quarta-feira, 15 de abril de 2015

A PSICOLOGIA E A NUMEROLOGIA DO MEDO


Meus caros leitores:

Os numerólogos enxergam números em tudo. Existem fatores que só mesmo o conhecimento da numerologia permite identificá-los e explicá-los. Estamos vivendo uma época estranha e ao mesmo tempo assustadora.
Estranha, por revelar diversos amigos transtornados pelo ódio e por um incontido desejo de vingança. Assustadora, por identificar um medo desesperado naqueles, aparentemente bondosos, que se manifestam com ódio e ânsia de vingança.

A pergunta que cabe a um  estudioso avaliador da alma humana é “por que tanto medo?” Vivemos um momento que, comparado com outras eras, apresenta uma relativa calmaria, sem guerras mundiais ameaçadoras, sem guerras frias e apenas com  focos localizados em regiões tradicionalmente belicosas.

A crise mundial desencadeada pelos países mais ricos poderia explicar um dos aspectos deste medo. As nações reconhecidas como as mais ricas e estáveis padecem conflitos internos, políticos e econômicos, que seria impossível não se espalhar pelos países mais pobres ou mais dependentes de suas economias.

O liberalismo social e moral que tudo permite, e que aceita como normal atitudes absurdas e condenáveis, poderia também servir de explicação para esses medos. Afinal, se tudo é permitido, eu posso ser ofendido e atacado nas redes sociais, e ter minha honra manchada por um irresponsável palpiteiro, que não sabe do que fala.

A sensação de que o dinheiro que agora eu tenho para gastar pode voltar a faltar, e o fato de não saber o que fazer se o fantasma da miséria voltasse a me assombrar, pode ser outro fator fomentador do medo. Do outro lado, estariam os que sempre possuíram muito dinheiro e que se sentem ameaçados pelos emergentes, que formam uma nova classe social.

Medo de perder o emprego para um sem teto, que adquiriu o direito de morar em casa própria! Medo de perder as terras, improdutivas e ostentadoras do poder secular herdado de usurpadores ancestrais. Medo de perder a vaga na universidade, para um ser de tez escura, sangue indígena ou escravo, antes um sem-terra, hoje, um cidadão com voz ativa que sabe se defender e reivindicar os seus direitos.

Jung identificava esses medos como projeções que reproduziam frustrações, decepções, inseguranças e baixa autoestima. Criar espantalhos para espantar invasores é uma prática bastante conhecida pelos nossos antepassados que tinham suas raízes no campo e cuidando da lavoura. Inventar fantasmas para amedrontar crianças ou ingênuos, fazendo-os se afastar de um lugar proibido ou protegido, é uma prática ainda identificada em muitas famílias.

A numerologia identifica o medo de várias formas distintas, de acordo com as suas origens. Em todas elas, porém, prevalece a fraqueza e a sensação de impotência, diante de uma ameaça. Se o medo é injustificável sob a visão lógica, então ele pode ser resultado do karma 13, cuja causa está relacionada a práticas de manipulação de magia negra. No entanto, se a ameaça é reconhecida como plausível, então pode-se atribuir sua origem a timidez, insegurança e baixa autoestima. Neste caso, o número 2 se faz presente, sinalizando heranças de vidas passadas, relacionadas a fracassos, tragédias e sofrimentos. O medo de sentir tudo outra vez, amedronta e inibe a criatura humana.

Se numa vida, a missão fracassou, e nem importa qual fosse essa missão, a alma pode reencarnar com um sentimento de incapacidade ou incompetência para enfrentar desafios. Se o fracasso foi motivado pela violência ou pelo autoritarismo, o medo pode estar relacionado a uma retração de iniciativas, pelo temor de repetir os karmas de outras vidas.

Casos dessa natureza revelam seres tensos e reprimidos, temerosos de enfrentar a vida e muitas vezes submissos e assustadiços. Essas criaturas, ainda que, aparentemente, medrosas e frágeis, possuem um potencial de agressividade ainda muito intenso, reprimido no fundo da alma, mas ainda não superado. Elas possuem, em alguns casos, fortes presenças dos números 1 e 2 em confrontação permanente, como se fossem fracos e desprotegidos, e, ao mesmo tempo, agressivos e violentos.

Essas pessoas são muito perigosas, pois costumam atacar pelas costas, sendo intrigantes, mentirosas e vingativas. Quando, porém, são confrontadas, elas agem como pobres inocentes, desdizendo-se e se mostrando como pobres e inocentes vítimas. Nelas, mais do que nas mais fortes e agressivas, percebe-se o ódio e a ânsia de vingança.

A fraqueza, quando esconde frustrações e ressentimentos, se torna muito perigosa e ameaçadora. Em tais situações, são os fracos bem mais perigosos, por esconderem seus instintos e se disfarçarem por trás de máscaras a sua verdadeira face vingativa. O medo transforma e transtorna a criatura humana.

A sociedade está testemunhando os efeitos desses medos descontrolados, que estão mostrando o lado oculto de amigos e parentes que, alegando a liberdade de expressão, se expressam de forma maldosa, usando termos insultuosos e se comportando de modo agressivo, para nossa tristeza e decepção. E nem importa, se as motivações são justas ou não. A reação destemperada é a causa da condenação.

Passar os olhos pelos comentários do Facebook nos levam da tristeza à indignação. Criaturas religiosas atacam, sem piedade, pessoas que nem conhecem, mas que cometeram o erro de pensar de modo diferente. Isto cria uma ameaça terrível ao seu status quo, e o medo de perder sua condição social e econômica, revela o seu verdadeiro ego, escondido por trás de máscaras.

O ódio é um fator de aceleração da violência, quando o medo alimenta as reações humanas. Acontece que, para os mais fracos, o ódio é um dos efeitos do medo. E a humanidade está com medo, muito medo!
Medo da sua pouca espiritualidade, ainda que recheada de crenças religiosas. Medo das conquistas de uma tecnologia avassaladora e intimidadora, por invadir vidas, lares e segredos íntimos.

Quantos amigos já nos decepcionaram após lermos declarações suas no Facebook, ou ouvirmos suas palavras de ódio contra governantes, patrões, colegas de trabalho ou, simplesmente, para quem discorda de suas opiniões. Mães de família e doutores diplomados, que possuem toda a educação que tanto se cobra dos mais ignorantes, despejam sua ira transtornada pelo medo de, um dia, serem comparados aos que eles julgam ser de classe inferior.

Medo, meus leitores, medo dos outros, medo da vida, mas, principalmente, medo de si mesmos. Essas pessoas sabem que não são exatamente como fingiam ser. Elas trazem no peito, contido e aprisionado, o ódio por muitos que elas julgam ser culpados de suas iniquidades e sofrimentos.

Quebrando seus espelhos, elas se negam a olhar suas imagens refletidas à sua frente, acusando-as de tudo que elas insistem em transferir para culpas alheias. Corruptas, desonestas, mentirosas e violentas são elas mesmas, e não os que elas acusam. Quem não faz uma sincera reflexão e não se reconhece como parte de uma humanidade violenta e decadente, não está pronta para ajudar sua alma a evoluir.

Enquanto o medo encobrir as falsas razões que prevalecem nos atos violentos e hostis de manifestantes, políticos, policiais e juízes, nas atitudes de parentes e amigos, nada vai mudar, as acusações prosseguirão e darão a impressão que apenas alguns são os culpados.

Meus caros leitores, não se enganem e nem nos enganem! Assumam as suas culpas e, juntos, reconheçamos em nós as responsabilidades por esse mundo que, para melhorar, precisa que, antes, cada um de nós trate de se tornar uma pessoa melhor.


Somos todos nós parte da Alma do Mundo, ou, se preferirem um termo mais técnico, do Inconsciente Coletivo. Somos nós que alimentamos os hábitos e costumes da nossa sociedade, uma sociedade doente, por causa da epidemia que, faz tempo, domina os nossos frágeis corpos, e que faz a humanidade ser dominada pela elite que manipula o seu poder - MEDO.







terça-feira, 7 de abril de 2015

TEIA AMBIENTAL - DINHEIRO NÃO MATA A SEDE

Muito se fala, meu caro leitor, das águas e da falta que elas nos fazem. A humanidade vive aterrorizada por uma possível escassez mundial de água, que, aliás, já existe, e que só tende a piorar. Alguns pensam que isto é coisa nova, e que vai passar, como tudo é passageiro na vida. Será?



Em 1998, precisamente na edição do Jornal Nossa Folha, no período de 10 a 25 de abril, eu escrevi uma crônica sobre as águas. Profecia, vidência ou mero bom senso? Vou extrair alguns trechos do texto, e deixo-os a julgamento dos leitores.



Inspirado pela canção de Guilherme Arantes, Planeta Água, eu escrevi: “Água que nasce na fonte serena do mundo e que abre um profundo grotão, faz inocente riacho e deságua na corrente do ribeirão”.

Ela brota do seio da terra, pura e cristalina, e se dá, sem fechos, nem preços, para a vida de todos nós. Mas, o homem com a esperteza e mania de civilização, tratou logo de inventar as bicas e criar as taxas para o seu controle e exploração.



Lá pelos idos de 1855, o sábio cacique Seattle enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, que desejava comprar a terra dos índios, onde dizia ser-lhe muito estranho comprar ou vender terras, já que não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água. 
 


E, continuemos cantando a bela canção Planeta Água. “Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao serão. Águas que banham aldeias, que matam a sede da população”. O lirismo da música acaba escondendo a trágica realidade que, a certa altura, já poluída pelos esgotos, pelo lixo e por substâncias tóxicas, a água que mata a sede também pode matar o sedento beberrão. Quem sabe a tecnologia moderna não acaba inventando uma forma de se viver sem beber e sem respirar!



Continuando a nossa cantoria: “Águas que caem das pedras no véu das cascatas, ronco de trovão, e que depois dormem tranquilas no leito dos lagos”. Para os índios, a água dos rios simbolizava o sangue dos ancestrais, e os reflexos nas águas límpidas dos lagos contavam toda a história do seu povo. Os simbolismos modernos continuam os mesmos, daí porque tantos cara-pálidas têm sangue ruim nas veias e uma história de vida tão feia para contar.

E a melodia nos encanta: “Águas dos igarapés, onde Yara mãe-d'água é misteriosa canção. Água que o sol evapora, pro céu vai embora, vira nuvens de algodão. Gotas de água da chuva, alegre arco-íris sobra a plantação. Gotas de água da chuva são tristes, são lágrimas na inundação. Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o chão e sempre voltam humildes pro fundo da terra”.



Enquanto a água volta pro fundo da terra, eu me meto num buraco pra me esconder, não dos homens, porque a eles nada devo, mas esconder-me dos filhos dos nossos filhos, das gerações que herdarão este planeta Terra. As nossas florestas vivem em chamas. Os mananciais da Bacia Amazônica estão ameaçados. Mas, os governantes e os governados vivem preocupados com desempregos e assentamentos dos sem-terra. Mais emprego significa mais indústrias e poluição. Assentamentos trazem mais matas devastadas e mais incêndios nos campos.



Inconsequente, o homem não enxerga nada além do seu próprio umbigo. Os governantes intimidados pelas pressões políticas e sociais agem contra a natureza. O povo incentivado pelos poderosos faz o jogo dos ricos, pensando que assim, todos poderão, um dia, se tornar ricos também.



Ainda há tempo para mudar a história. Não se pode deixar as águas rolarem. Sem água não há vida. E nenhum dinheiro do mundo pode comprar a água que já não mais exista. Os governantes estão escondendo a verdade. Os gestores da água estão mentindo. O povo está tendo a sua atenção voltada para outros temas que importam muito para os ricos, mas bem pouco para os mais pobres. O petróleo não é mais valioso que a água. O petróleo gera dinheiro e a água sustenta a vida. Vamos dar prioridade ao que merece mais a nossa atenção. Os valores expostos há quase 20 anos continuam os mesmos.