domingo, 7 de fevereiro de 2016

TEIA AMBIENTAL - REDUÇÃO DA POLUIÇÃO COM GERAÇÃO DE ENERGIA LIMPA

Em pleno Carnaval, decidi buscar um enredo mais otimista, para o nosso desfile mensal ambiental. O mundo está saturado de pessimismo, e o povo brasileiro vem se deixando contaminar pelos meios de comunicação, que continuam sendo pouco informativos e muito seletivos, politicamente. As notícias têm passado por uma mesa de edição tendenciosa que insiste em atingir a autoestima do brasileiro, omitindo as conquistas que o país vem obtendo no cenário mundial.

Quando se fala tanto de redução da emissão de CO2, compromisso já assumido por todas as nações, preocupadas com a camada de ozônio e com o aumento da poluição na biosfera, pouco se tem lido sobre os avanços do Brasil na utilização da energia eólica, uma energia limpa e econômica. Aos poucos, a nação brasileira está procurando fazer a transição das energias poluidoras, que usam elementos fósseis para energias limpas, como as que são geradas pelo vento e pelo sol.

O Brasil gera quase dois terços de sua energia a partir de hidrelétricas, uma matriz limpa, mas, que, no momento atual, revela uma fraqueza deste modelo: a suscetibilidade às mudanças climáticas. Com diversos estados passando por crises hídricas, com reservatórios vazios ou perto disso, o Governo se viu obrigado a recorrer às termelétricas, que geram uma energia mais cara e mais poluidora.

A demanda por energia deve dobrar até 2050, no mundo. No entanto, acordos preveem que as emissões de dióxido de carbono devem diminuir pela metade. É um paradoxo cuja solução passa por ter mais eficiência energética.







Em um ano, a produção da energia eólica, que representa 3,5% do total da matriz de energia do Sistema Interligado Nacional, cresceu 179%. No mês de maio do ano passado, foram gerados, a partir dos ventos, 57% a mais do que em abril. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, em oito anos, a expansão dos parques eólicos pode fazer a produção representar 11% da matriz elétrica brasileira. 
 

As usinas eólicas brasileiras aumentaram em 114% a produção de energia no primeiro semestre de 2015, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. No fim de junho de 2014, essa matriz era responsável por 1,4% do total gerado de energia no ano no Sistema Interligado Nacional (SIN). Atualmente, ela representa 3% de toda a energia produzida no Sistema Integrado Nacional. O Rio Grande do Norte segue na liderança, seguido por Ceará, Rio Grande do Sul e Bahia.



No primeiro semestre de 2015, as usinas eólicas do Rio Grande do Norte geraram um montante 142% maior do que o produzido nos seis primeiros meses do ano anterior. O Rio Grande do Sul registrou aumento de 91% em relação ao montante gerado no mesmo período de 2014. Já no Ceará ocorreu um aumento de 48% em comparação com o mesmo período do ano anterior. E a Bahia quase triplicou sua geração eólica, com mais283%.  

O Brasil deve alcançar, em 2016, a segunda ou terceira colocação no ranking dos países que mais investem no aproveitamento dos ventos como fonte de energia, subindo ainda para a sexta posição mundial em capacidade instalada.

No ano passado, o Brasil foi o quarto país do ranking, em termos de aumento da capacidade eólica, atrás da China, Estados Unidos e Alemanha, com expansão de 2,5 gigawatts (GW) de energia. Já em relação à capacidade instalada, ocupava o décimo lugar, com ganho de três posições em relação ao ano anterior.


Com a capacidade instalada de 6,56 GW, o setor de geração eólica consegue reduzir as emissões de 11,6 milhões de toneladas de gás carbônico, estimando-se que em 2019, ao alcançar 18 GW, serão cerca de 30 milhões de toneladas de gás carbônico que deixarão de ser emitidas na atmosfera. Mais ou menos três vezes o que temos hoje.

Ao contrário do que muitos tentam fazer crer, o Brasil não está parado e muito menos andando para trás. Na questão ambiental, mesmo com todas as dificuldades que vem enfrentando, pressionada pelos países do primeiro mundo, que não vêm com bons olhos a expansão da liderança do país junto aos vizinhos da América do Sul e ao Grupo dos Emergentes, a nação brasileira tem avançado na questão de redução de gases poluentes.

O mundo reconhece esse esforço e que os investimentos brasileiros em energia alternativa crescem, Estimulando o investimento de capital estrangeiro no financiamento de usinas de energia limpa, com destaque para a China que está investindo na instalação de uma fábrica para produzir equipamentos de energia solar.

Acredito que, a nossa ala de produção de energia limpa pode não estar fazendo ainda um desfile perfeito, mas merece permanecer entre os países do primeiro grupo, quando a questão é preocupação com a redução de CO2. Estamos cobrando atitudes responsáveis dos países mais ricos, que se esforçam para compensar o muito que já poluíram a biosfera.

E, apesar de vez por outra o Brasil atravessar e não merecer a nota dez, temos de conceder uma nota de louvor pelo esforço de estar competindo com gigantes que, ao mesmo tempo, que se dizem nossos aliados e parceiros, nos espionam para impedir ou dificultar o nosso crescimento.

Neste mês de carnaval, a TEIA AMBIENTAL canta o valor de uma nação pacífica e ordeira, que tem na sua história relatos de solidariedade a outras nações mais pobres e de fraternidade como forma de solucionar suas pendências com todos os povos.