domingo, 11 de julho de 2010

COMPAIXÃO OU COM PAIXÃO?




Com esta postagem, estou participando da blogagem coletiva do Blog da Orvalho do Céu, cujo tema é CompaixãoxEspiritualidade.
Anotem o link : www.espiritual-idade.blogspot.com


COMPAIXÃO OU COM PAIXÃO?

Meus compassivos leitores, para falar-vos de compaixão, conto-vos uma história, relatada a mim por meu mestre físico, durante o meu processo de Iniciação.

Caminhavam por uma rua deserta, um mestre e seu discípulo. O mestre ouvia calado, enquanto o discípulo falava. O mestre apenas balançava a cabeça para concordar ou discordar de algumas questões e afirmações vindas do discípulo.

O jovem discípulo sentia-se empolgado com o seu processo de expansão espiritual, e descrevia com entusiasmo cada etapa da abertura do seu nível de consciência. O mestre balançava a cabeça e ouvia, sem que se percebesse se ele concordava com o discípulo ou simplesmente mexia com a cabeça no seu movimento de caminhar.

O discípulo descrevia o seu atual estágio de amor e compaixão, no qual sentia muita vontade de ajudar as pessoas a enxergar a presença divina na criatura humana. Ele falava dos seus erros e arrependimentos, e assumia culpas e compromissos de jamais repetir os mesmos erros.

De repente, eles avistaram uma mulher na sarjeta, com uma garrafa de vinho na mão, num profundo estado de embriaguez. O discípulo voltou-se para o mestre e exclamou:

- Mestre, pobre mulher, olha a que ponto pode chegar o ser humano!

O mestre continuou calado, e seguiu em frente, após olhar nos olhos da pobre mulher.

O discípulo insistiu:

- O que pode levar uma mulher a esse estado de abandono espiritual, se deixando levar pelo vício?

O mestre nada respondeu.

O discípulo demonstrando compaixão pela pobre mulher, afirmou:

- Mestre, quem somos nós para julgar! Afinal de contas, tive uma educação exemplar, os meus pais me encaminharam para o mosteiro e as práticas espirituais me fizeram consciente de certas verdades que me tornaram um monge generoso e compassivo. Hoje, sinto-me protegido pela graça divina, e tenho compaixão pelos que se entregam aos vícios e vivem no pecado.

O mestre voltou-se para o discípulo e mansamente recitou, enfim, algumas palavras. Disse o mestre:

- Esta mulher, que julgas tão inferior a ti, é um espírito nobre e muito evoluído, cuja única mancha que traz de suas outras vidas é o vício pela bebida. Esta vida será a sua última encarnação, quando ela terá de pagar os seus derradeiros karmas, após o que irá para um plano mais elevado de serviço à humanidade.

O discípulo calou e o mestre selou a sua fala com um conselho:

- Quanto a ti, pobre e ingênuo rapaz, tu terás de voltar ainda por muitas vezes a este mundo até que venhas a resgatar todos os teus karmas e possas chegar aos pés dessa alma de quem disseste sentir tamanha compaixão.

O discípulo abaixou a cabeça e sentindo-se envergonhado, compadeceu-se de si.

No fim daquela jornada, o discípulo havia aprendido que a compaixão não pode ser filha da vaidade, pois para que se compadeça de alguém é necessário, antes de tudo, assumir com humildade a nossa triste condição humana de pretensiosos donos da verdade.

Quantos de nós, meus atentos leitores, seríamos capazes de reconhecer a nossa absoluta incompetência para julgar os erros alheios? Se não temos condições para julgar os nossos próprios enganos, como podemos arvorar-nos de juízes da humanidade?

Quem de vós condenaria o vaidoso discípulo? Eu já nem questiono sobre a pobre mulher, maltrapilha e maltratada pela vida, pois a essa ninguém pouparia.

E por que, meus surpresos leitores, eu prefiro falar da nossa incompetência para perdoar e sentir compaixão pelos que cometem erros, e não ficar a rasgar sedas pelos que afagam os culpados com uma das mãos e os castigam com a outra?

Prefiro a cruel sinceridade, a uma falsa compaixão. Mas, será que ninguém sente verdadeiramente compaixão pelos outros?

Longe de mim, provocador leitor, pôr-me a julgar a humanidade inteira. Mas, as palavras são mais fáceis de pronunciar, do que as ações de se praticar.

Por essa minha vida afora, tenho ouvido falar muito de compaixão, mas a prática tem sido uma decepção. Compadece-se de um pobre coitado, de um fraco, de um mentiroso e de tantos e tantos que são sempre apresentados com falhas e defeitos. E quem os estigmatiza dessas formas não se julga possuidor dos mesmos e tantos erros.

Somos o pretensioso discípulo caminhando ao lado do mestre. Desprovidos da sabedoria do mestre, enunciamos as nossas verdades, com a ignorância de quem não é capaz de se compadecer nem mesmo de si.

A humanidade vive um momento de profundas mudanças e indescritíveis sofrimentos. As pessoas se apegam a mentiras e fantasias em busca de consolo. As religiões já não respondem e nem correspondem aos medos dos seus fiéis, porque tanto quanto eles, elas não sabem expressar Deus.

Diante desse caos universal, a humanidade busca consolo em vícios e violências, como fugas da triste realidade de cada um. A compaixão com o drogado é logo seguida de um desejo imenso de que os traficantes sejam liquidados pela polícia. A compaixão pelos bandidos que por falta de boa educação e de trabalho assaltam e matam vem acompanhada de um desejo enorme de que se aprove logo a pena de morte.

Compaixão não é sentir pena, mas estender a mão. Compaixão não é passar a mão na cabeça do criminoso, mas oferecer-lhe oportunidade de reconhecer seus erros e mudar de vida. Compaixão não é se trancar num templo e orar pelos que sofrem, mas participar dos sofrimentos alheios sentindo-os como estigmas no próprio corpo. Compaixão é amar, sem julgar, é perdoar, sem condenar.

Digo-vos, generosos leitores, a compaixão não está ao alcance dos discípulos, mas somente dos mestres. A compaixão que se conhece não passa de um desencargo de consciência, uma espécie de ida ao confessionário, para se sentir mais leve, e poder pecar de novo.

Lia-se no pórtico do Templo de Delfos, na Antiga Grécia, “conhece-te a ti mesmo”. Os grandes mestres gregos diziam que somente aquele que se conhecesse poderia conhecer as verdades sobre os deuses e o universo.

Pobres de nós, bem intencionados leitores, que mal conhecemos os nossos mais habituais e simplórios enganos, e que pretendemos conhecer as verdades divinas e com base nelas condenar os nossos irmãos, ou, por uma questão de condescendência, sentirmos por eles, uma imensa e ilimitada compaixão.

Sem dúvida, estamos muito mais para os que sentem “com paixão” do que compaixão. Mas, se aprendermos com o silêncio do mestre, nós não seremos apanhados pela loquacidade do discípulo.

Acostumemos a caminhar ao lado do mestre, calados, mesmo que queiramos demonstrar compaixão. Compaixão sente-se, não exige palavras.


32 comentários:

  1. Oi, meu caro amigo Gilberto
    Vc parece que leu minha conversa na última sexta feira com meu Diretor Espiritual... ele, o Mestre e eu, a discípula, é claro!
    Conversamos, justamnte, sobre HUMILDADE ( não como contrário de orgulho...) como consciência da minha limitação...
    Falamos muito do que vc escreveu...
    Hoje em dia, me aceito e acolho mais... porém muits vezes não me compadeço nem um pouco de mim...
    Nem com paixão nem com compaixão...
    Seu post foi de muito alerta e reforço no que oro nestes dias... seguindo o conselho do meu sábio Diretor de anos...
    Muito obrigado por ser canal de Deus reforçado para mim.
    Abraços fraternos e compassivos por algo doloroso que possa estar te tortuando internamente.
    SÊ COMPASSIVO!!!

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  2. Quem somos nós, não é mesmo estimado Gilberto?!

    O "bicho homem", na sua grande maioria é "com paixão" lhe faltando mesmo a verdadeira compaixão!

    Nem de si são capazes de sentir compaixão! Não se conhecem o suficiente! Não se perdoam a eles mesmos pelos erros...saem julgando e apontando o dedo ao próximo, que, como na história do mestre e discípulo, não se sabe o que é o "Ser" que está morimbundo ou agonizando a nossa frente, ou que está até nos blasfemando ou humilhando, talvez mais pobres e miseráveis sejamos nós e não estes!

    Pobres dos Seres que julgam e condenam perante SUAS VERDADES!

    PS.: isto também me levou a abandonar o direito, quando exercia!

    Pena é um dos piores sentimentos que o se pode ter para com o próximo, a meu ver, demostra também a imaturidade d'alma em não saber mais sobre ela mesma, sentindo PENA do próximo.

    Assisti a um documentário, se não me engano é "Dançando com o Diabo", acho que é americano mas todo gravado nas favelas do Rio.

    Mostra o trabalho de um pastor, ex traficante...e o que me chamou atenção na postura dele é que ele não julgava, estava de braços abertos para receber seu "irmãos", assassinos perigosos, viciados, frios e altamente armados...poucos se salvaram no decorrer deste documentário. É muito bom, meio "pesadão" mas é uma "realidade"!

    Novamente obrigada pelo espaço e desculpa a "sopa de letrinhas"...,mas estou como o discípulo...me empolguei de novo! hihi

    Luz nos teus caminhos.

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  3. Confesso-lhe, minha amiga Orvalho que se for para escrever sobre o óbvio, e cair no lugar comum, prefiro ficar calado.
    Os meus textos, desde a época de escola, têm uma postura de desafio e provocação, para impelir as pessoas à reflexão e à ação.
    Quem lê o que digo, e crê que as questões que abordo nesses textos já foram ou estão sendo vivenciadas por mim, talvez fiquem surpresas, se eu lhes disser que, muitas delas, não passam de experiências herdadas de outras vidas.
    Umas emergem do fundo da mente e outras me são sopradas por meu Mestre Espiritual que me inspira e aconselha.
    A intenção de tudo que escrevo não é outra senão provocar o despertar das almas adormecidas, assim como fazia o Mestre Pitágoras com os seus discípulos. O Mestre Jesus, inspirado pelo Cristo, tocava fundo nas almas dos apóstolos, de modo a fazê-los relembrar tudo que já sabiam, por terem aprendido por sucessivas vidas, enquanto se preparavam para o reencontro com o Mestre.
    A compaixão passa, sem dúvida, por essas experiências kármicas de reencarnar pelos outros, de preferir compartilhar o sofrimento dos que sofrem por ignorância do que se recolher ao Nirvana para gozar da paz e do sossego dos Céus.
    Por isso, eu digo que a verdadeira compaixão é coisa para os Mestres, e não para os discípulos.
    Abraços, minha amiga.
    Gilberto.

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  4. Minha amiga, Selena, eu tenho absoluta certeza que se os homens se comportassem na prática como pregam na teoria, o mundo seria muito melhor e não estaríamos a perder tempo a fazer discursos sobre compaixão.
    Já percebeu que na teoria todo mundo é perfeito, ou quase? Já se deu conta de que as palavras, quase sempre, expressam o bem enquanto as ações espelham o mal?
    Ninguém reconhece a sua própria maldade, mas facilmente acusa os demais.
    Quem tem compaixão pelos nossos irmãos menores, os minerais, os vegetais e os animais? Quem está pronto a estender a mão para erguer um irmão decaído no vício, se é mais fácil dar-lhe uma esmola?
    Esta é a triste realidade, a qual não devemos aceitar e muito menos admitir que não tenha solução. Afinal de contas, são os exemplos que constroem uma sociedade mais justa. Menos palavras e mais atitudes, são os conselhos dos mestres e Mestres.
    Abraços, Selena.
    Gilberto.

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  5. A história da mulher "pecadora" e o discípulo santo foi um dos marcos da nossa "iniciação", não é, meu querido parceiro de descobertas ?

    Com muita atenção ouvímos esses e outros relatos "sinistros" que foram abrindo nossa mente para o mundo invisível.
    Compaixão é um tema que fez lembrar esse episódio muito interessante e enriquecedor.

    Beijo

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  6. Gilberto, li seu texto de um trago só (embora tenha saboreado hein!). Não dei pela extensão do texto porque cada paragrafo é mais delicioso que o paragrafo anterior.

    Adoro parabolas. São muito educativas. Facilmente conseguimos entender o próposito através da história exemplificativa.

    Quanto ao espiritismo, reencarnação, evolução do espirito e karma, estou familarizada com o assunto. Porém muito leiga (confesso). Mas para mim faz muito sentido porque tenho conhecimento dentro de mim que não sei explicar de onde veio, como adquiri.

    Em quase tudo na vida eu parto de dentro para fora e surpreendo-me quando ecoou no budismo, no zen, no taoismo sem nunca ter por lá passado antes.

    Obrigada por compartilhar connosco a história da mulher e do discipulo, e pelo seu texto provocador :)
    Abraço e boa semana.

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  7. ...uma frase de Gabriel Garcia Marquez: "Um homem só tem direito de olhar o outro de cima para baixo,se for para ajudá-lo a levantar-se."

    Vou te contar que dificilmente consigo sentir pena das pessoas, mas isto não é frieza, é?
    Creio que muitos moribundos estão nesta situação por que pra eles é mais cômodo pedir, roubar do que trabalhar!

    Outro fator: reclamam que não tem o que comer (muitos), mas tem os que tem casa, um pedacinho de terra...é só plantar verduras...não eles querem comer carne e se duvidar caviar! hehe

    Mas não os julgo, só não tenho pena e o que disse acima é apenas uma das opções...mas quem sou eu, né?!
    Ah, vou te contar um "projeto" que tenho por e-mail e gostaria de sua opinião!

    Beijo de luz n'alma.

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  8. ah, gostei muito do que respondeste a Orvalho sobre de onde vem as coisas que escreve e sabe! Isto (de ser de outras vidas) eu tenho muito, tem coisas que falo (conselho a amigas as vezes) e nem lembro o que falei, depois me agradecem...coisas que faço ou "ivento" no dia a dia, ou até mesmo quando estou pensativa,sinto as coisas que me vem à mente...como disse já a ti uma vez: há um ano mais ou menos, tenho sentido como se tivesse resgatando estas vidas...consigo levemente ditinguir etnias, mas geralmente são de regioes frias ou áridas (como Egito, Atacama), daí me vem algumas palavras que desconheço...assim por diante.

    Isot não é ruim, é?!
    Não me sinto mal ou que isto me faça mal e é espontâneo, nunca forço nada!
    Abraços luminosos!

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  9. Lembraste bem, minha querida Flora.
    A nossa jornada iniciática foi marcada por histórias que contrariavam tudo o que antes o nosso bom senso afirmava ser real.
    As parábolas do Cristo tinham essa mesma intenção, despertar a consciência dos apóstolos. Os koans dos mestres orientais criavam embaraços nas mentes dos discípulos com seus paradoxos que os deixavam tontos.
    A iniciação confirma que o que é loucura para os homens é a grande verdade para Deus. Quando a gente percebe que a mulher bêbada é a santa e o discípulo santo é o pecador, então a lógica humana cede espaço para os mistérios divinos.
    Beijos querida.
    Gilberto.

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  10. Adorei o seu comentário, Rute, por haver percebido que captou a essência do conteúdo da mensagem.
    Leia a resposta que dei a Orvalho, e encontrará a minha afirmativa de que desde estudante eu me delicio com textos provocativos. Não é por acaso que o meu escritor favorito sempre foi o extraordinário Machado de Assis. Poucos souberam como ele fazer a crítica do social com malícia e sutileza.
    Esta história narrada em forma de parábola era uma das muitas que o meu mestre físico contava para provocar a abertura do nível de consciência dos discípulos.
    Apesar de toda a minha formação religiosa ter sido exclusivamente dentro do catolicismo, sempre lidei muito bem com a diversidade de crenças, por entender que todas possuem suas verdades e seus enganos, cabendo-nos aprender a distinguir uns dos outros.
    Mas, o respeito às verdades alheias é o fator principal do julgamento, aceitando-se que nossas verdades não serão obrigatoriamente as mesmas verdades dos demais.
    Muito gratificante o seu comentário pela visão ampla que tem dos fatos, como costuma acontecer com as Rutes.
    Um abraço.
    Gilberto.

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  11. Ah, Selena, as suas perguntas são muito provocativas e difíceis de responder. Não são daquelas que se pode responder com um "sim" ou "não".
    Entendo que não tenha pena de quem sofre, e de quem nada tente fazer para se erguer. Mas, não perca de vista o fato de que isso é muito triste para as almas dessas pessoas, que fogem da luta e se humilham por preguiça ou por uma triste e pretensa esperteza.
    A ignorância e a fraqueza não devem ser criticadas e condenadas mas lamentadas, pois quem tenta se aproveitar da bondade alheia para obter uma ajuda que não merece, é digno de compaixão, mais do que de condenação.
    Muitas vezes, eu troco a esmola que me foi pedida, por uns bons e breves conselhos. Já fui surpreendido com um "o senhor tem razão", mas na maioria das vezes ouço uma porção de desculpas, como a de um menino meu vizinho que me disse que ele era pobre. E eu lhe respondi com firmeza, mas sem agredir, que ninguém é pobre, mas está pobre. E comecei a mostrar o quanto eu ainda poderia esperar de um jovem como ele, e fui por aí afora...
    Quanto a se vc está certa ou errada, não posso responder. Se sente com amor e bondade, aquilo que a faz condenar, talvez esteja certa. Se toma a sua atitude com raiva e frieza, certamente estará errada. Somos nós mesmos que nos condenamos ou absolvemos, pois é dentro de cada um de nós que se dá o verdadeiro julgamento.
    Abraços Selena.
    Gilberto.

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  12. A grande verdade, Selena, que eu aprendi com a vida é que tudo que vem à nossa mente é verdade.
    Se um pensamento surge sem que estivesse pensando naquilo, houve um motivo, e esse motivo não há de ter sido à toa.
    Se eu já nasci na Alemanha, na França, na Itália, em Portugal e na Inglaterra, entre outras, já com toda a certeza, e nessa ordem regressiva de 1800 para trás. Mas, isso não interessa mais, pois o que eu tinha de fazer naqueles países, eu já fiz. Agora, eu tenho de dar conta do meu recado no Brasil, falando a língua portuguesa, encarnado como homem e realizando a minha missão de passar conhecimentos ocultos e visíveis, místicos e misteriosos, sagrados e profanos.
    De nada me adiantaria ficar preso aos fatos ocorridos noutras vidas, mesmo que eles insistam em vir à minha memória vez por outra.
    O passado só deve servir como um alicerce para o presente, assim como o presente é a estrutura da construção de um futuro.
    O melhor é deixar fluir as mensagens e não se descuidar nunca de ler os sinais.
    Abraços, Selena.
    Gilberto.

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  13. É fato estimado Gilberto!

    Antes, há alguns anos atrás, eu ficava imaginando de o o por quê me vinha à cabeça estas coisas, até o gosto pelas coisas da casa, maneira de vestir...

    Hoje dou mais valor e gosto desta descoberta, pois ela não me faz mal e entendo perfeitamente que o que Sou agora é o que vive, mesmo tendo lembranças!

    Até saudades eu sinto! Sei explicar, de lugares... mas é gostoso.
    Como dificilmente lembro dos sonhos tenho lembrado de caminhar em bosques, matas enquanto durmo há mais ou menos 5 dias.

    Vejo meus pés, as vezes os braços e mãos leves com o a brisa que bate...chego a sentir na face, mas não me vejo por inteira, nem vejo niguém nestes lindos lugares verdes esmeralda.

    Beijo n'alma de luz, grata sempre!

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  14. Uma coisa posso afirmar, não tenho compaixão comigo mesma. Tenho dificuldade de me perdoar por algo que tenha dito/feito ou deixado de dizer/fazer...
    Essa parábola lembrou uma história, em que um pai estava com 2 filhos num trem e as crianças corriam de um lado para o outro, esbarravam nas pessoas e o pai nada fazia, até que alguém reclamou com ele e pediu que chamasse a atenção dos filhos. Foi quando ele disse que acabara de perder sua esposa e estava pensando na forma como contaria isso aos seus filhos.
    Somos muito rápidos em julgar as pessoas, mas não sabemos o que se passa em seu íntimo.
    Um abraço.

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  15. Os nossos momentos místicos são inexplicáveis, minha amiga Selena.
    Não se pode contar o que sentimos durante uma dessas experiências.
    Eu não sei se já ouviu falar dos diversos estágios dos nossos sonhos.
    Um sonho pode expressar um fato do cotidiano que já aconteceu e que nos impressionou muito. O sonho pode ser também o efeito de uma preocupação muto grande com algo que teremos de fazer, mas ainda não aconteceu. Esses sonhos expressam sensações mais próximas ao plano físico, e são fáceis de serem lembrados, contados e explicados.
    Existem os famosos sonhos que não expressam fatos racionais, mas são cheios de imagens e símbolos, muito claros mas nem sempre fáceis de explicar. Estes são vividos no plano astral ou emocional, sendo que os anteriores são vividos no etérico, o corpo das energias.
    Mas, ainda existem os sonhos que são sonhados no plano mental, e se caracterizam por sinais, figuras, palavras repetidas como mantras, vozes narrando fatos que não são bem captados pela nossa audição nos sonhos, por darem a impressão de estar muito distantes. Essas figuras e sonhos não são muito bem entendidos racionalmente, mas são interpretados pela mente e logo assimilados pelo inconsciente e, às vezes, traduzidos parcialmente em forma de mensagens compactas.
    Os seus sonhos se parecem com os do astral, inspirados por emoções e sentimentos. Mas, os do plano mental não devem ser muito raros. Procure estar atenta, e leve todas as mensagens a sério.
    O mais importante na vida, Selena, é ter a consciência plena de que nós somos escolhidos, e não somos nós que escolhemos nada. A escolha é feita sem que saibamos os reais motivos, que podem ser kármicos ou por méritos. Mas, isso também não importa, pois o que nos interessa mesmo é cumprir a nossa missão. E só quem conversa com a alma sabe dessa missão.
    Abraços, Selena.
    Gilberto.

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  16. Minha amiga, Gina, perfeita a sua parábola!
    Não era à toa que o Cristo gostava tanto das parábolas. Elas são muito expressivas e rapidamente entendidas.
    Quanto ao fato de ter dificuldade de se perdoar, pode ser bom ou mau.
    Às vezes, nós nos cobramos demais, por não aceitarmos os nossos erros e nossas limitações. Ficamos enfurecidos, quando cometemos alguma gafe. E não nos perdoamos. Isto é mau, porque pressupõe uma certa pretensão de se julgar tão perfeita que não poderia errar.
    Outras vezes, não nos perdoamos por nos culparmos pelos males causados a outrem. Isto também não é muito bom, porque cria um estado de permanente cobrança e ansiedade.
    Existem porém as situações boas, quando não nos perdoamos por não termos ajudado a quem nos pediu ajuda, ou se fingimos não entender um apelo de quem precisa de um conselho, ou ainda se fomos egoístas, e pensamos no nosso comodismo na hora de estender a mão. Esses sentimentos são bons, pois nos obrigam a corrigir as más ações. E se o fizermos, teremos de nos perdoar. Caso contrário, estaremos incursos numa das falhas anteriores.
    Compadeça-se de si, Gina, quando não deu tudo que poderia dar ou se recuou quando deveria avançar. Não seja cruel consigo mesma, pois isto poderá levá-la a se subestimar e a tolher suas ações.
    A compaixão começa com a aceitação das nossas limitações.
    Um abraço minha amiga, e saiba que sinto-a bem mais compassiva do que se imagina.
    Gilberto.

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  17. COMPAIXÃO, pela HUMANIDADE;
    COMPAIXÃO, pelos ANIMAIS;
    COMPAIXÃO, pela TERRA;
    VIVENCIO o CAOS...
    Quase impotente, me agarro no que
    que CREIO, na minha VERDADE.
    E, COM PAIXÃO, vou cumprindo MINHA
    MISSÃO: ...UM SIMPLES SER VEGAN...

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  18. Gilberto, você consegue fazer uma análise em nossas palavras e sempre tem uma palavra de conforto. Muito obrigada!
    Um abraço.

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  19. Oi, Anônimo, que não se identificou.
    Pelos comentários, parece minha prima, mas de qualquer forma agradeço a criativa mensagem.
    Um abraço.
    Gilberto.

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  20. Oi, Gina, as suas gentis palavras sempre comprovam que vale a pena analisar suas palavras e dar-lhe o meu reconhecimento do seu valor.
    Um abraço.
    Gilberto.

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  21. ...entendi!
    Agora tenho lidado melhor com meus sonhos...mas como disse, quando são muito reais e eu vejo as pessoas ligadas a mim nele...daí fico com medo, pois geralmente não são coisas boas, mas vem pra me avisar!

    Vou estudar mais ainda, para que seja para o bem e não para o mal e nem me faça mal!

    Beijo de luz, mais uma vez, grata!

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  22. Antes de dormir, Selena, mentalize um grande globo dourado de proteção, envolvendo-a e protegendo-a.
    Peça proteção ao Mestre, e se sinta protegida para dormir sem correr riscos do astral.
    Os sonhos serão mais serenos e mesmo que surjam mensagens serão dadas de modo tranqüilo e não lhe causarão medo.
    O Globo Dourado protege o seu campo áurico e o Mestre dá-lhe proteção espiritual.
    Experimente e depois me conte o resultado.
    Um abraço.
    Gilberto.

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  23. Ah, que lindo! (parece estranho!)

    Mas tive um episódio meditativo há uns anos atrás (pouco tempo depois das primeiras "descobertas") em que senti as pernas muito quentes e vibravam muito na altura dos joelhos, mas eu já não queria parar apesar de um tanto receiosa...(respiração certinha vamos fácil "a outros lugares"!)eis que tive a visão de um triângulo de cabeça para baixo dentro de um enorme círculo dourado e o triângulo era branco.

    Sabe o que poderia ser? Algo ligado a minha proteção talvez, naquele momento?! Foi umas das melhores sesações que tive, pois foi bem lúcida, sem eu estar dormindo (apesar de ter muitos sonhos lúcidos)!

    Mas vou fazer o exercício e lhe relato através de e-mail.

    Muito obrigada!

    Beijo de luz na sua alma.

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  24. Procure praticar por algumas noites, Selena, e não interrrompa sem antes ter uma opinião sobre seus efeitos.
    O triângulo é o simbolo do divino, e quando está voltado para baixo deve ser interpretado como a ação divina na matéria e se está voltado para cima é a ascensão da matéria ao divino.
    Faça o exercício e me conte por email. Mas, evite a ansiedade, para que não corte o efeito da mentalização.
    Um abraço.
    Gilberto.

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  25. Obrigada pela explicação estimado Gilberto!

    Vou relatando!

    Beijo de luz.

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  26. Vá relatando, Selena, e eu, na medida do possível, vou explicando.
    Abraços.
    Gilberto.

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  27. OLÁ,
    Passo pra desejar-lhe ótimo fim de semana e dizer-lhe que há um selinho especial pra vc amanhã, Gilberto.
    Fique com Deus!
    Abraços

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  28. Agradeço a visita, minha querida Orvalho, e retribuo os votos de um excelente final de semana, com muita saúde, paz e amor.
    Abraços cheios de energia.
    Gilberto.

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  29. "Se você quer que os outros sejam felizes, pratique COMPAIXÃO. Se você quer ser feliz, pratique COMPAIXÃO".
    (Sua Santidade, o DALAI LAMA)

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  30. Grato pela mensagem. O Dalai Lama sempre é bem-vindo ao Alma Mater.
    Abraços.
    Gilberto.

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  31. Olá Mestre , Belo Texto , Parece-me que tenho que aprender muito , fico grato por essa postagem me fez refletir um pouco nesta "compaixão" , as vezes julgo muito os outros , tenho que refletir antes de meus pré-julgamentos , tenho que me refletir para depois refletir os que estão em minha volta , por isso , atualmente me encontra totalmente como um "7" calado e silencioso , sendo pré-julgado varias vezes pelos colegas de classe como o "anti-social" o "infeliz" sendo que eu não sou bem assim.

    Abraços..
    JF

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  32. Como eu já disse na postagem sobre os nascidos num dia 7, Fabrício, os esquisitos são eles.
    As suas esquisitices são sinais de desaprovação por tudo de errado que está ocorrendo no mundo.
    As pessoas sofrem, e não mudam. Sofrem mais, e ainda não mudam. Com mais e mais sofrimentos, a maioria transfere culpas e responsabilidades para os outros.
    O deboche daqueles que pensam diferente, só expressa a ignorância da grande maioria da humanidade, que segue por caminhos suicidas, enquanto os pensativos e reflexivos 7 pensam e repensam sobre os fatos e suas conseqüências.
    Quem fala demais, acaba falando bobagens.
    O silêncio é sinal de sabedoria, no meio de tanta confusão e perda de tempo.
    Um abraço.
    Gilberto.

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