Rede de Conspiradores Preservacionistas
PLANETA ÁGUA
Meus queridos e fiéis leitores, a Teia Ambiental está sendo tecida sem alarde, mas com a consciência plena do poder que representam os nossos fios entrelaçados, firmando-se num ideal comum – a preservação da natureza.
Alma Mater e Flora da Serra irão conectar-se a outros espaços que desejem participar dessa jornada, numa peregrinação pelo mundo afora, sem destino e sem pretensões maiores do que confessar nossas crenças e convicções da presença divina no Sagrado Coração da Terra.
Eu vou por aqui navegando nesse oceano de praias desertas, nas quais poucos se dispõem a aportar, por ignorância ou intolerância. A natureza não é um tema que dê altos índices de audiência, por estar em permanente confronto com as ambições humanas.
Escolhi para essa viagem quase solitária a companhia da poesia de Guilherme Arantes, que exaltou em som e verso as águas do planeta.
“Água que nasce na fonte serena do mundo e que abre um profundo grotão faz inocente riacho e deságua na corrente do ribeirão”.
Essa água brota do seio da terra pura e cristalina, e se dá sem fechos ou preços, para a vida de todos nós. Mas, o homem, com a sua esperteza e mania de civilização, tratou de inventar as bicas e de criar taxas para o seu controle e exploração.
Lá pelos idos de 1855, um sábio cacique norte-americano chamado Seattle enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, em resposta a uma oferta para a compra das terras dos índios, dizendo ser-lhe muito estranho comprar ou vender terras, já que não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água. O tempo poupou-lhe o dissabor de conviver com o engarrafamento e a comercialização dessa água sem dono.
“Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão. Águas que banham aldeias, que matam a sede da população”.
O lirismo da canção, meu ingênuo leitor, acaba escondendo a trágica realidade de que, poluída pelos esgotos e pelo lixo das cidades, a água que mata a sede também pode matar o sedento beberrão. O progresso, meus leitores, esse mesmo progresso que todos anseiam, tem outros ideais mais lucrativos do que zelar pela pureza do ar que se respira e da água que se bebe. Quem sabe se, num futuro próximo, a tecnologia de ponta não acaba inventando uma forma de se viver sem beber e sem respirar!
“Águas que caem das pedras no véu das cascatas, ronco de trovão, e que depois dormem tranqüilas no leito dos lagos”.
Tranqüilas, é verdade, mas infelizmente sujas e ameaçadoras. Os índios consideravam a água dos rios como o sangue dos ancestrais. Eles diziam que, os reflexos nas águas límpidas dos lagos contavam toda a história do seu povo.
Os simbolismos dos índios parecem continuar os mesmos, o que explicaria porque tantos caras-pálidas têm sangue ruim nas veias e uma história de vida tão feia para contar.
“Águas dos igarapés, onde Yara mãe d’água é misteriosa canção. Água que o sol evapora, pro céu vai embora, vira nuvens de algodão”
O poeta mergulha na fonte da inspiração e dela emerge envolto em beleza e emoção. Calma lá, meu entusiasmado leitor, não te deixes levar pelo encanto da música, mergulhando em qualquer riacho que encontrares pelo caminho! De lá, poderás emergir envolvido por muitos detritos que habitam as profundezas de suas águas sujas.
“Gotas de água da chuva, alegre arco-íris sobre a plantação. Gotas de água da chuva são tristes, são lágrimas na inundação. Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o chão e sempre voltam humildes pro fundo da terra”
Com águas nos olhos e o olhar fixo no céu, eu procuro por um arco-íris e retorno à terra, não humilde como a água, mas humilhado pela minha condição de ser humano. Enquanto a água volta pro fundo da terra, eu me meto num buraco qualquer pra me esconder, não dos homens, porque a eles nada devo, mas dos filhos dos nossos filhos, das gerações que herdarão este nosso planeta Terra.
A Mata Atlântica vai desaparecendo envolta em chamas. Os mananciais da Bacia Amazônica estão cada vez mais ameaçados pela pecuária, pela agricultura e pelas gigantescas hidrelétricas. Mas, governantes e governados estão bem mais preocupados com o desemprego e o assentamento dos sem-terra. Mais emprego significa mais indústria e mais poluição. Assentamentos correspondem a mais áreas devastadas e árvores derrubadas.
Inconseqüente, o homem nada vê além do próprio umbigo. O índio dizia que tudo que fere a terra fere os filhos da terra. A terra está ferida e nós estamos ficando muito doentes.
A esperança está no despertar da consciência de criaturas como vós, leitores que me visitam e que lêem este meu apelo ao bom senso da humanidade. Ainda tem tempo de mudar o rumo da história. Não é mais possível “deixar as águas rolarem”. E, ao contrário do que muitos possam imaginar, nós habitamos no Planeta Água.
Olá, Gilberto
ResponderExcluirFico imensamente contemplada ao ver pessoas do bem e simples, nos alertarem contra toda espécie de mal estar ambiental...
Me solidarizo com vc e sua Flora nesta Teia Ambiental e me ponho em "estado de alerta"... na iminência de, escrevendo, sejamos também um canal de conscientização do mal que reina escancaradamente... avassaladoramente...
Estive no campo neste fim de semana e ainda pude defrutar da beleza de um lago onde também estão presentes os animais como o que vc postou... é deveras lindo! Pena que não atinge os olhares de toda a humanidade!
Abraços e vamos nessa!
Gilberto,
ResponderExcluirAlgumas medidas foram tomadas aqui em casa, desde que tivemos, há alguns anos, racionamento de água em Curitiba. Desde então, não tive mais coragem de ligar a banheira de hidromassagem e os produtos para aromatizar a água já devem ter vencido... A água do banho, por termos aquecedor e morarmos em sobrado, demora a chegar no alto aquecida. Nesse ínterim, um balde recolhe o que iria ralo abaixo. A diarista gostaria de lavar calçadas com água em abundância, mas não deixamos.
Só saber dos problemas e não fazer nada é acomodação, mas acho que dá pra ir adiante nas mudanças de atitude.
Um abraço.
Sabe o que é pior, Orvalho?
ResponderExcluirÉ que muitas pessoas de bem e crédulas demais, não conseguem imaginar o que está por trás das notícias.
Os noticiários fazem um jogo duplo e proposital para confundir os fiéis seguidores dos seus jornais tradicionais.Eles noticiam um escândalo ambiental e denunciam os culpados. Mas, ao mesmo tempo, criam uma dependência sobre o que está sendo condenado, assustando a todo mundo e tornando a população mais fragilizada,com medo de tudo.
Por exemplo, eles falam do perigo da água da chuva penetrar nos reservatórios que abastecem a cidade. Logo adiante, anunciam que a maioria das águas minerais engarrafadas estão contaminadas. Isso apavora todo mundo. De repente, surge um anúncio divulgando uma nova água que possui diversas vantagens sobre as demais. Essa é a estratégia que nos afasta cada vez mais das ações ambientais mais sérias, que exigiriam sacrifícios da população.
Veja o caso das vacinas contra a gripe de mentira, inventada pelos laboratórios com a conivência dos organismos internacionais. Um escândalo apavorando todo mundo. Logo, a seguir, a vacina milagrosa. Uma fábula de dinheiro rolou pelo mundo afora, enquanto muitos morreram por terem tomado a vacina que nem havia sido testada a contento.
Ontem, eu li num texto da wikipédia, que o tradicional e conceituado Repórter Esso era patrocinado pela Esso para fazer propaganda dos Estados Unidos.
As notícias do Repórter Esso eram por isso tendenciosas, promovendo falsos valores norte-americanos, e nos fazendo crer que suas notícias eram isentas e legítimas.
O Jornal Nacional, hoje em dia, faz a mesma coisa, e tudo que é noticiado tem uma intenção única de fazer com que os telespectadores acreditem na seriedade das notícias veiculadas pelo Bonner e pela Fátima.
O dinheiro ameaça a natureza. O mundo compra tudo, mas sem água não se sobrevive. Nós podemos fazer a diferença, não comprando, não acreditando, não nos submetendo às mentiras globais.
Mas, ainda é cedo, para que muitos acreditem nisso.
Um abraço, minha amiga. Deus é grande.
Gilberto.
É isso mesmo, Gina, cada um tem de fazer a sua parte.
ResponderExcluirO pior é que, como eu comentei acima com a Orvalho, a gente não sabe em quem acreditar.
Os noticiários são facciosos, mentem e distorcem os fatos, com o interesse de promover um fabricante, uma tendência ou uma iniciativa global. Enquanto isso, pessoas bem intencionadas estão economizando água, combustível e energia elétrica, para que os donos do mundo gastem e desperdicem em atividades que promovem os interesses de suas indústrias e bancos.
A minha recomendação é economizar sempre, mas para que se pague cada vez menos pelos serviços e produtos que são empurrados por nossas goelas abaixo. O negócio é consumir cada vez menos, e oferecer oportunidades cada vez menores de lucros para as empresas que exploram os serviços que necessitamos em nossas casas, como água, luz e telefone.
O consumidor tem a maior arma para enfrentar os predadores, a de não consumir produtos que ameacem a natureza ou que sejam fabricados com o sacrifício de recursos ambientais.
Isso é mais convincente do que o tão anunciado poder do voto. O poder do consumo é o maior que existe.
Diga NÃO a quem destrói a natureza. Não compre produtos que causem danos ambientais.
E confiemos em Deus.
Um abraço, minha amiga.
Gilberto.
Belíssimo texto. Adorei a introdução. Veio mesmo directamente do chakra cardíaco, não foi?
ResponderExcluirLinkei o seu post e o da Flora no fim do meu post de ontem.
Esperemos conseguir inspirar os que nos lêem a respeitar a casa onde todos vivemos e a preservar os seus recursos.
Um abraço
Obrigada por ter assinado a petição (não cheguei a agradecer)
Oi Gilberto!
ResponderExcluirInfelizmente o ser humano só economiza água porque, consequentemente, economiza seu salário.
Só se importam com dinheiro e dinheiro não vai trazer a natureza de volta.
Por mais que reciclamos uma lata, um papel, um vidro, eles irão voltar a virar lixo, mais cedo ou mais tarde.
O mais difícil é fazer o mundo tomar consciência disso, pois fazemos o que vemos, agimos pelos exemplos e não pelas palavras.
Abraços
Karen
Grato, Hazel, por suas elogiosas palavras.
ResponderExcluirExistem abordagens que se não brotarem do coração ficam frias e desprovidas de sentido - a natureza é um tema que exige essa postura.
E quando a gente fala com o coração, a inspiração toma conta das palavras e faz uma bordadura repleta de sutis e doces palavras. Assim fazem os poetas, como Guiherme Arantes, quando fala da água do nosso planeta, assim falo eu, fala a Flora e fala vc nos seus relatos sobre as atitudes ecológicas na sua casa cheia de luz.
É claro que as pessoas se tocam, no ato da leitura dos nossos textos! Mas, se mudam logo? Creio que não. As mudanças são sempre lentas e exigem fatores motivadores, como desastres, doenças e mortes.
A humanidade é mórbida, pode ter certeza, Hazel. Se não somos nós e nem uma centena ou milhares de pessoas, a maciça maioria precisa presenciar ou sofrer um desastre, para mudar de atitudes.
Agradeço os nossos links no seu espaço iluminado, que é o que posso chamar de uma boa companhia.
Abraços.
Gilberto.
Pois é, minha querida Karen, dias virão em que o dinheiro já não mais comprará a água que mata a sede, e só aí as mudanças começarão a ocorrer.
ResponderExcluirO dinheiro polui, seca e desvia a água do planeta, para utilizá-la em grandes projetos que acenam com empregos e riquezas.
A humanidade ingenuamente crê que isso seja verdade, e que é possível obter-se um verdadeiro progresso às custas da degradação ambiental.
O povo espera por esse dia que nunca chegará, pois os interesses econômicos destroem toda a chance de um mundo melhor, fazendo da água um instrumento para saciar a ganância dos seus empreendimentos.
A nossa função é chamar a atenção da humanidade para o valor da água na nossa vida. Eu não falo só de economizar água, por uma razão muito simples, a água economizada aqui, acaba sendo desperdiçada ali.
A solução só virá com a mudança de consciência da população mundial, que terá de parar de fazer tudo por dinheiro, e pensar um pouco mais na qualidade de vida que vem da natureza e de todos os produtos que ela disponibiliza para a saúde da criatura humana. Enquanto o homem continuar destruindo para progredir, ele só estará regredindo e se tornando cada dia mais pobre.
Eu faço a minha parte, e peço que todos que me lêem façam a sua.
A Natureza, sem dúvida, no momento certo, fará a parte dela, e poderá surpreender a muita gente.
Um abraço ecológico, Karen.
Gilberto.
Detesto ter de concordar consigo, mas está certo.
ResponderExcluirÉ por isso que eu sempre associo o tema ecologia com o da economia.
Se não consigo levar as pessoas a mudar os seus hábitos por amor e respeito pelo planeta, é bem provável que consiga motivá-las a mudar por amor às suas contas bancárias.
Sabe como é...
Claro que sei, Hazel!
ResponderExcluirÉ a tal afirmação cruel, mas infelizmente verdadeira, de que a parte do corpo humano mais sensível é o bolso.
A sua xará Hazel Henderson, uma sábia em economia e ecologia, diz que não se pode falar de uma sem tratar da outra.
De acordo com ela, enquanto o mundo progride economicamente a natureza sofre com as ações devastadoras em busca de matérias-primas e novas energias.
Tudo na vida precisaria imitar a natureza, ser renovável. Na natureza, nada se perde, tudo se transforma.
Pode ter certeza que a humanidade só mudará quando for atingida nas suas reservas econômicas. Antes disso, é só discurso e louvação, mas de prático mesmo, nada.
Faça a sua parte, pois possui um potencial enorme junto ao seu público. A Teia vai sendo tramada com a interação dos nossos fios, brasileiros e portugueses, para que o resto do mundo conheça melhor a índole pacífica de nossos povos.
Se o mundo não mudar através da união dos nossos povos, acabará mergulhando numa guerra sem fim, pelo controle da água, da energia, do ar e de tudo que possa ser cobrado e dar lucros.
O poder dos mais conscientes é maior do que tudo isso que se vê por aí. Mas,é preciso acreditar no nosso poder, e tomar atitudes.
Viva a nossa revolução ambiental!
Um abraço ecológico.
Gilberto.
Gilberto, um excelente blog. Parabéns!!
ResponderExcluirValeu a pena vir aqui.
Abraço
Amigo leitor, agradeço a sua visita e sou muito grato por seu elogio.
ResponderExcluirVolte sempre.
Abraços.
Gilberto.
Bom dia, Gilberto!
ResponderExcluirE estou mesmo fazendo...
Depois conto via email.
Abraço e grata pelo empurrão
Foi só um peteleco, Hazel, nem foi um empurrão.
ResponderExcluirMas que eu adorei a sua chamada furiosa no Casa Claridade, pra cima dos inertes e omissos, ah, isso eu não vou negar. Adorei, mesmo!
E como disse lá no meu comentário, adoro "atitudes". E a sua atitude foi ousada e corajosa.
Continue mesmo, não perca a chance de aproveitar o sucesso do seu blog.
Abraços ecológicos.
Gilberto.
olá Mestre , Enquanto a água , já disse varias vezes aqui mesmo que os seres humanos podem ser inteligentes mais são tão burros que visam só suas dignissimas causas e esquecem da consequência , sem pensar eles próprio pagam escola para seus filhos afim de garantir-lhes um futuro bom sendo isso uma ironia , esquecem que eles mesmos estão fazendo tudo errado e não estão refletindo em suas próprias ações agem ser pensar características de um dignissimo tolo , bom enquanto a agua , a humanidade já se desenvolveu tanto com esses "sistema de industrias capitalistas" que nem pensam mais nos recursos de sua própria sobrevivência.
ResponderExcluirAbraços..
JF
Pode crer, Fabrício, que a água potável está cada dia mais escassa.
ResponderExcluirExistem povos morrendo de sede, e o homem segue a poluir as águas. Um dia, acaba. E aí?
Será que vamos deixar isto acontecer?
Eu espero que não!!!
Abraços.
Gilberto.