sexta-feira, 19 de julho de 2019

A BASE DE UM BOM RELACIONAMENTO - 1ª PARTE/AUTOCONHECIMENTO

A BASE DE UM BOM RELACIONAMENTO
1ª PARTE: AUTOCONHECIMENTO

Decididamente, diante de tantos absurdos que estamos sendo forçados a testemunhar, o melhor é explorar todos os aspectos que influem num bom relacionamento. As pessoas não sabem ou não se importam em se autoconhecer, antes de se relacionar. O resultado é que não há relacionamento que se sustente. E, assim, o mundo vagueia entre a exploração humana e as guerras. 
 
Confesso-lhes que tenho recebido comentários e perguntas que me deixam triste e decepcionado com a criatura humana. Os sentimentos são confusos e conflitantes, levando muitos a não saber definir o que seja viver bem, sem as riquezas, sem ter saúde sem remédios e vacinas, amar sem tomar posse da pessoa amada e se desapegar sem se desvincular.

A humanidade, definitivamente, sucumbiu ao poder dos meios de comunicação. As falsas verdades chegam pelas ondas da TV ou da INTERNET. Qualquer idiota, como afirmou Umberto Eco, ocupa as telinhas e começa a ditar normas e estabelecer regras. Tal qual a boiada a caminho do matadouro, e julgando-se muito bem informados, telespectadores e internautas tomam suas decisões seguindo o comando de um bando de palpiteiros ou espertos manipuladores, que tratam de temas sobre o que nunca ouviram falar. 
 
Nós, estudiosos do ocultismo, não podemos nos deixar levar por essa onda de falso saber, e nem aceitar verdades que contrariam os nossos princípios de conhecimentos. A Numerologia da Alma nos proporciona a leitura dos sagrados mistérios que se fazem presentes na regência da vida na Terra. Somos instrumentos do trabalho de nossos Mestres Espirituais, que esperam de cada um de nós o fiel cumprimento de nossas missões. 
 
E, como tudo começa com o ato de se conhecer a si mesmo, achei por bem trazer, à tona, algumas verdades que nos conduzem ao AUTOCONHECIMENTO. Ele é a base de um bom relacionamento, pois nos ensina a reconhecer nossas fortalezas e fraquezas, e a respeitar nossos interlocutores sem considerá-los opositores ou inimigos. 
 
Achei que o melhor caminho para tratar deste assunto seria através do conceito cristão e budista que, tudo começa com o desapego, como ensinou Jesus e Sidarta. E, para abordar o tema, escolhi um livro muito interessante – O CAMINHO DA HABILIDADE, de Tarthang Tulku.
Desfolhei o livro, e fui direto ao capítulo que trata do Autoconhecimento, e lá encontrei a afirmação que o verdadeiro autoconhecimento nos capacita a orientar nossas vidas em direções saudáveis e significativas. Saudáveis, porque não há conflitos entre alma e personalidade, e significativas, por darem sentido e significado à nossa existência. 
 
Prossegue o autor, no parágrafo seguinte, afirmando que, o fato de nos conhecermos leva-nos a uma melhoria na qualidade de nossas vidas. O autoconhecimento poupa-nos o tempo de sair em busca de nossa verdadeira identidade, experimentando diversas possibilidades, fazendo novos amigos ou buscando outras atividades, somente para satisfazer nossos interesses imediatos. E, como diz o autor, quanto mais procuramos, mais confusos ficamos. 
 
Por que temos tanta dificuldade em saber quem somos? A resposta, sem rodeios e como um tapa sem luvas, acusa-nos de criar uma falsa autoimagem, baseada no que pensamos que somos, e como desejamos que os outros nos vejam. A crença nesta imagem que, invariavelmente, se revela falsa é que nos afasta das verdadeiras qualidades da nossa natureza. Essa autoimagem se revela como uma miragem no deserto de nosso autoconhecimento. 
 
O trista dessa autoimagem não é somente a sua falsidade, mas os falsos valores em que ela se baseia. Ela se investe de um disfarce diante do que tememos ser, ou de como desejaríamos ser ou como gostaríamos que o mundo nos visse. E, assim, não somos capazes de nos enxergar com clareza. E, desta forma, deixamos de reconhecer tanto as nossas verdadeiras forças, como a maior parte das nossas fraquezas. 
 
O mais triste desta farsa é que nos utilizamos da autoimagem para evitar olhar para nós próprios com a indispensável honestidade. Ou criamos uma imagem pessoal cheia de orgulho ou ficamos escondidos por trás de uma imagem autodepreciativa. E, quando direcionamos nossa energia para sustentar a nossa autoimagem, também nos impedimos de nos relacionarmos abertamente com os outros. 
 
E, assim, está armado o circo, em que nós somos o malabarista, tentando não deixar cair as bolas que atiramos para o ar, ou o palhaço que ri de suas próprias desgraças. Qualquer das duas hipóteses nos conduz a situações que nos afastam dos relacionamentos consistentes e duradouros. Tudo não passa de sucessivos espetáculos que, muitas vezes, pode culminar com passes de mágica que enganam a plateia e fazem com que possamos esconder a verdade que não temos coragem de revelar.

FIM DA 1ª PARTE

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