sexta-feira, 7 de agosto de 2015

TEIA AMBIENTAL - PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE FLORES






Meus caros leitores:
A Teia deste mês vai falar de amenidades e beleza. Vamos colocar a Natureza no centro das nossas atenções. Chega de falar mal e de criticar! Eu não aguento mais estas destemperanças do Facebook, em que gente que não entende de nada fala como se fosse autoridade.
Tudo bem que a Natureza tem sido mal tratada, mas onde estão os paneleiros que fazem arruaças quando as coisas não vão bem? Onde estão os que se dizem defensores da pátria? Será que as nossas florestas e rios não fazem parte da pátria?

Pois bem, é tempo de falar de flores. Quem mora num santuário como eu, que habito uma cidade sagrada, chamada São Lourenço, no sul das Minas Gerais, tem o privilégio de poder repousar suas vistas em obras-primas da Natureza, como os ipês-amarelos floridos, em nossas ruas e montanhas.

Apesar do espírito destrutivo dos seres humanos, a Natureza não se ofende com a forma como é tratada, e retribui a cada ano com flores e cores, que nos fazem perder o fôlego. As ruas da cidade estão refletindo o dourado das flores dos ipês, as nossas montanhas estão salpicadas do amarelo contra o fundo verde, num certo quê nacionalista.

Os ipês vão tomando conta dos espaços, e quando chega setembro, a árvore símbolo do Brasil é reverenciada pela Natureza, mas, bem pouco exaltada pelos brasileiros. Os brasileiros precisam reparar mais nas nossas riquezas, que não estão nos bancos, mas na alma da nação. Somos um povo privilegiado, que por ter tanto, vive cobrando sempre mais.

Levantem a cabeça, olhem ao redor, e reconheçam a beleza do céu azul anil, das matas verdes, e dos ipês- amarelos, em nossos campos de Minas. Minas nos deu o ouro, nos tempos dos bandeirantes, e nos doa o dourado, sempre que setembro vier.

Bem-aventurado o povo que pode exaltar a sua Natureza, e tratá-la de Mãe Natureza. Como disse, um dia, o nosso inesquecível mineiro Juscelino Kubitschek, ao ser vaiado pela população de uma cidade que visitava - “Feliz o povo que tem liberdade para vaiar o seu presidente”.

Fiquem com as flores, e nunca tirem da lembrança o bem que a sua beleza nos faz.