Meus
caros leitores:
Confesso-lhes
que já estou esgotando o meu repertório de alertas ambientais.
Verdade seja dita, que sujeira é que não falta neste país, mas nem
todas são de lixo concreto, matéria física e poluente ambiental.
Às
vezes, eu relembro de uma pessoa que conheci, de uma honestidade
ímpar no trato com seus semelhantes, religiosa e participativa das
atividades da igreja, mas, confessava que adorava roubar no jogo.
Menciono
isto, para comparar com outras pessoas que conheço, que admiro e
prezo, mas são omissas no trato com os cuidados com a natureza.
Poluem, sujam e destroem, e nem se dão conta que estão dando
mostras das criminosas ambientais que são.
Será
que mentiras sujam? Palavrões e agressões verbais poluem? Ou devo
fazer como um certo juiz que só procura sujeira em acusados que ele
pretende condenar? Mas, e os amigos, que parecem tão honestos ou
educados, o que faço com eles? Perdoo-os, a baixeza de suas
palavras e a vulgaridade do seu modo de tratar a quem não
simpatizam?
E
os mentirosos, que se baseiam em leis que existem, para distorcer
suas aplicações, o que faço com eles? Coloco as suas histórias
aqui no Teia Ambiental, ou os deixo governando as suas e as nossas
vidas, como se exercessem função legal?
Diante
de um momento na vida do país, em que a mentira se institucionalizou
e a farsa se tornou uma ação democrática, onde recolho os restos
da sujeira que vão sendo deixados para trás?
Como
falar de lixo jogado no chão, se, em muito maior quantidade, eles
estão sobre mesas e arquivos de autoridades, servindo de provas na
justiça e no parlamento?
Por
hoje, eu desisto, meus leitores. Lendo os jornais de nações livres,
em que folhas de papel informam e não deformam, não consigo conter
as minhas náuseas, quando vejo, nas bancas de jornais de nosso país,
tanto papel sujo embalando lixo.
Olhando
para as ruas da minha cidade, de repente, eu me dou conta que, se
comparadas com os porões dos palácios, elas são fontes de
inspiração para exaltarmos a limpeza de um chão, pisado pelo
humilde cidadão.
O
tempo só o tempo dirá, o que fazer com tanto lixo!
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