Meus
caros leitores:
Decidi,
este mês, fazer uma apologia ao vento, rendendo, desta forma, a
minha homenagem a um amigo e companheiro de todo dia. Fiel e pontual,
a cada manhã, recebo sua suave e perfumada brisa, ao abrir minha
janela.
Muitos
o temem, eu não. Muito reclamam de sua fúria, eu a respeito. Muitos
atribuem-lhe desastres, eu os debito na conta das insanidades
humanas.
Senhor
das grandes mudanças na superfície terrestre, ele transforma
paisagens e muda o curso das nuvens, conduzindo a água da chuva de
um lugar para outro.
Se
eu invoco a sua presença, ele me responde com um suave balançar das
folhas das árvores. Se eu clamo para que adie as chuvas para o dia
seguinte, ele aumenta sua força e desvia o seu rumo, carregando as
negras nuvens para mais distante.
As
mudanças são orquestradas pelas suas lufadas que afetam tempo e
espaço. Ele é independente e muito impulsivo, cultua a liberdade e
não se intimida diante do futuro.
O
vento traz as revelações do éter. Ele é o mensageiro dos deuses.
Se uma folha de árvore iniciar um balanceio imprevisto, não temam a
chuva que vai cair, mas celebrem o ritual mais
sagrado da natureza,
em que a água que subiu aos céus vai comungar
com o leito dos rios.
Sem
a força dos ventos, as nuvens não sairiam do lugar, e o mundo não
conheceria as mudanças. Sem as mudanças, a terra seria insípida,
sem expectativas e cansativamente repetitiva.
Abrir
os braços e conclamar a presença do vento é um ritual de amor. Ele
virá, esteja onde estiver, por ser fiel aos seus sacerdotes.
A celebração é garantida, se o deus a ser cultuado é o vento.
Comecem
a girar e a chamar sua presença, e logo ele se fará presente. As
folhas começam a girar ao redor do nosso corpo, e a alçar voo em
direção ao infinito. Não há limites para o vento, ele começa
onde muitos terminam, e termina onde o vento faz a curva.
Amigo,
escudeiro, transformador e mensageiro, não haveria vida sem a sua
vital presença no ar. Se eu fosse materializar a sua imagem no mundo
físico, eu desenharia o número 5, e incorporaria à imagem as
energias ousadas e aventureiras de suas paixões e fantasias.
Neste
dia 7, que revela a energia mais próxima da consciência ambiental,
eu decidi homenagear o número 5, símbolo do vento e da magia. A
magia é a ponte que liga o visível ao invisível, e o vento é o
agente transformador que nos ajuda a atravessar essa ponte.
A
bênção, meu irmão vento, mensageiro dos deuses.
Fulgor na gratidão pelo Vento.
ResponderExcluirQue saborosa leitura.
Grato, Patrick, por sua saborosa saudação.
ResponderExcluirAbraço.
Gilberto.
Gilberto,
ResponderExcluirDesde pequena o vento me encanta. Quando sinto uma brisa em meu rosto e é como se estivesse sendo carinhosamente beijada. Em dias de vento forte corro e abro os braços pra senti-lo. Não sei explicar, mas o vento pra mim sempre trouxe paz. Sei da sua fúria, mas me traz paz, é uma das formas de comunicação direta com a natureza. É bom demais...
Luz pra ti :)
Minha querida leitora:
ExcluirEu sinto o mesmo, por isto dediquei esta mensagem a ele. Ele gosta que conversem com ele, que o chamem de mensageiro dos deuses, e que a cada manhã seja saudado com palavras amorosas e de louvor.
Se ainda não tem, procure criar uma certa intimidade com ele.
Se conseguir isto, ele passará a ouvir e atender os seus pedidos.
Abraço.
Gilberto.