sábado, 9 de fevereiro de 2008

2008 - o início de um novo ciclo


A cada novo ano, as pessoas me pedem para falar sobre as previsões para os próximos 365 dias.

Elas, em sua grande maioria, imaginam que os números fazem as coisas acontecerem . E para isso, baseiam-se no que ouvem falar ou costumam ler em livros ou na Internet.

Ano após ano, começo fazendo uma preleção sobre a função dos números como indicadores de fatos, comportamentos e expectativas. Explico que os números não saem fazendo travessuras, trocando as coisas de lugar ou enfiando os pés pelas mãos. Eles também não fazem guerras, não inventam epidemias e nem provocam catástrofes ambientais. Eles são apenas índices, marcas ou sinais, de tudo que interage à nossa volta.

O ano 2008 é um ano cuja soma dá 10, que reduzido dá 1. Logo, pode-se perceber que estamos no primeiro ano de um novo ciclo de 9 anos. Os ciclos de 9 anos existem antes de serem numerados de 1 a 9. Assim como as notas musicais são 7, os ciclos planetários, no atual estágio da Terra, são 9.

Os números, portanto, servem para identificar situações ou aspectos, mas não são eles que criam ou modificam esses aspectos e situações. Com isso, quero dizer que somos nós, as criaturas inseridas nesses contextos, que confirmamos ou negamos, as tendências e oportunidades disponíveis. Assim, não existem anos bons e anos ruins, mas anos favoráveis ou desfavoráveis. Os números simplesmente diagnosticam os anos, de acordo com cada um dos seus 9 perfis diferentes.

Alguns crédulos, ingênuos ou, melhor seria, preguiçosos, sonham com previsões de fartura, quando o dinheiro cairá do céu e, preferencialmente, já na sua conta bancária, para que seja mínimo, o esforço que tenham de fazer. E para tanto, vivem consultando os astros, os números, as cartas, os búzios, e tudo o mais que possa confirmar uma sorte que só existe em suas mentes, distantes da realidade e, principalmente, do trabalho.

Enganam-se os que pensam poder ter, sem antes fazerem jus o que tanto almejam. O ter a que me refiro não é relativo somente às posses materiais, mas a toda forma de conquistas - as sentimentais, as profissionais, as sociais e as espirituais. Os que tentam apossar-se de algum bem, antes da hora, nem imaginam o que lhes espera mais adiante – nesta ou em vidas futuras. Daí, tanta gente reclamando da sorte, e apanhando da vida. Muitos vivem perdendo o que ganharam depois de muita luta, e essas perdas parecem tão injustas e perversas, que não há como explicá-las, se não formos buscar as causas em vidas passadas.

O ano 2008 serve como uma folha em branco, onde ela poderá vir a se tornar uma primeira página de uma história de sucessos. Antes dela, os 9 anos anteriores fecharam um ciclo em 2007, o ano 9 do ciclo passado. Agora, 2008, é o ano 1 do ciclo que está começando.

Comecemos aproveitando essa energia , que circula em nosso planeta, a cada 9 anos, dando-nos oportunidade de começar tudo de novo. Com isso, tem-se a possibilidade de fazer novos planos, reiniciar projetos interrompidos e concretizar velhos sonhos que nunca saíram do papel.

Uma boa iniciativa é fazer uma reflexão sobre o que fizemos em 1999, ano que deu início ao ciclo de 9 anos, que se encerrou em 2007. Será que começamos algum projeto novo naquele ano ? Será que viemos desenvolvendo as idéias que tínhamos naquela época, e amadurecendo-as, nesses últimos 9 anos, a ponto de podermos aplicá-las agora, aproveitando o início de mais um ciclo ? O que gostaríamos de realizar de novo ? Quais têm sido as idéias, que temos alimentado em nossa mente, mas ainda não tivemos coragem de pôr em prática ?

Essas perguntas têm um fator em comum . As respostas e soluções ficam mais fáceis num ano 1, quando o universo conspira a favor dos mais ousados e corajosos.

O ano 2008 é favorável, mas tudo depende da atitude de cada um. Quem ficar esperando que o ano 1 comece a oferecer os primeiros resultados, sem que precise fazer qualquer esforço, não merece conseguir o que quer. Quem fizer projetos e esperar que eles se concretizem sozinhos, o ano 2008 será um ano decepcionante. Quem reclamar no final do ano, que não conseguiu iniciar nada que prestasse, não tem mesmo jeito.

Os números não realizam nossos trabalhos, eles só sinalizam para as oportunidades e para os momentos mais propícios para tentá-las. O resto depende da vontade, do trabalho e da perseverança de cada um de nós.

Não existe ano bom ou ano ruim, nem número bom ou número mau, o que existem são criaturas boas ou más, pessoas trabalhadoras ou preguiçosas.

Agora, mãos à obra ou, melhor, mentes à obra, pois tudo deve começar por um bom projeto. E não me venham com essa desculpa de sorte ou de azar. Azar é sinal de desvio da missão, é testemunho de acusação para os maus hábitos e desvios de conduta.

As energias do ano ajudam a quem quer começar um grande projeto, mas o tamanho final da obra depende da disposição do construtor.

Ser ambicioso, em 2008, sempre ajuda, pois o número 8 não admite corpo mole ou falta de vontade de progredir. O risco é confundir ambição com ganância, enfiando os pés pelas mãos, pois o número 8 cobra uma ambição com trabalho, justiça e honestidade.

Desejo a todos, em pleno mês de fevereiro, um feliz ano 1, com direito a belas idéias, dinheiro no bolso e muito trabalho.