A vida tem sido dura para muitos, já
que os tempos modernos cobram muito e dão pouco. Pelo menos, assim
pensam os que desconhecem a justiça da Lei do Karma.
A ilusão de uma vida única, em que
a justiça parece ser o efeito do que, simplesmente, se faz nesta
vida, é a responsável por tanta revolta e inconformismo.
Fui na prateleira da biblioteca e
recolhi o livro de Virginia Hanson e Rosemarie Stewart, intitulado
KARMA A Lei Universal da Harmonia, para tentar extrair de suas
folhas, algum tipo de consolo para este povo sofrido e tão
desinformado das leis espirituais.
Na página 32, capítulo 2, encontro
uma simples afirmativa, bem conhecida e aceita, por muitos de nós,
“cada trabalhador é merecedor de seu salário, segundo o Livro da
Sabedoria”.
Logo a seguir, lê-se que a
personalidade é como uma série de roupas novas com suas
características específicas, tais como cor, forma e qualidades.
Mas, o homem real que as veste é o mesmo que vestiu as velhas.
Isso, e apenas isso, pode responder
pela aparente terrível injustiça na distribuição de cada destino
na vida da humanidade. Muitos seres bons sofrem durante quase toda a
vida, sem motivo aparente, para quem só enxerga a vida presente.
Por que tantos nascem pobres e sofrem
famintos? Perguntam-nos as autoras. E nós, sem saber o que alegar
para essas discrepâncias de tratamento, nos consolamos com desculpas
rotas e esfarrapadas, sem nenhum sentido lógico, mas que encontram
respaldo na fé incutida nas mentes religiosas.
A resposta é encontrada na
reencarnação e na evolução das almas, através da superação dos
karmas, contraídos em vidas passadas. A roupa nova não será melhor
do que a antiga, a não ser que tenha uma saudável serventia ao
dono, a sua alma.
A troca de roupa, a cada vida, temo
real objetivo de proporcionar novas experiências à alma, para que,
enfrentando novos desafios, dê um novo sentido às suas ações, que
em vidas passadas causaram danos e males à natureza e à humanidade.
A justiça que prevalece no fiel
cumprimento dos mais nobres ideais de evolução da humanidade
denomina-se Karma, a lei infalível que, nos planos físicos, mental
e espiritual da existência, ajusta o efeito à causa.
Nada e ninguém estão isentos aos
efeitos de ações passadas. Se as causas forem criativas e
favoráveis à evolução, os efeitos serão ajustados a essas causas
construtivas e as ações serão recompensadas na forma de
ocorrências benéficas a quem as provocou. Caso contrário, surgem
os sofrimentos, castigos e punições, inevitáveis e irrecorríveis.
Os nossos Mentores Espirituais
relatam que, no momento da morte, cada um vê toda a sua vida diante
de si, em seus mínimos detalhes. Esse instante é suficiente para
revelar toda a cadeia de causas presentes em sua vida.
Cada um, então, vê e compreende a
si mesmo, como se sua vida passasse a limpo, sem elogios ou
condenações, apenas num relato frio e coerente com suas ações.
Ele sente e reconhece a justiça de todo o sofrimento que se abateu
sobre ele, a cada erro cometido ou maus pensamentos dirigidos àqueles
com quem se relacionou.
Essa Lei é a que os religiosos
costumam chamar de castigo de Deus, e que os mais espiritualizados
identificam como Lei do Karma, ou a justiça que ajusta os efeitos às
causas, e que tem agido desde toda a Eternidade.
O Karma não cria e nem planeja nada.
É o ser humano quem planeja e cria as causas. A Lei do Karma somente
ajusta o efeito, e tal ajustamento não é um ato, mas o resultado da
harmonia universal que procura sempre recuperar o equilíbrio
inicial, que retirou a justiça da sua posição original.
Todos têm seus pontos fracos, que
nas vidas seguintes deverão ser corrigidos, numa eterna busca de
perfeição. Quem aponta esses erros é a própria consciência de
cada um, que passa a planejar uma nova personalidade, que venha a
ajudar cada qual a se corrigir, e não mais repetir os erros
passados.
O processo em si é muito mais
simples do que essa história de Céu e Inferno, para toda a
eternidade. A cada nova encarnação, surgem oportunidades de
superação das antigas falhas e de novos aprendizados, que se
incorporarão à evolução espiritual da alma.
Por conseguinte, não percamos tempo
em esmiuçar as imperfeições alheias, vamos concentrar-nos em
nossos próprios defeitos, a fim de corrigi-los e proporcionar às
nossas almas as condições necessárias para a sua evolução.
Caro Gilberto, se puder dizer algo a respeito, gostaria realmente de saber sua posição para poder me ajudar a entender como posso realmente realizar escolhas arbitrárias, no momento presente, se, ao tomar uma escolha, nos baseamos 'instintivamente' em pensamentos e emoções 'passadas', existindo assim a possibilidade real de somente realizarmos efeitos de efeitos num ad infinitum...sendo inclusive a numerologia uma evidência forte para o dito 'destino'.
ResponderExcluirExcelente texto, Mestre Gilberto. Infelizmente muitos se iludem e se deixam enganar acreditando fielmente em céu e inferno (aí é a crença de cada um, claro), me questiono como seria se a humanidade ao invés de seguir todos os dogmas e aceitar cada palavra dita em certas religiões, despertasse e tentasse compreender o que existe além. Acredito eu, que entender A Lei do Karma é uma nova forma de enxergar a vida. Assim, compreenderiam melhor as injustiças sociais e aprenderiam a ver que com muito trabalho externo e interno é possível progredir, por merecimento próprio mesmo após muitos "erros". Alinhar a alma e personalidade não é fácil, são diversos conflitos... 7 para compreender os mistérios, 3 para sonhar com os mesmos, 1 para impulsionar essa busca e fundamentalmente o 8 para o equilíbrio perfeito.
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