Teia Ambiental
Rede de Conspiradores Preservacionistas
Meus ocupados e preocupados leitores, o grande temor da humanidade é que chegue um dia em que, após pingar a última gota de água e de petróleo, tenhamos que admitir que “a fonte secou”.
A sociedade moderna vem exaurindo todas as reservas energéticas do planeta com uma avidez digna de um insaciável vampiro que suga tudo que pode, por se alimentar das energias alheias.
Estamos diante de um paradoxo – para sobreviver é preciso crescer, mas se crescer ninguém irá sobreviver.
O desafio econômico prega que para manter os níveis de emprego é preciso produzir sempre mais, e conseqüentemente consumir cada vez mais. Produção consome energia e consumo gera lixo. E cá estamos nós num beco sem saída.
À medida que a produção industrial cresce, os recursos naturais e a energia vão diminuindo, e correm o risco de chegarem à completa exaustão, se não forem desenvolvidas fontes alternativas de energia.
A economia moderna depende de um volume excessivo de energia e de recursos naturais, por ser uma economia de capital intensivo, na qual a mão-de-obra cedeu espaço para as máquinas, através dos processos de automação e informatização.
À medida que esses recursos escasseiam, com o emprego de fontes de energia não-renováveis, o próprio capital vai-se tornando um recurso escasso. Com isso, a solução encontrada para enfrentar o problema torna-se um fator de realimentação do problema.
O desenvolvimento econômico é preconizado como a solução para o desemprego, a fome e a miséria no mundo. Esse desenvolvimento ilimitado e a todo custo provocará o inevitável esgotamento das reservas naturais do planeta que são as verdadeiras responsáveis pela sobrevivência da humanidade. Sem as reservas, faltarão matérias-primas e fontes de energia, e o que é apontado como solução, logo se transformará no grande vilão do mundo moderno e uma ameaça ao futuro da vida na Terra.
As políticas governamentais, fomentadas pela ganância das multinacionais e dos banqueiros internacionais, promovem grandes projetos de crescimento econômico dissociados das causas ambientais, excluindo, dos seus orçamentos, os custos relacionados aos danos provocados à natureza.
Na tentativa de maximizar os lucros e de atingir altos níveis de progresso, as grandes empresas desconhecem esses custos ambientais, que são repassados abusivamente para as contas públicas, para o meio-ambiente ou simplesmente para as gerações futuras.
A sociedade industrial, em nome de um falso idealismo social, vem extraindo da natureza os recursos que ela bem entende em nome do progresso e da modernização dos hábitos e costumes.
Enquanto isso, as fontes de energia que alimentam essa política insaciável de busca de lucros estão esgotando-se e, um dia, chegarão ao fim. Esgotado energeticamente e poluído em seus recursos naturais, o planeta não mais oferecerá condições de sobrevivência a quem quer que seja.
Eu sei que deves estar se roendo aí no teu canto, meu ansioso leitor, para me lembrar das fontes alternativas que estão disponíveis ao alcance de todos, e que nem poluem, nem se esgotam. É claro que o sol e o vento estão aí mesmo, para nos dar a esperança de um futuro mais generoso do que este que estou a vislumbrar! A questão é unicamente saber se vai dar tempo.
As empresas petrolíferas constituem conglomerados fortíssimos, controlados por grupos de banqueiros, que não abrirão mão facilmente dos seus privilégios de controlar o uso de energia nos processos de desenvolvimento econômico. A pressão contra o etanol brasileiro é uma pequena amostra do que serão capazes essas organizações internacionais.
Não deves iludir-te, meu crédulo leitor, saiba que todas essas questões de energia para o futuro serão decididas por razões estritamente econômicas, jamais por questões sociais ou ambientais. E, se muitos vierem a ser afetados, por poluições e contaminações, as elites do poder não recuarão nem um passo para levar adiante os seus projetos, à custa de catástrofes e desastres ambientais.
A tecnologia para o emprego das fontes de energia alternativas já está inteiramente desenvolvida e pronta para ser posta em prática, mas ainda não está na hora do “economicamente viável”. Os investimentos feitos com as tradicionais fontes energéticas ainda não foram suficientemente absorvidos, para que se consolidem as mudanças.
Da mesma forma que os laboratórios não lançam os remédios recentemente descobertos e que aliviariam o sofrimento de muitos pacientes, enquanto os custos despendidos com as antigas fórmulas não forem absorvidos, as indústrias de energia não permitirão que as novas opções se firmem no mercado antes da hora.
E quando essa hora chegar fica atento, meu amigo leitor, que as mesmas e já conhecidas empresas de energia estarão com novos departamentos ou com outros nomes a explorar o rico filão. E não estranhes se vierem com um discurso ambientalista e tentando convencer-nos de que mudaram para salvar o planeta, num ato de sacrifício a favor da natureza.
Essas empresas multinacionais são assim mesmo. E o pior é que nós “cidadãos do bem” acabamos sendo coniventes dos males que elas provocam, consumindo os produtos que elas industrializam a custa da nossa qualidade de vida.
Não haverá de ser a fonte de energia que faltará para o progresso da humanidade, mas a falta de caráter dessa gente que coloca os seus interesses individuais adiante do bem estar coletivo. E junto delas aqueles que se tornam cúmplices, para se beneficiarem do jogo de corrupção que elas promovem nos cassinos dos órgãos de fiscalização e nos balcões dos departamentos de concessões.
O sol e o vento são fontes gratuitas que alimentariam nossas casas sem que precisássemos gastar tanto dinheiro a pagar contas mensais a empresas concessionárias de energia elétrica. O combustível, a partir do oxigênio ou do hidrogênio, baratearia os transportes e beneficiaria as pequenas indústrias. As placas solares poderiam ser financiadas a juros baixos por Bancos de Desenvolvimento, quase que zerando as despesas domésticas com eletricidade. As hélices eólicas poderiam ser espalhadas por nosso vasto litoral ou por regiões serranas transformando o vento em energia pura e barata.
Mas, e a Petrobrás, e as concessionárias de energia, e as indústrias fabricantes de plataformas, de torres e de equipamentos de exploração na terra e no mar, como ficariam? E se a energia pudesse ser obtida gratuitamente, pelo calor, pelo vento ou até pelo gás derivado do lixo, como expandir o nosso PIB?
Pensando bem, meus caros leitores, nós ainda não estamos preparados para o grande movimento de libertação, contra os Bancos e as multinacionais. Quem se submeteria a não comprar um produto, até então indispensável, só porque levasse a marca de uma empresa predadora do meio-ambiente? Quem perderia o seu tempo em ler as letrinhas quase invisíveis das embalagens, para identificar se elas contêm o criminoso T de transgênico? Quem descartaria as fraldas descartáveis? Quem faria boicote a empresas que causam danos ambientais ou que exploram abusivamente os nossos recursos naturais?
Se conseguirdes, não 10 milhões de pessoas, mas uns míseros sete casais, a humanidade estará salva. Era esse o número que o Professor Henrique, fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose, alegava ser suficiente para mudar o mundo.
Deixo-vos, a procurar esses casais, que eu os tenho andado à cata, e não os encontrei até hoje. Se reunirdes os sete, não deixai de postar na Teia Ambiental. Mas, por favor, não tirai conclusões precipitadas, antes de aprová-los em todos os detalhes. Em questões ambientais, mais do que em quaisquer outras, as aparências enganam, e enganam muito.
Caro Gilberto,
ResponderExcluirterminei hoje o capitulo 6 do Sabedoria Incomum e como o entendo homem!
Toda a riqueza de um pais está hoje em dia assente nos recursos naturais e na energia. A tendência é substituir mão-de-obra por energia e não o inverso.
Por exemplo, cá em Portugal, a Brisa, a empresa que gere as auto-estradas está aos poucos a retirar os portajeiros e a substituí-los por máquinas de pagamento automático. Mas já há muito que paralelamente se utilizava a via verde que funciona com um dispositivo colocado no vidro da viatura.
Como quer Portugal combater a taxa de desemprego e a crise economica se cada vez depende mais da energia? Essa é a questão fulcral. Mecanizamos tudo, consumimos energia electrica e petroleo em quantidades insustentáveis mas os nossos governantes tentam combater a crise através de aumento de impostos e de juros bancários. Sem enxergarem que a crise é tão somente energética!!
Muito bom seu artigo, como sempre. Super abrangente. Adorei conspirar com vocês neste dia 7.
Abraço além-mar ;)
Minha amiga, Rute:
ResponderExcluirO problema energético, como está muito bem esclarecido nesse capítulo do Sabedoria Incomum, é de origem econômica, e suas causas estão no modelo adotado em todo o mundo, e não somente no Brasil e em Portugal.
As teorias econômicas têm uma única origem, ainda que possa parecer o contrário, as universidades norte-americanas. E elas se baseiam numa realidade, o estilo de vida do povo norte-americano.
Seguir essas teorias, como explica a Hazel ao Capra, é realimentar o problema, pois não há como sair do labirinto através desses métodos viciados.
A economia é de capital intensivo e não de mão-de-obra intensiva, com isso combate-se o desemprego com desenvolvimento mecanizado, e o resultado só poderia ser mais gente desempregada.
A tese da Hazel é perfeita por unir desenvolvimento e ecologia, e as explicações são técnicas e não tem nada de achismos ou atitudes a la greenpeace.
Só não vê quem não quer...ou quem é míope, ou melhor cego.
Abraços.
Gilberto.
Quando encaramos as coisas de olhos bem atentos, chega a ser assustador. E faz-nos pensar que o mundo em que vivemos está cheio de pessoas cruéis, egoístas e... (nem me vou alongar com mais adjectivos)
ResponderExcluirNão sei a solução para isso tudo. Talvez emigrarmos, os poucos que realmente se importam, para outro planeta e começar tudo de novo. Mas até isso estaria errado, pois estaríamos a abandonar a Terra-Mãe, que tanto nos tem dado.
Não dá para mudar as mentalidades daqueles que mandam, isso é certo.
Pela minha parte, vou fazendo como o beija-flor que leva água no bico para apagar o incêndio na floresta; faço o que posso.
E já que tenho um blogue, aproveito para despertar o "instinto de beija-flor" em quem me lê, e assim o pouco de água que transporto junta-se ao deles, e já dá para salvar nem que seja uma flor do fogo.
Um forte abraço, querido Merlin que muito estimo
Olá, Gilberto, meu irmão
ResponderExcluirVc fez muitos questionamentos bem fundamentados em seu post... para responder alguns, com sinceridade de coração, temo não ter argumentos... porque se não peco por um lado... peco por outro...
Quem pode se intitular: "EU SOU"? Eu posso? Eu faço? Integralmente falando...
Penso que, no mínimo, tentamos minimizar o que está óbvio...
Daí a razão para,com grande esperança, pertencer a essa Teia de muitas que existem pelo Planeta, que conscientiza os valores ecológicos que nos remetem à qualidade de vida em todos os sentidos e da qual me sinto honrada em participar a cada mês.
Mais uma vez, muito feliz em aprender muito mais sobre meio ambiente e como posso seguir tentando me melhorar e, consequentemente, ao mundo...
Vejo que nosso alerta mensal pode surtir um grande efeito e, acreditando, participo com ânimo.
Obrigado pela possibilidade.
Meu abraço fraterno e votos de paz.
Meu muito querido Gilberto, parceiro no amor e nas lutas ambientais.
ResponderExcluirApesar de tudo isso que sabemos existir, nós 2 temos a experiência do David contra o Golias e sabemos que é possível, sim !
O problema é a "mão-de-obra", os tão falados 7 casais do Prof. Henrique.
Enquanto eles não chegam, vamos fazendo como o beija-flor e como a Hazel. Gota a gota, palavra a palavra.
Beijos energéticos.
Minha querida, Hazel:
ResponderExcluirSe o futuro da humanidade só dependesse de nossas atitudes isoladas, o mundo estava perdido.
Acontece que o mundo oculto está fervilhando de trabalho, os devas e os guardiãos do planeta não têm mãos a medir para mudar os rumos dessa tragédia que está sendo perpetrada pela irresponsabilidade humana.
A ignorância da maioria somada a maligna intenção de uns poucos e poderosos magos negros resulta nessa bagunça que está aí.
Cabe-nos fazer o que manda a nossa consciência, e deixar que o destino utilize as nossas ações no plano físico para promover as transformações necessárias.
Um único ser consciente de suas crenças vale mais do um milhão de desatinados ambiciosos que marcham de vendas nos olhos sonhando com o poder e a riqueza a todo custo.
Sejamos nós, os membros da corte de Arthur, esses seres conscientes dos seus deveres.
O Merlin está desperto, e pelo visto, a Morgana também está atenta.
A vitória será nossa, e a Terra festejará o alvorecer de uma nova era.
Abraços, Morgana, que também é muito estimada.
Gilberto.
Minha querida Orvalho:
ResponderExcluirA Teia somos nós. E nós somos responsáveis por tudo que essa Teia possa vir a construir.
Pode parecer que somos poucos, mas seremos suficientes, se tivermos convicção de nossos atos e crenças.
Uma única mente já mudou este mundo por diversas vezes. Seres que nasceram em outras eras foram instrumentos de mudanças, e alguns chamados de Mestres traçaram novos rumos para o futuro da humanidade.
Agora, não é tempo de esperar que novos mestres venham nascer, pois nós teremos de realizar as obras que noutros tempos cabiam aos Mestres. Isto porque, agora, nós somos os Mestres.
Estamos unidos tecendo a trama da Teia.
Abraços, Orvalho.
Gilberto.
Minha querida e ambientalista convicta, Flora do meu planeta.
ResponderExcluirAcho que estamos bem perto de conseguirmos chegar a esses 7 casais, pois creio que sejamos um deles.
Assim, só faltam mais 6 casais. E quem sabe se a Teia não nos ajuda a encontrar os 6 restantes.
A mão-de-obra é sempre o grande problema neste mudo mecanizado, mas nós conseguiremos criar uma empresa de prestação de serviços com profissionais ambientalistas e ecologistas qualificados de alto nível.
Pelo visto, não há de ser por falta de beija-flores que a Teia terá problemas.
Beijos, minha Beija-Flora.
Gilberto.
Saudações estimado Mestre!
ResponderExcluirParece difícil, mas temos muitas condições e meios para mudar isto tudo como está...mas novamente, como citei no meu post,no da Flora: ainda "acham" oneroso demais!
Talvez por pensar, que não são capazes, por serem poucos, ou só um é que muitos deixam de tomar atitudes mais assertivas.
Beijo de luz.
Minha querida Selena:
ResponderExcluirÉ isso mesmo, as pessoas ficam esperando que os outros tomem a iniciativa, e enquanto isso ficam paradas. E como estão paradas, os outros que também estão esperando, não fazem nada.
E acabam todos dizendo que não dá, fica muito caro ser ambientalista, é mais fácil continuar tudo como está, e assim nada muda.
Uns poucos, porém conscientes, mudam sim, e nós já estamos a fazer a diferença.
Abraços.
Gilberto.
Oi Gilberto!
ResponderExcluirEu acredito que a cada dia que passa o ser humano está mais comodo, quer mais comodidade, menos trabalho, mais facilidade e ir atrás de um ideal que não retorne lucro, vantagens dá trabalho, muito trabalho.
É muito melhor sentar e esperar que os outros façam por ele.
Falar é fácil!! Quero ver alguem arregaçar as mangas e ir a luta.
Abraços
Karen
Estou inteiramente de acordo, Karen.
ResponderExcluirO pior, no entanto, é quando a gente pensa que está fazendo a sua parte, e de repente percebe que está contribuindo com os culpados, através de uma inocente cumplicidade.
Isto está ocorrendo quando seguimos as recomendações do governo ou as sugestões da mídia, sem questionar causas e efeitos.
Cito dois exemplos que ilustram bem o que digo: as famosas e perigosas lâmpadas frias e as campanhas de vacinação.
Manipulação pura, explorando o medo de doenças e de perder dinheiro.
A humanidade está entregue às baratas, não sabendo para que lado corre. Diante da TV ou nos jornais, ninguém encontrará a verdade, pois os órgãos de imprensa fazem o jogo dos grandes interesses econômicos. Daí porque é importante o autoconhecimento, para que se tenha mais confiança em si. Daí porque a numerologia é uma ferramenta valiosa em nossas vidas.
Olhos bem abertos e muito atenta aos sinais.
Abraço.
Gilberto.
Olá Mestre , ótimo isso "os 7 casais" Bom enquanto a esse consumo errado de energia , o petróleo a agua era para serem usados em outras coisas , a nossa energia devia ser extremamente limpa , os gananciosos protutores que só visam o lucro , adicionam elementos químicos a alimentos orgânicos para lucrar mais , a humanidade está sendo movida pela a ganância do individual , as pessoas só arrumam bons empregos se passarem por cima das outras(literalmente) se tiverem a chamada "ambição" , a mesma lei que prevalece na seleção natural nós animais também prevalece na humanidade , isto está completamente errado.
ResponderExcluirAbraços..
Fabricio
Na verdade, Fabrício, a humanidade perdeu o controle da nave Terra.
ResponderExcluirAcelerou demais, e não sabe onde fica o pedal de freio.
Não pense que a tese dos 7 casais seja uma brincadeira, pois não é.
Tudo leva a crer que ainda não exista no mundo, os tais 7 casais harmônicos que possam mudar os destinos das criaturas humanas.
É ter paciência e aguardar.
Um abraço.
Gilberto.