segunda-feira, 7 de maio de 2012

TEIA AMBIENTAL - ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

Meus queridos leitores, estamos no limiar de uma nova era, de um admirável mundo novo, um mundo sem energia nuclear. Os mais progressistas não me tomem por avesso ao progresso, nem por um saudosista ainda preso a velas e lampiões.

Acontece que, enquanto o homem não for capaz de dominar a técnica e empregar a energia nuclear com segurança, o melhor é ficar dedicado a pesquisar energias limpas, do tipo da eólia e da solar, e, eventualmente, da hidráulica, desde que em usinas de pequeno porte, sem devastar grandes áreas de florestas.

Voltemos, porém, para a notícia alvissareira que me contagiou a ponto de projetar um mundo novo, sem o risco nuclear. O Japão fechou a sua última usina nuclear, por medida de segurança, após o desastre de Fukushima.

Este é um marco histórico, pois, há quase 50 anos, o Japão utilizava esse tipo de energia, e parecia que seu progresso econômico não poderia sobreviver sem a criação de novas usinas nucleares, espalhadas em seu território.

Esta decisão do governo japonês foi motivada pela reação indignada do povo, após um tsunami haver provocado a maior ameaça à nação japonesa, o que levou milhares de cidadãos às ruas, exigindo o fim do uso da energia nuclear.

A realidade é que o governo central japonês bem que tentou adiar o quanto foi possível essa decisão, mas não conseguiu convencer a população e os administradores das províncias onde as usinas estão instaladas. A população japonesa não mais confia nas agências reguladoras que controlam a segurança dessas usinas.

Antes do acidente de Fukushima, o Japão operava 54 reatores comerciais, que respondiam por 1/3 das necessidades de energia do país. Em 2011, 17 deles foram danificados pelo terremoto ou foram fechados por medida de segurança. Outros 36 reatores foram desligados, após ser inspecionados, e não foram religados.

A discussão é que o Japão poderá ser afetado economicamente pelo desligamento das usinas nucleares, pois a indústria necessita delas ou de fontes alternativas, ainda não existentes, para operar a produção japonesa. Sem a opção nuclear, o governo japonês terá de importar combustíveis fósseis para oferecer uma alternativa imediata à indústria. E, isto está levando a indústria a pressionar os órgãos ligados à produção industrial e energia elétrica, no sentido de religar algumas das indústrias que foram retiradas de operação.

Acontece que o governo não está conseguindo convencer a população da conveniência de religar as usinas, mesmo diante das graves consequências econômicas que isto possa acarretar à nação japonesa. Os japoneses não acreditam nos padrões de segurança alegados pelos operadores das usinas e pelos órgãos fiscalizadores, e que lhes garantam que desastres semelhantes ao de Fukushima não se repetiriam.

A economia japonesa sofrerá, é o que afirmam os especialistas econômicos. Mas, a população japonesa se mantém inflexível, e, por lá, parece que a voz do povo é, realmente, a voz de Deus.

Os países de todo o mundo mudaram suas mentalidades, após o desastre de Fukushima, em março de 2011, e a Alemanha foi um desses países, com compromissos assumidos de desligar seus reatores nucleares nos próximos anos. Mas, o Japão, que sentiu na própria pele os efeitos do desastre, saiu na frente.

A Alemanha é o país no mundo que mais e melhor utiliza a energia solar. A produção desse tipo de energia na Alemanha representa 55% da produção global, o que é uma marca digna de registro, por representar mais da metade da produção de todo o mundo.

Portugal é outro país europeu que vem investindo maciçamente em energias renováveis. Segundo previsão do governo português até 2020, o país poderá atingir a meta de 60% de energias renováveis.

O programa português inclui a entrada em plena operação da maior usina de energia solar do mundo, o que também é pretensão da Espanha, na cidade de Sevilha. Esses dois países estão investindo também em energia eólia, e diversas outras formas de energia alternativa, inclusive, a que existe na costa norte de Portugal, que produz eletricidade a partir das ondas do mar.

A União Europeia assumiu diversos compromissos de redução do uso de energia nuclear, e do crescimento permanente da utilização de energias limpas, como a solar e a eólia. Estes exemplos nos chegam do Velho Continente, e contrastam com os projetos do Novo Continente, cujos países continuam a destruir florestas, poluir os oceanos e pôr em risco suas populações, com ameaçadoras usinas nucleares.

O admirável mundo novo parece estar se desenhando a partir da Europa, onde o povo é ouvido, não por ser apenas esclarecido, mas por ser educado para ter sua vontade própria e por ter a consciência de que os governantes são seus empregados, que podem ser contratados ou demitidos a cada eleição.

Enquanto isto, no país que se proclama a maior democracia do mundo, tudo anda muito obscuro, com o presidente Obama sem saber como justificar a postura de uma camada considerável da população, que não está nem aí para a pobreza de seus vizinhos, os dos bairros pobres ou dos países miseráveis.

Lá nos Estados Unidos, falar em fechar usinas ou deixar de poluir a natureza é sinônimo de traição à pátria e crime contra o patrimônio nacional. Uma vergonha! E por aqui, meus atentos leitores, como nos comportamos, diante de nossos governantes, empresários e banqueiros? Submissos às suas intenções de colocar o dinheiro acima de tudo ou indignados com a forma como estão tratando as nossas florestas, mares e ares?

As eleições municipais vêm aí, e tudo começa na cidade em que moramos. Pensar global e agir local, este tem de ser o nosso lema, desde a política ambiental até a política partidária, energética e econômica. Digamos não às usinas nucleares, à poluição dos nossos mares e à destruição das nossas florestas. Vamos aprender com os japoneses e alemães a nos fazermos ouvir pelos governantes. Afinal, estão lá porque nós os colocamos.

Estamos no limiar de um novo tempo, quando tudo que não presta será deixado para trás. O admirável mundo novo não começará nos Estados Unidos, nem na China, e, talvez, nem no Brasil ou na Europa, mas dentro de cada um de nós, não importa onde nascemos ou moramos.



14 comentários:

  1. Olá Gilberto irmão,

    Tudo bem contigo?
    Andei meio sumida, pois 2012 está sendo muito movimentado para mim....não imaginas o quanto?

    Puxa vida, fechastes com chave de ouro a postagem.....pois a questão é esta mesma!
    Pelo menos aqui no Brasil, eu acredito muito que as mudanças só podem começar no interior de cada pessoa.
    Ainda não consigo ver com bons olhos a mentalidade do brasileiro, que se deixa levar muito pelo supérfluo e ser enganado facilmente por mídias que desviam a atenção do que realmente é importante.
    Mas, consigo “ENXERGAR UMA LUZ” quando vejo que muitas pessoas estão buscando respostas e procurando expandir suas consciências.........são forças silenciosas que só nos permitem “perceber” sutilmente sua Luz.
    E são nelas que me sustento e acredito, pois um Admirável Mundo Novo está surgindo á nossa frente, e precisamos acreditar que todos juntos seremos capazes de vencer.

    Um grande abraço de Luz!!!!

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  2. Benvinda de volta à Teia, minha irmã Lú.
    Eu acredito na humanidade, pois muita alma boa já despertou para o mundo espiritual, que sustenta a vida física.
    Mas, os despertos ainda são em muitíssima menor quantidade do que os adormecidos, sonolentos e sonâmbulos. Por isso, passam despercebidos.
    O mundo está mudando, e para melhor, apesar das almas pobres que reencarnaram por aqui, naquela segunda metade do século passado.
    As crianças de hoje são diferentes, e serão as semeadoras do amanhã.

    Um abraço ecológico.
    Gilberto.

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  3. Querido mestre,
    que boa noticia, saber que a energia nuclear está sendo deixada para trás. Finalmente estão acordando para a realidade. Se é perigoso, é melhor não mexer. Tal e qual o que a gente fala para as crianças: não brinca com faca, não brinca com fogo, não brinca no meio da estrada, não vai atrás da bola que fugiu.

    Grande problema estarmos a ser governados por crianças indomáveis, curiosas de experimentar toda a novidade sem equilibrio intuitivo, dominio institivo e amor incondicional. Ou o mais correto será afirmar, sem visão holistica.

    Abraço irmanado.
    Rute

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  4. Minha querida Rute:
    Grupos como os do nosso curso já existem no mundo inteiro, com pessoas despertas para o mundo novo, e outras, a maioria, ainda engatinhando.
    Mas, há conspiradores da Nova Era trabalhando com vontade a favor da evolução. Alguns conscientes, outros inconscientemente.
    Os Mestres estão vibrando intensamente para que os seus discípulos possam entender suas mensagens.
    À noite, enquanto dormimos, nós recebemos muitas dessas mensagens e acordamos inspirados e cheios de ideias.
    Esses japoneses são pioneiros porque conheceram melhor, ou pior, do que quaisquer outros o terror da energia nuclear.
    Esperemos que o mundo inteiro desperte para esta realidade, que se está brincando com fogo. E este fogo queima mais do que qualquer outro.
    Um abraço ecológico.
    Gilberto.

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  5. Olá, mestre Gilberto! Senti uma centelha de esperança ao ler a sua participação! É certo que Portugal está a investir mais em energias alternativas, e proliferam até pequenos produtores de energia solar, que aproveitam os telhado de suas casas para gerar energia, o que não cria impactos ambientais! mas temo que a crise económica faça parar o que começou bem! Espero que o povo japonês consiga manter-se firme nas convicções! Exemplos desses são raros e embora a Europa esteja evoluída a evolução não é toda igual...muitas vezes o dinheiro fala mais alto...infelizmente!
    Mas são ótimas notícias e temos de ficar felizes com elas!
    Abraço fraterno e ecológico

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  6. Olá!
    Definitivamente, eu sou a favor do uso de outros tipos de energia menos agressiva e segura... Vivemos no mesmo planeta e o desrespeito a Terra faz todos nós pagarmos a conta de todo mal trato. O duro é a conscientização de todos neste quesito. Somos todos responsaveis e tudo que pudermos fazer, que seja reciclando uma lata de aço, com certeza faremos diferença.
    Um grande abraço!

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  7. Bom dia,
    A juventade ainda colherá frutos de péssima qualidade.Nós estamos colhendo,as coisas mal feitas anteriormente,essas denúncias vem acontecendo de muito tempo.Prova de bons frutos ,aparecerá apartir dessas mudanças
    citadas pelo Sr.Daqui algum tempo,serão falados aqui,dos bons frutos ,como resultado dessas mudanças.Parabéns pelas informações.

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  8. Minha amiga, Lina:
    As crises são as mestras das transformações.
    Sem crises, não se dá um passo adiante.
    A crise que a Europa está enfrentando, o Brasil já cansou de enfrentar. Ora, vencia, ora, perdia essa ingrata, mas tão necessária luta.
    Agora, estamos sendo vitoriosos. Mas, amanhã pode ser que estejamos novamente a enfrentar crises.
    É nas horas de crise que as soluções alternativas aparecem. A energia limpa pode parecer mais cara, porém a médio e longo prazo se torna uma solução econômica, e acima de tudo, por ser segura.
    Aqui no Brasil, já poderíamos estar muito à frente na questão do uso de energia solar e eólia, mas a obsessão pelo petróleo atrapalha esse salto tecnológico para o futuro.

    Um dia, porém, os países, um a um, seguirão o Japão, e só mexerão com tecnologias seguras.
    O nosso admirável mundo novo está chegando.

    Um abraço ecológico.
    Gilberto.

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  9. Minha querida, Alexandra:
    Todos nós devemos fazer como fez o povo japonês, dizer não ao progresso sem proteção.
    O geverno japonês foi obrigado a cancelar seu progama nuclear, diante da indignação popular no Japão.
    Façamos o mesmo por aqui. Questionemos nossos políticos em campanha de eleição. Pressionemos o Congressso e o Governo, para parar com a Angra 3.
    A Alemanha está desativando suas usinas, e nós estamos montando em Angra uma usina alemã.
    Não tem sentido, num país com tanto sol e tanto vento. E dizem que até com tanto petróleo. E ainda com a tecnologia do etanol.
    Juízo brasileiros, juízo!

    Abraços ecológicos.
    Gilberto.

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  10. Minha assídua leitora, Andréa:
    O Alma Mater tem o dever de informar, sem se colocar em posições partidárias ou defendendo interesses que não sejam os que nos ajudam a evoluir espiritualmente.
    Assim é a Teia, e assim são as mensagens que falam da evolução da alma.
    Continue com suas visitas e comentários.
    Abraços ecológicos.
    Gilberto.

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  11. Olá, Gilberto
    Vc de um desfecho pro Tema fabuloso!!!
    Pensar global... vejo que pensar no coletivo seria o mais adequado...
    Mas será que vamos conseguir viver menos egoisticamente???
    Tão acostumados estamos a sermos omissos em tudo...
    Abraços fraternos de paz

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  12. Minha querida, Orvalho:
    A natureza não nos dá muita escolha. Se insistir, a humanidade vai ficar sem matéria-prima, sem energia e o pior, sem água para beber e ar para respirar.
    E aí será o fim da vida, jamais o fim da Terra.
    O planeta continua vivo,talvez à espera que Deus mande para cá um povo mais consciente e evoluído.

    Abraços ecológicos.
    Gilberto.

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  13. Querido Gilberto

    Realmente, o povo japonês teve que se render aos fatos, depois de um tsunami que evidenciou todos o transtornos, fragilidades e os riscos de ter usina nuclear...
    Felizmente, isso é um bom exemplo para nós todos e infelizmente, nessas horas ninguém se lembra sequer daquele episódio do césio em Goiânia (eu era criança e isso me fez chorar, mesmo não entendendo muito bem)...
    Pelo visto tem que ocorrer situações mais sérias e de maiores proporções para que se faça algo...

    Un grande abraço!

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  14. Minha querida leitora, Alexandra:
    Estamos só começando o processo de convencer todos a mudar suas atitudes. Um tsunami aqui, um vulcão ali e um tremor de terra acolá.
    O mundo mudará por bem ou por mal.
    Tomara que nunca chegue a ser por mal!
    Um abraço.
    Gilberto.

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