Consumir de forma sustentável parece uma atitude estranha para quem está acostumado a encarar o consumo como algo que depende do poder financeiro de cada consumidor.
Os estudiosos ambientais dizem que é preciso mudar hábitos e, se não bastassem essas mudanças, sempre difíceis de ser assumidas, é necessário também cobrar ações das empresas e do governo.
A palavra para o terceiro milênio parece ter sido definida de uma vez por todas como PARTICIPAÇÃO. Não basta fazer a sua parte como manda a lei, é preciso mais, é indispensável participar.
E nessa guerra contra o excesso de consumo e pela preservação da qualidade de vida, quem entrou na luta foi o IDEC – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. Lisa Gunn, coordenadora executiva do IDEC, afirma que, desde a RIO-92, ficou claro que os nossos principais problemas sócio-ambientais são decorrentes dos atuais padrões de consumo.
Segundo ela, para que haja sustentabilidade no planeta é preciso mudar os hábitos, mas mudar muito. Ela é categórica ao afirmar que todos precisam ser responsáveis e fazer a sua parte – consumidor, empresas e governo.
‘Os atuais padrões de consumo são insustentáveis’, afirma Lisa.
Meu leitor consumista, de nada adianta reclamar e dizer que é livre para comprar e gastar. Não há liberdade que sustente a tua ânsia de consumo, quando a vítima é a natureza e, conseqüentemente todos nós.
Nem me venhas com a choradeira de que já separa o lixo, porque é muito pouco. É preciso cobrar do governante a coleta seletiva e a destinação correta dos resíduos sólidos, recicláveis ou não.
Quantos carros tu tens na tua garagem, meu nobre leitor? Sabias que se todo mundo tiver um só carro, as cidades ficarão intransitáveis?
Por outro lado, o governante terá de oferecer um sistema de transporte de massa eficiente para que o cidadão possa abrir mão do carro. Enquanto isso não acontece, o ideal é que se pesquise e se escolha um carro que seja mais econômico e tenha menos emissão de poluentes.
Na opinião de Lisa, mesmo que a Política Nacional de Resíduos Sólidos ainda não esteja regulamentada, os consumidores devem cobrar das indústrias uma maior rapidez na adoção dessas políticas ambientalistas.
O que tu não podes mesmo é cruzar os braços e esperar que o governante sozinho faça a parte dele. Se cada governado não assumir a sua parte e não cobrar das autoridades, a situação ficará cada vez pior.
Já paraste para questionar para onde vai o teu lixo? O que é feito dos detritos que são recolhidos diariamente na tua cidade? Já procuraste saber quantas toneladas de material jogado fora vai para o lixão? Sabes onde fica esse lixão e se o local é protegido para que não vaze o chorume para os rios ou para os aqüiferos no subsolo?
Não é que sejas obrigado a saber dessas coisas, mas seria muito bom que soubesses, pois teus filhos podem estar correndo riscos de contaminações e doenças. Isto não é um problema do governo, mas de cada família.
E na hora que fores ao supermercado, não te deixes tentar pelas ofertas que acabarão estragando e indo para o lixo. E se passares naquelas lojinhas de um real ou um e noventa e nove, por favor, não compres aquelas quinquilharias só porque são baratinhas. Elas serão o lixo de amanhã.
O planeta já não suporta tanto lixo, é lixo demais para compartilhar espaço com os pobres habitantes da Terra, expostos a esses despejos de detritos na terra, na água e no ar. Estamos sendo sufocados pelo lixo. Poupai-nos perdulários que compram o que não precisam e que transformam em lixo as compras da véspera!
Coloca na tua agenda, meu consciente leitor – procurar o prefeito da tua cidade ou o secretário de desenvolvimento urbano para cobrar informações sobre o destino do lixo. Reúna um grupo de amigos, marque uma reunião sobre o assunto, e tomem posições e atitudes.
O lema é pensar global e agir local. Vamos começar? O planeta agradece.
Olá, sabe que depois de algum tempo que tenho observado e melhorado minha pegada ecologica, percebi o quanto não precisava de nada, o quanto não precisava de coisas materiais e sim de coisas naturais. Depois de algum tempo, a gente se adapta a um mundo onde os grandes presentes são o sorriso, o abraço, as palavras gentis ou nem tanto, são a presença das pessoas amadas e queridas. E até comer, vira apenas mais uma etapa da vida que poder ser gostosa, satisfatória, nutritiva, apenas.
ResponderExcluirTenho descoberto infinitas coisas e infinitas possibilidades desde então, o que transformou e enriqueceu minha vida.
Parabéns pela postagem
È muito bom chegar a essa conclusão, não é Elaine?
ResponderExcluirPercebe-se que não somos dependentes de tantas coisas que pensávamos ser, e nos sentimos mais leves.
Há muitas possibilidades a explorar, mas o sistema que tenta dominar a nossa vontade procura convencer-nos de só fazer a mesma coisa sempre. Isto impede a expansão de nossa consciência espiritual, tornando-nos escravos do consumo.
Agradeço os elogios, e envio-lhe abraços ecológicos.
Gilberto.
Olá, Gilberto
ResponderExcluirEis o link da minha participação:
http://espiritual-idade.blogspot.com/2011/12/meu-siteblog-preferido-em-2011.html
Vc é bem completo em seus post da Teia e nos faz ter mais consciência de que nada fazemos quase... apenas ficamos no blá,blá, blá... Pena!!!
Mas Ano Novo... Vida Nova!!!
Abraços fraternos de paz
Gilberto irmão,
ResponderExcluirEsta postagem é um belo puxão de orelha para todos nós e para a humanidade, e principalmente para que comecem a colocar a mente para funcionar, sem preguiça!
Eu fico a pensar diáriamente sobre todos estes pontos que você observou: para o destino do lixo, o consumismo louco das pessoas que depois jogam tudo fora, etc....
Inclusive aqui em Goiânia é um festival de entulhos jogados em terrenos(móveis, eletrodomésticos....).
Mas você me deu uma injeção de ânimo, porque estou muito cansada aqui, esta cidade não é nada do que aparenta ser.
Preciso cobrar direto atitudes das autoridades, por pura falta de vontade deles.
E o pior é que as pessoas que se dizem responsáveis pelos serviços, vêm até minha casa para conversarem comigo, e o que eles me dizem me deixam perplexa.
São completamente acomodados e sem consciência.
E o pior é ter que ouvir as desculpas esfarrapadas que me dão, é muito difícil.
E a população daqui infelizmente ainda é muito atrasada, são pessoas muito simples que se deixam levar por promessas falsas e ilusórias.
Mas vou tentando fazer a minha parte, é muito pouco mas acredito que tempos melhores virão.
Tenhas um Abençoado Final de Ano com sua Família, e que em 2012 possamos contar com muitas transformações positivas e de Luz.
Um grande abraço em seu coração!!!
Lú
Oieee!!!Achei seu blog numa dessas minhas "viagens" na net e gostei do que vi por aqui.Já estou seguindo vc e te desejando sucesso sempre.Se for de sua conveniência, dê uma visitinha lá pelo meu...acredito que vc tb vai gostar.Abração!!! Rubi Valente.
ResponderExcluirGrato por suas gentis palavras, minha querida Orvalho.
ResponderExcluirVisitarei o seu blog, sem dúvida, e comentarei a sua postagem
Abraços ecológicos.
Gilberto.
Minha querida Lú:
ResponderExcluirSe houve um puxão, não há de ter sido na sua orelha, sempre atenta ao que se fala sobre ecologia.
Todos nós precisamos estar mais participativos com os nossos padrões ecológicos, pois não basta pregar os conceitos, é preciso interferir diretamente.
Por morar numa cidade pequena, conseguimos ser mais ouvidos pelos governantes do que os que moram num centro maior. Mas, ainda assim, a gente sempre pode fazer mais.
A postagem tem essa intenção de alertar aos que vêm à Teia em busca da integração de ideais ambientais, que se pode fazer sempre mais do que já se faz.
Abraços ecológicos.
Gilberto.
Grato por encontrar o Alma Mater, meu leitor Rubi Valente.
ResponderExcluirTerei o maior prazer de lhe fazer uma visita. Por favor, me aguarde.
Não sei se já se deu conta, mas todo dia 7, um grupo faz uma postagem sobre ecologia e meio-ambiente.
E foi numa dessas postagens, que me encontrou.
Abraços ecológicos.
Gilberto.
Olá Gilberto meu irmão,
ResponderExcluirVamos dizer que foi um puxãozinho para mim.....rsrssss, pois já estava muito desanimada.
Realmente em cidades pequenas conseguimos ter mais força, porque as pessoas também são mais unidas.
E quando nos deparamos com grandes metrópoles o diálogo fica difícil.
Inclusive vou até comentar um fato só para você sentir o drama.
Há uns 20 dias atrás, recebi a visita do chefe da coleta do lixo em casa, pois já fazia alguns dias que eu havia reclamado sobre a irregularidade do "período" da coleta, que sempre foi no período da manhã e de 1 mês pra cá, estavam passando á tarde e tinha dias que chegaram a passar dez horas da noite (aliás já sou velha conhecida da prefeitura, de tantas reclamações e cobranças).
Pois bem, meu questionamento era para saber se havia alterado o horário, para podermos colocar o lixo próximo ao horário da coleta.
Mas ele, com a maior tranqüilidade me disse que não tinha um horário definido, poderia ser de manhã, tarde ou á noite......
Então falei que não tinha lógica isto, pois o lixo ficaria na rua desde manhã até á noite?.....tomando sol, chuva, e muitas pessoas não tem o cesto e deixam no chão aonde os animais rasgam e espalham todo o lixo, etc.....
Além do mais, todo serviço precisa ter um planejamento, e que o período da coleta deveria seguir um cronograma com escala de horários, principalmente nas grandes cidades.
E ele só me repetindo que não poderia fazer nada, porque o presidente da empresa exigia serviço, porque senão quem levava as chibatadas era ele (falou assim mesmo, você acredita? chibatadas!!!!).
Então só me restou falar que estava muito decepcionada com o serviço que a empresa estava prestando para a cidade, e que inclusive eu já havia entrado com um processo no Ministério Público á respeito dos rapazes que fazem a coleta tirarem todos os sacos de lixo das lixeiras, e colocarem tudo amontoado na frente das casas, deixando restos e muita sujeira, aonde eu e meu marido sempre tínhamos que lavar a frente da casa depois que o caminhão passava.
Sabe o que ele me respondeu?
“Veja bem dona, quando a senhora lava roupa e vai estender no varal, não vai levar uma por uma, não é verdade? Vai colocar tudo num balde para estender........para nós é a mesma coisa, pois fazendo estes montes, o caminhão não precisa ficar parando muito e o serviço rende mais, o errado é colocarem os montes na frente das casas”.
Pode? como se fossem fazer os montes aonde? No meio da rua?
Sabe o que respondi?
“Meu senhor, pelo que entendi, então para terminar rapidamente um serviço vocês tiram a qualidade dele? Porque se existem cestos na frente das casas, é porque não é para ficar no chão? concorda comigo? Quando chove, muitos sacos destes montes acabam indo parar nos bueiros, o que acaba entupindo e depois sairá muito mais caro para a Prefeitura, sem contar que todo o lixo e líqüido que fica espalhado na rua, contém bactérias que vocês não imaginam o perigo que existe, podendo causar uma epidemia pública. E se vocês continuarem com esta mentalidade, vai virar um circulo vicioso, porque as reclamações irão aumentar cada vez mais.”
*continuando....pois o blog não aceitou um comentário tão grande.
ResponderExcluirEnfim, ele só me deu um papel para eu assinar constando que ele veio na minha casa e que conversou comigo, mas resolver o problema, sinceramente, ele só gastou a gasolina do carro, porque do mesmo jeito que ele chegou, foi embora e não resolveu nada.
Agora vou fazer o quê?
É muito triste encontrarmos no nosso caminho pessoas de mentalidade tão pequena e limitada, antigamente eu me estressava e ficava mal, mas agora peço muita Luz e Força para os Seres de Luz, acreditando que a Lei Divina é mais Poderosa, e logo veremos a resposta do Universo.
Eu "tento" fazer a minha parte: ligo, reclamo, abro processos e tudo que estiver ao meu alcance neste Mundo, e o resto, o Universo que é sábio e perfeito, irá agir com sua resposta.
E repito o que disse no primeiro comentário, a população daqui não é unida, tem uma mentalidade muito atrasada, são pessoas muito simples que não sabem os seus direitos e muitos não querem nem saber.
Mas o povo está brincando com a Mãe Terra, e quando ela vier com sua força cobrar pelos atos inconseqüentes que estão a fazer com ela, não adianta chorar e dizer que é catástrofe.....será sua limpeza e purificação contra todas as chagas que estão em seu corpo.
E eu vou continuar por aqui: cobrando, reclamando, abrindo processos, denunciando em nossa Teia, enfim.....tudo que estiver ao meu alcance.
Puxa vida, me estendi demais.....me desculpe por falar tanto....só queria te passar um pouco do que estou lidando por aqui.
Um grande abraço de Luz!!!
Lú
Minha ambientalista ativista, Lú:
ResponderExcluirNem pense que por aqui a mentalidade seja outra, pois não é.
O servidor público pensa da mesma maneira e o povo reage com a mesma mentalidade omissa, esperando que o governante faça tudo por ele.
Acontece que, por ser uma cidade pequena, conhecemos o prefeito, os vereadores, os secretários e até o promotor do meio-ambiente.
Pede-se ao funcionário, se ele responde o que o daí respondeu, vai-se ao chefe dele. Se não resolver, um telefonema para o Secretário pode resolver. Ou, na última hipótese, entra-se na Ouvidoria, onde o ouvidor é nosso amigo, e pede-se para falar com o prefeito, que, por sinal, também é um grande amigo.
Nem tudo se resolve, mas o que é possível começa a ir para o lugar.
É um cansaço, às vezes um estresse, mas o cidadão tem de aprender a cobrar dos serviços públicos, pois eles são nossos servidores, e não do prefeito.
Continue lutando, pois o MP é um grande aliado nessas lutas do cidadão por seus direitos.
Abraços ecológicos.
Gilberto.
Verdade, as pessoas desta era tem de pensar com consciência agora mais do que nunca, tudo já chegou ao limite e as atitudes aqui vão ser decisivas, é preciso deixar o egoismo de lado tbm achando que sua atitude não vai prejudicar por só ser vista por você, inspirai-vos no futuro. rs'
ResponderExcluirAbraços.Fabricio
È isso mesmo, Fabrício!
ResponderExcluirCada um terá de mudar alguma coisa na vida, para não prejudicar a evolução do planeta.
Se cada qual pensar mais em si do que no todo, não haverá perspectivas para esta humanidade.
Quem sobreviver, verá.
Abraços ecológicos.
Gilberto.
Caro Gilberto, agradeço sua visita ao meu blog e pelo comentário, feito de forma bem coerente.Se der, participe conosco no BRASIL DA PENA.Eu ainda acredito no nosso país, em que pese termos nos três poderes, políticos mal intencionados.Mas um dia a gente chega lá, se Deus quiser.Abração, Rubi.
ResponderExcluirCaro Rubi:
ResponderExcluirNossos ideais caminham juntos.
Um abraço.
Gilberto.
Prezado Gilberto
ResponderExcluirConvido você e seus leitores ao meu blog de design sustentavel - consumo.
Colocarei um link lá em consumo.
Abraço.
Muito interessante o seu perfil!
Agradeço a sua gentileza, meu caro leitor.
ResponderExcluirVisitarei o seu blog, sem dúvida.
Um abraço.
Gilberto.
Mestre,
ResponderExcluirpor falar em lojinha de 1 real e 1 e 99, são uma praga por aqui!!
Nesta época as pessoas compram porcarias, sem qualidade, que em 1 mês estão estragadas, mas que serve bem para cumprir a obrigação de dar prenda de Natal.
Paralelamente à minha decisão de deixar de presentear as pessoas no Natal, esteve a decisão de não querer receber. Primeiro porque, tal como costumo dizer, já tenho tudo que preciso. Segundo, porque minha casa não aguentava mais "coisinhas" guardadas e esquecidas, raramente usadas, por estarem em duplicado e triplicado.
Foi um alivio tremendo, terminar com o hábito das prendas. Mas minha familia esperneou muito! Hoje agradecem.
E também me recuso às prendas de aniversários. Pois era outra praga tremenda! Cada empresa-cliente tem "n" funcionários e as pessoas gostavam muito de juntar os colegas todos, fazer uma vaquinha de dinheiro e oferecer uma prenda conjunta. O problema é que esse agradinho ia crescendo e crescendo em valor e na quantidade de pessoas.
Enfim...
É uma perspectiva. Não me incomodo que os outros entrem no jogo do dar e recebe, mas eu fico de fora porque não encontro lógica nessa espiral de gastos.
Acredito que diminuir o consumo é sem dúvida, diminuir o lixo e consequentemente tornar a vida mais sustentável a todos os niveis.
Abracinhos.
Rute
Minha cara, Rute, vende-se lixo a granel, e ninguém se dá conta disso. Essas coisinhas miúdas são uma praga.
ResponderExcluirO presentinho de hoje é o lixinho de amanhã.
Reduzir o consumo é o primeiro grande passo para uma definitiva solução da questão do lixo. O consumismo exacerbado, porém, é estimulado pela propaganda, que estabelece a moda e diz o que se deve comprar ou jogar fora.
Um dia, um dia, tudo irá para o devido lugar. Quando?
Quem há de saber?
Abraços ecológicos.
Gilberto.