terça-feira, 7 de outubro de 2014

TEIA AMBIENTAL - A ERA DA ESTUPIDEZ

Meus caros leitores:
Estou lançando a releitura desta matéria publicada em 7 de fevereiro de 2011, por considerá-la muito de acordo com o momento atual, mesmo passados mais de 3 anos desde a sua publicação original.

"Somente duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. E não estou seguro quanto ao primeiro" Albert Einstein


Meus ecológicos leitores, estamos por aqui novamente, para tecer mais alguns fios desta nossa Trama Ambiental, que foi criada para alertar a humanidade sobre os riscos que se corre nessa ensandecida corrida por um progresso ilimitado.
Confesso-vos, meus amigos, que se não fôssemos testemunhas desta era absurdamente louca, não acreditaríamos que pudesse o homem cometer tantas barbaridades contra si.
A realidade é que não estamos diante de crimes ambientais, mas de crimes contra a humanidade. A natureza, bem ou mal, se recupera, mas a humanidade está, aos poucos, se dizimando. Isto mesmo, surpreso leitor, estamos provocando o maior holocausto que já teve lugar em todo o Cosmos.
O planeta é o nosso lar maior, é nele que de fato habitamos. A nossa casa é um abrigo de passagem, onde nos acomodamos por uns tempos, até encontrar outras paragens, mais adequadas para um novo momento de nossas vidas. Mudamos de Cidade, de Estado ou de País, mas não mudamos de Planeta. A Terra é o nosso lar.
Cuidamos de nossas casas, forramos o chão e pintamos o teto, decoramos os ambientes e fazemos do nosso lar temporário um recanto de paz e sossego. O lixo que retiramos da casa passageira, esse nós atiramos no lar definitivo, naquele de onde não mudaremos nunca.
O ser humano é o habitante da Terra que possui o maior desenvolvimento mental dentre todos os demais, é aquele que assumiu o direito de governá-la e de cuidar dela. Uma tarefa preservadora se transformou em ação predatória. E a alegação é que tudo que se polui só tem um motivo, a necessidade de acelerar o progresso. E no rastro da poluição fica a devastação ambiental, efeito do mesmo ideal de progresso, só que um progresso crescente e ilimitado.
O homem sábio, o conhecido homo sapiens, é um estúpido, e de sábio só tem a pecha de saber pensar, ou de pensar que sabe. Estamos em tempo de expansão tecnológica, de franco progresso científico, mas a estupidez não é um estigma que se extermina com estudos e doutorados, mas uma erva daninha que medra exatamente nos terrenos cultivados pelo tecnicismo e pela empáfia do saber universitário.
A humanidade caminha lenta, mas inexoravelmente, para o caos, destruindo todos os recursos naturais que sustentam a vida planetária. Em sua busca desenfreada e estúpida, em direção a lugar nenhum, atropelam-se os ciclos da natureza, destroem-se as riquezas que dão sustentabilidade ecológica à própria vida humana e fomenta-se um ideal suicida de crescer mais e mais, como se as reservas energéticas fossem inesgotáveis.
A ciência, que deveria dar o alerta sobre o risco fatal, torna-se cúmplice do projeto ecologicamente falido, não por conta de estudos e pesquisas, mas por razões meramente econômicas.
A era da tecnologia e da informática, um tempo de progresso espantoso e de um desenvolvimento científico que parece desafiar tudo que a mente humana foi capaz de imaginar, está prestes a ficar conhecida, nos anais da história como a era da estupidez.
E tamanha tem sido a estupidez humana que esses anais poderão jamais contar essa história, pela total ausência de ouvintes ou leitores. O planeta não está correndo risco, mas a humanidade, sim. E tudo por ganância e luta por poder.
Confesso-vos, caros leitores, que a ambição humana somente possui paralelo na estupidez que a acompanha. E o pior é que, em sã consciência, ninguém levaria adiante esses projetos progressistas que derrubam florestas e desviam rios para construir mega usinas.
A estupidez nem é tanto pela usina, mas pelo mega tamanho, que serve para lustrar o ego de uns pobres coitados que só foram alçados ao poder, para desafiar a humanidade a tomar atitudes. Mas, quem quer atitudes que se oponham ao progresso? Geração de empregos? Balela, iludidos leitores! Melhoria de vida para os mais carentes? Tolice, meus crédulos leitores!
Tudo por dinheiro! Mesmo que os lucros abusivos e extorsivos, em prejuízo da natureza, resultem mais tarde no extermínio da raça humana.
Crede ser exagero meu, não é mesmo? Os cientistas garantem que não se corre risco? Tudo é feito com a mais absoluta segurança, não é essa a vossa crença? Essa segurança não existe, pois a natureza não assinou com o homem nenhum tratado que garanta a paz.
Ela, a natureza, já está em guerra. A humanidade invadiu um território perigoso, onde jamais deveria ter pisado. Agora, é aguentar as consequências. As armas da natureza já estão causando sérias baixas. Terremotos, ciclones, enchentes, tsunamis, epidemias, por enquanto, têm sido os primeiros mísseis acionados pela natureza contra a humanidade ameaçadora.
A ciência sabe que a Terra é um ser vivo, que se defenderá sempre que for ameaçada, como fazem todas as criaturas na defesa dos seus corpos. A guerra está só começando. Até onde pretenderá o homem provocar a força da natureza? Ainda há tempo para recuar.
A triste realidade é que a criatura humana está transformando um momento raro na evolução planetária, de expansão da consciência humana e sutilização do corpo físico, numa fracassada incursão por terrenos sombrios e pantanosos – uma era de estupidez.