quinta-feira, 17 de agosto de 2017

REPENSANDO OS PADRÕES VIGENTES

REPENSANDO OS PADRÕES VIGENTES

Caros leitores:
Há momentos em que nos sentimos derrotados por um sistema de vida, que nos impõe verdades, nas quais não acreditamos, e que nos deixam a repensar os padrões a que temos de nos submeter.
Será justo não acreditar nos valores desses padrões, mas, mesmo assim, sermos obrigados a segui-los e acatá-los? Quem tem esse poder de criar e impor padrões?

Esta questão atravessa os tempos. Em eras antigas, atribuía-se a Deus os padrões estabelecidos, como se Ele fosse o autor das leis estabelecidas por reis e líderes religiosos.
Com o passar do tempo, descartou-se a autoria divina, e o mundo mais civilizado, segundo os juízes das sociedades, passou a estabelecer seus padrões, segundo os sábios e anciãos das tribos.
Mais algum tempo, e a civilização dando saltos de progresso, questionável, é verdade, mas seguindo os padrões impostos pela maioria, ou por uma suposta e influente tendência lógica, desprezou os sábios e mais velhos, substituindo-os pelos mais ricos e poderosos.
Em certo momento da história, uns pretensos especialistas, se deram conta que devíamos adotar a chamada democracia, em que o povo expressa a sua vontade, mediante o voto e por meio de seus representantes, os chamados deputados.
Se julgarmos que, isto tenha acontecido recentemente, estaremos redondamente enganado. A aclamada e reclamada democracia é antiga, talvez originária da Atlântida, após a partida dos Deuses.
E, para a decepção dos que se ufanam em se dizer democratas, como se isto fosse motivo de orgulho e justiça, o sistema com padrões democráticos, semelhantes aos adotados nos dias de hoje, foi abandonado, há milhares de anos, por se ter demonstrado irracional e inexequível. 
 
O padrão democrático provocou muita confusão, pois a raça humana confundia o poder temporário com o privilégio permanente de manipular esse poder, segundo seus próprios interesses, não se conformando em, simplesmente, transferir esse direito transitório para seu substituto, findo o seu mandato.
A história da política mundial narra essa confusão de poder com as tintas da leveza e da fantasia, sem relatar a luta nos bastidores da política, pela perpetuação desse poder.
A democracia passou a ser considerada um avanço na forma de governar, em que o poder era transferido  de um governante para outro, de acordo com a vontade popular. 
 
A conveniência dos poucos que, realmente, exercem o poder, não deixava transparecer as distorções e os ilícitos cometidos pelos poderosos que, depois de exercerem o poder, não mais o deixavam escapar-lhe do controle.
O sistema não é o responsável pela justiça ou pelo respeito à vontade popular, por ser apenas uma ferramenta que constrói o padrão estabelecido pelos homens. E esse padrão segue o poder da força e dos interesses dos mais poderosos.
Muitos hão de julgar que, criticando a democracia, estou defendendo a ditadura, por acreditarem que uma seja o oposto da outra. Engano, meus leitores, ledo engano, de quem vem sendo doutrinado por um sistema tendencioso e corrupto, com a cumplicidade de uma mídia facciosa, que não noticia, mas promove política, através dos noticiários.
Em verdade, podemos atribuir o conceito de ditadura, a qualquer forma de governo, desde o capitalista ao socialista, da república à monarquia. O diferencial está na consciência e cultura de cada povo, para aceitar ou rejeitar a prepotência e o autoritarismo.
Haveria uma forma de governo perfeita, em que o povo teria o direito a decidir seu futuro, de fato e de direito? Esta é uma pergunta que atravessa os tempos, sem uma resposta plausível.
A questão não é o governo, mas o governante. Não somente o governante, mas o povo que o eleja como seu líder.
As respostas fáceis não estão disponíveis, quando as perguntas envolvem interesses e poderes. Quando o povo não pauta suas ações pela cultura e pela justiça social, as soluções oferecidas pela democracia não solucionam, só confundem e criam conflitos.
Criam-se leis, que substituem as existentes, postas de lado com a desculpa de não mais atenderem à vida moderna, ou, o que é mais verdadeiro, aos interesses das novas elites do poder.
A democracia protege muito pouco os direitos conquistados pelo povo, bastando forjar mentiras e reunir interesses, para se derrubar a estrutura legal predominante.
A situação de uma nação, diante da escolha de um sistema ou de um governante, lembra-me das consultas que recebo, para dar um nome de sucesso a uma empresa.
Diante da proximidade do registro da razão social da nova empresa, um dos sócios me procura e pede que a numerologia indique um nome que propicie o sucesso nos negócios.
Assim como, não há sistema de governo perfeito, sob o comando de um governante imperfeito, o mesmo acontece com o mundo empresarial.
Se os sócios da empresa em formação apresentam karmas de insucesso, perdas e fracassos, não haverá razão social que, por si só, evite prejuízos e sérias dificuldades em seus negócios.
No caso dos sistemas e dos governantes, existe um fator que tem um peso relevante, para determinar o êxito de uma nação, o padrão cultural de quem põe e tira o poder das mãos dos governantes, a consciência ética e moral do eleitorado.


Se o povo é inculto, amoral, desonesto e ganancioso, o poder cai nas as mãos de governantes e deputados que expressam esses defeitos. Se, num certo momento da história do país, o povo desiludido, diante da pobreza e das injustiças, se rebela contra o sistema, e elege um defensor das causas sociais, a reação preconceituosa e maldosa, logo cria fórmulas que, mais tarde, hão de derrubar o governante eleito.
Sonhar com um mundo melhor passa, obrigatoriamente, pelo processo de ofertar cultura ao povo, para que, autoconsciente e cultivando o autoconhecimento, esse povo pratique a justiça e o poder coletivo, em que o regime favoreça o todo, e não a cada um dos que se beneficiam do poder.
 
Na Antiga Grécia, os sábios eram os filósofos, e os governantes os consultavam, quando tinham de tomar sérias decisões. Se as decisões iam além da sabedoria humana, a consulta era feita às sacerdotisas do Templo de Delfos, as pitonisas, que diziam como os reis e ministros deviam agir.
Os tempos eram outros, é verdade! A Grécia foi o berço da sabedoria, na época dos grandes filósofos, que passavam os seus conhecimentos em plena praça pública.

Pitágoras criou a Escola Iniciática de Crotona, construída e entregue a ele, pelos governantes gregos, com a intenção de preparar administradores, que soubessem reinar com justiça e sabedoria, com vistas, tanto ao sucesso econômico, como ao progresso espiritual.

Acho, meus leitores, que está na hora de reverem os seus conceitos, de confiarem menos nos outros e mais em si mesmos. Desliguem a TV, e liguem as suas mentes! Leiam livros e não acompanhem novelas! Preocupem-se mais com os outros, e deixem o egoísmo de lado!
Quando o mundo for justo e próspero com todos, cada um herdará uma parcela dessa justiça.