quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O EXAGERADO SENSO CRÍTICO DO NÚMERO 3

Meus assíduos leitores, tenho-vos deixado sem matéria nova por mais tempo do que gostaria, porém está difícil conciliar os mapas com os cursos e com as postagens. Mas, com jeitinho e boa vontade, eu encontro uma forma de escapar dos rigores dos deveres para uns breves momentos de convívio e de prazeres.

Os rigores são os compromissos assumidos que me põem a trabalhar com prazos. Os prazeres são os efeitos de umas escapadelas desses rigores, para um mergulho no mundo incoerente no qual prevalecem as exageradas críticas da criatura humana.

No mundo crítico e incoerente, eu me encontro com essas simpáticas e bem humoradas criaturas inspiradas pelo número 3. Elas são inspiradoras e criativas, brincalhonas e excelentes companhias, mas que não as deixemos destravar a língua para criticar algo ou alguém.

As energias do número 3 são geradoras das artes e dos artistas. Sem elas, o mundo ficaria destituído de encantamento e beleza, sem brilho e sem cor. Elas fazem as pessoas mais felizes e povoam os ambientes sociais com seus risos e rosas. Elas trazem consigo o perfume e a cor das flores, e são capazes de combinar tudo isso numa métrica perfeita de um poema de amor ou de uma sátira inesperada.

As personalidades sob a influência do número 3 são extrovertidas e bem falantes, soltam o riso em sonoras gargalhadas ou deixam escapar um sorriso irônico de canto de boca, enquanto remexem os olhos de modo que falam mais no olhar do que com a boca. Com elas, todos riem e se divertem, perdendo a noção do tempo e atropelando compromissos.

Os artistas, porém, se travestem em críticos, numa fração de segundos. Da oratória construtiva e brincalhona, elas são capazes de tomar um rumo desastroso, às vezes, desastrado, para a crítica mordaz contra uma idéia, uma obra ou um pobre coitado que não caiu nas suas graças.

Elas falam demais, e por terem argumentos inesgotáveis, qualquer que seja a temática em questão, as críticas viram acusações e se concluem em veementes condenações. De agradáveis e simpáticas companhias, elas podem tornar-se numas chatas e cansativas falastronas.

O senso crítico do número 3 é exagerado, ainda que coerente e consistente com suas razões. Os motivos poderão ser reconhecidos e aceitos, mas injustificáveis são a veemência e o tempo gasto nas críticas. A ironia e o deboche estão quase sempre presentes nos discursos dessas criaturas sociáveis e irritadiças.

Convide-as para um bate-papo, nunca as deixe fora de suas festas e reuniões, mas controle a sua fala. Se ela gosta de alguém ou de alguma coisa, certamente irá exaltar valores que nem todos serão capazes de entender ou perceber. Mas, se houver restrições ou implicâncias, seria melhor mudar de assunto, antes que surja uma enxurrada de adjetivos condenatórios.

A sensibilidade das energias do número 3 faz dessas criaturas verdadeiros artistas, assumidos publicamente ou incorporados apenas para os mais íntimos. O romantismo que alimenta os seus sonhos dá-lhes a pena literária e o papel em branco a ser preenchido em centenas de páginas recheadas de paixões e sofrimentos. O rigor à forma e à letra faz delas censores rabugentos que se apegam a pontos e vírgulas para condenar o que só merecia umas breves aspas, e nada além.

Sofrem essas criaturas alimentadas pela energia do número 3, ao construir uma obra perfeita e ao desconstruir uma idéia mal começada. Elas querem obras perfeitas, e mais do que isso, se rebelam e destroem as imperfeitas.

Essas atitudes, algumas vezes, são confundidas com as críticas de quem traz em si o perfil introspectivo e intelectualizado do número 7. A diferença é que se os artistas falam demais se expondo publicamente e não tendo o senso exato do seu exagero; os intelectuais usam o crivo do seu perfeccionismo para desprezar, desconhecer e se calar, diante do que é considerado destituído de valor.

Agora, pensa bem, meu atento leitor, como controlar os exageros desses artistas, se são eles que animam e encantam as festas? Calá-los, seria tirar o brilho das festas. Deixá-los destravar a língua, pode dar uma bruta confusão. Convidar só intelectuais e místicos seria celebrar muito mais um ritual do que uma festa.

Corre-se o risco, e vê no que vai dar? Censura-se a lista de convidados? Ou se reza para todos os santos, para que não surjam temas de discórdia que despertem a vocação promotorial desses oradores que não sossegam enquanto não condenam o réu das suas implicâncias.

Deixo-te a refletir, meu consciente leitor. Faço votos que encontres a solução ideal para o enigma proposto. E depois é só esperar as conseqüências. Mas, lembra-te bem que, as festas sem as presenças das artísticas, comunicativas e divertidas criaturas de número 3 perdem em brilho, beleza e cor.

2 comentários:

  1. Tenho influencia desse numero por um lado. E sinto q o q acontece é q amo com exagero, e tudo o q considero bom, divertido e benefico n conto palavras para defender. Como vc mesmo disse. Mas dentre as pessoas q mais falo mal, e n q mais odeio q fiqu bem claro, rola um ciume. Sim, principalmente de pessoas com condutas mt diferentes de minha preferencia mas q ganham igual reconhecimento e risadas. Mas se vc for alvo de uma lingua do numero 3, n se preocupe mt, é pq ela no fundo te admira pois vc tbm tem brilho.

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  2. Meu caro leitor ou leitora:
    Gostei das suas reflexões de nº 3, e também da sua auto-crítica.
    Um abraço.
    Gilberto.

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