição das margarinas, mas é só consultar o “site” Wikipédia, que se tem uma noção de onde os consumidores de margarina estão metidos.

Não vou te frustrar, meu leitor, e deixar-te sem uma idéia desses componentes, ainda que te recomende consultar a internet para maiores detalhes sobre as margarinas. Muitos desses elementos, eu não os conheço, nem jamais ouvi falar. Repito-os, e nada mais. Note bem, para que não se confunda, quando for perguntar ao seu médico, o motivo dele recomendar a margarina e não uma simples manteiga, produzida com creme de leite e sal.

As margarinas são compostas em suas essências por gorduras vegetais hidrogenadas, sebo de animal, ácido sulfúrico, leite de vaca, soda cáustica, ácido benzóico, ácido butil-hidro xitolueno, galato-propila, corante artificial, aromatizantes artificiais, antioxidantes artificiais, estabilizantes artificiais, vitamina A sintética e muitos outros produtos químicos. Segundo é informado, o uso do butil-hidroxitolueno é para quebrar as estruturas do sebo do boi e conservar a mistura, sendo um componente considerado altamente prejudicial à saúde.

Meus conscientes leitores raciocinem comigo. Como uma mistura explosiva desta pode ser mais saudável do que uma simples e doméstica manteiga? Como pode um médico ser capaz de receitar a substituição da manteiga por margarina, por conta de redução de colesterol. O que já se sabe que não é verdade.

As empresas de margarinas gastam fortunas para vender uma pasta artificial que promete uma saúde artificial. As agências de saúde não estão nem aí, para as porcarias que estão sendo lançadas no mercado, por empresas de projeção internacional que se vangloriam de produzir qualidade. Os governantes não se preocupam em orientar o povo, que acaba se deixando levar pela publicidade enganosa.

A margarina não é nenhuma descoberta moderna e revolucionária para proporcionar mais saúde, e quem pensa assim, não sabe o erro que está cometendo. Em 1860, o imperador Napoleão III da França ofereceu uma recompensa a quem conseguisse encontrar um substituto satisfatório e mais barato para a manteiga, que pudesse atender às classes sociais mais baixas e ao exército. O químico Hippolyte Mège-Mouriés inventou uma substância a que chamou oleomargarina, e mais tarde somente margarina, preparada com gordura de vaca, cuja porção líquida era extraída sob pressão e depois solidificada, em combinação com butirina e água.

Assim, veio a surgir essa falsa manteiga, um subproduto animal, preparado de um modo simplório e com o único objetivo de servir de alternativa barata e popular, para a tradicional manteiga. A sofisticação da margarina, como sendo um produto mais saudável do que a manteiga somente surgiu com a febre de novidades industrializadas, que tomou conta de uma sociedade que tenta escapar das doenças, mas cuja má alimentação nega essa intenção.

Agora, meus leitores, digam-me se estou errado, quando classifico como latrocínio, o que fazem essas empresas gigantescas que tentam impor verdades, à custa de publicidade enganosa e de subprodutos danosos à saúde. Elas matam e roubam. Matam, pois entregam ao consumo autênticos venenos, e roubam, pois enganam o incauto consumidor, que paga muito mais caro por produtos de má qualidade. Poluir o corpo da humanidade também é uma forma de agressão ambiental.

Não se deixem enganar, meus iludidos leitores, as propagandas são quase todas, senão todas, bem articuladas mentiras, que só têm um objetivo, o de vender. Se os efeitos do uso ou do consumo do produto anunciado ameaçam a saúde ou à vida, as instituições envolvidas não estão nem aí para isso.

Cuidado, com o que comem! O produto pode ser autorizado para consumo, mas pode não ser apropriado. E quem decide o que presta e o que não presta somos nós. Mesmo porque, por trás de todas as porcarias consideradas boas para consumo existem certificados de inspeção, que acabam comprovando que o nosso organismo é que não presta.

Eu prefiro os laticínios, pois prezo o meu corpo, e não me deixo enganar por modismos.