domingo, 18 de julho de 2010

A VENDA DA FÉ


Com esta postagem, estou participando da blogagem coletiva do Blog da Orvalho do Céu, cujo tema é MarketingxEspiritualidade.
Anotem o link : www.espiritual-idade.blogspot.com


MARKETING RELIGIOSO – A VENDA DA FÉ

Meus fiéis leitores, eu tomei para mim uma espinhosa empreitada, de analisar as técnicas de marketing envolvendo a espiritualidade. Confesso-vos que melhor seria pôr-me a falar sobre a comercialização de produtos e serviços, deixando a espiritualidade a salvo dos truques comerciais. Mas, a religião e a fé têm recebido uma roupagem de tal forma modernizada como produtos de consumo, que decidi ousar penetrar nessa área de comércio.

Começo dando ao marketing a sua definição mais bem aceita na área dos negócios – a comercialização. Os especialistas não consideram o marketing como o simples ato de fazer comércio ou, como muitos acreditam ser, a técnica de vender um produto. Na visão desses estudiosos dos negócios, fazer comércio é vender e a técnica para vender é a propaganda. Mas, o marketing é muito mais, começando bem antes da criação do produto e se perpetuando depois dele ser vendido, para que se mantenha a sua imagem de qualidade.

A realidade que esses especialistas de marketing se negam a aceitar é que há um resíduo antiético que não pode ser eliminado e que se faz presente nas atividades do marketing. Estou referindo-me ao fato de que se aplica o marketing para se promover qualquer produto, o bom e o mau, o útil e o inútil, o sadio ou o maléfico.

As empresas de marketing são contratadas para vender um produto ou um serviço, e poucas se dão ao trabalho de avaliar os efeitos provocados pelo seu consumo, ainda mais se a verba envolvida no negócio é considerada irrecusável. E isso também vale para um aparentemente ingênuo marketing que vem sendo utilizado no mundo espiritual.

A tendência humana de querer convencer a todo mundo que aquilo em que se crê é o melhor tem sido a razão principal do aperfeiçoamento das técnicas de marketing para a venda do produto fé, ou embalado com mais sofisticação e vendido como religião.

A história nos fala das ações dos padres jesuítas na catequese dos índios. Conta essa mesma história, a respeito das práticas de nações guerreiras que, depois de invadirem terras e dominarem seus povos, impunham às regiões conquistadas suas crenças à força, destruindo templos e profanando locais sagrados. Uns eram mais sutis, outros mais violentos, mas a intenção não era outra senão impor novas crenças a quem já possuía as suas.

O mundo tornou essas práticas mais civilizadas, mas não menos cruéis, e o marketing tem tomado o lugar da espada e do fuzil, no processo de interferir nas crenças alheias, vendendo a fé e a religião como produtos de consumo. As armas mudaram, porém a crueldade é a mesma, mesmo disfarçada por imagens e palavras, por intimidações e promessas e por farsas e mentiras.

O marketing engana, pois ele não tem o comprometimento com a ética ou com a verdade. Essa minha afirmativa é polêmica, eu reconheço, mas é autêntica. O marketing se propõe a vender a imagem de um produto ou de um serviço, e para tanto a campanha publicitária fará de tudo para que o seu consumo aumente, mesmo que a peça publicitária induza ao vício, à ingestão equivocada de alimentos ou a atitudes ambientais inadequadas. Aumentando o consumo, o marketing obteve sucesso.

As igrejas concorrem entre si de uma forma ridícula e desprovida de bom senso, na tentativa de comprovar que suas mensagens são as mais verdadeiras ou mais eficazes, e só elas poderão levar o fiel ao reino do céu. E com esse fim, as mais absurdas afirmações são ouvidas e muitas atitudes condenáveis são observadas, por parte dos líderes religiosos e de seus seguidores.

Os canais de televisão e as ondas radiofônicas estão ocupados por religiões que disputam a fé dos crentes, como se somente uma ou outra salvasse a alma daqueles pobres pecadores. A mídia é cara e exige elevados recursos financeiros para cobrir a demanda do marketing religioso. E quem paga a conta é o pobre coitado que se julgando perdido, sacrifica o pouco que tem, para se salvar.

O marketing faz apenas a sua parte, sem tomar partido desta ou daquela crença, cria programas atrativos, elabora campanhas anuais e induz as frágeis almas a seguirem por este ou aquele caminho. O marketing não discute a essência da mensagem, mas é apenas responsável pela superficialidade do engodo. Quem cair na teia, por ingenuidade ou fraqueza, terá feito a sua opção de fé.

O mesmo acontece com uma campanha para o lançamento de um novo produto, não há muita diferença. Aliás, para os criadores das agências, não há diferença alguma, desde que a campanha resulte no sucesso das vendas. Se a religião salva ou condena não importa, desde que os templos passem a atrair mais fiéis e que as gordas verbas publicitárias possam ser arrecadadas e pagas nas datas de vencimento.

O marketing é um indutor de crenças, um criador de necessidades e um provocador de ações. Se usadas para o bem essas técnicas seriam ferramentas perfeitas para despertar o verdadeiro sentido da fé e das atitudes religiosas. Mas, não é a busca da fé que inspira o marketing religioso, mas a catequese dos que possuem outras crenças, ainda que eles tenham fé naquilo que crêem.

O marketing provoca o aumento do consumo, e quanto mais crescerem as vendas, maiores serão os lucros das empresas fabricantes e dos empresários do marketing. No marketing religioso não há muita diferença dessa realidade comercial, pois a fé é tratada como produto e os templos como prestadores de serviços. Se a igreja receber mais fiéis, ainda que escândalos comprometam a idoneidade dos seus ministros, a igreja estará crescendo e tendo sucesso.

Os fiéis ligam o rádio e a TV acreditando que a sua religião, e somente a sua, poderá curá-los de suas doenças ou misérias. As religiões utilizam o marketing para denegrirem a imagem das concorrentes, como se somente algumas determinadas igrejas detivessem o direito e o poder de ensinar em nome de Deus.

O produto dessas instituições é Deus, que é vendido como solução de todos os problemas. É bem verdade que por ser a figura do Pai mais difícil de ser utilizada pelo marketing do que a do Filho, as religiões preferem apegar-se ao Filho para promover os seus produtos de fé. O Filho tem um apelo mais popular, e as igrejas se apegam a seus poderes crísticos para promover as suas curas e seus milagres com muito maior facilidade.

Agora, pensando bem, meus fiéis e espiritualizados leitores, será que Deus, Jesus e outros tantos Mestres que deixaram suas doutrinas espalhadas pelo mundo precisam de marketing? As igrejas com seus padres, pastores, rabinos e outros tantos e muitos líderes precisariam entrar em concorrência para vender seus produtos de fé? Os templos não deveriam ser os locais sagrados onde se celebrariam a harmonia e a paz entre os fiéis?

Quando me ponho a pensar nessas tantas e tão diversificadas crenças e religiões, não posso entendê-las senão como apenas a necessidade de uma linguagem espiritual diferenciada, necessária pela diversidade de hábitos e costumes dos povos. Como aceitar as guerras religiosas ou guerras santas? Como admitir que uma religião tenha a pretensão de ser melhor do que a outra, e que tente catequizar para a sua fé os seguidores da outra?

Diante de tanta incoerência, lembro-me da indignação de Paulo, quando uns diziam ser seus seguidores e outros de Pedro. Paulo perguntava se Deus estaria dividido, se o Cristo poderia ser repartido entre os que pregavam a sua doutrina.

A sorte de Paulo é que ele podia lidar com esses conflitos falando de boca a ouvido, em cada cidade que visitava, sem a interferência da mídia, sem o marketing dos romanos ou dos sacerdotes judeus.

O mundo está caminhando para uma inexorável divisão – de um lado, os que crêem na sua fé interior, e do outro, os que buscam de templos em templos os milagres das religiões. E sob esse aspecto, o marketing presta um enorme desserviço à espiritualidade da criatura humana, por maquiar as verdades e entregar ao consumo as falsas mensagens de salvação.

Deixo-vos esta mensagem final, meus pacientes leitores, de que o marketing não é um bom conselheiro, para as nossas febres de consumo. Ele nos induz aos erros, ele nos vende gato por lebre e se regozija da nossa ingenuidade. E quando isso atinge o campo espiritual, os efeitos são danosos à alma e podem custar algumas reencarnações sofridas, antes de se retomar o progresso espiritual.

18 comentários:

  1. Olá, Gilberto
    Creio que a sua "espinhosa empreitada" vai ser aTenuada com o últiMo post... pois a Mística que será abordada então... amenizará a polêmica do Marketing de hoje, certamente!
    Afinal, nem só de brisa leve vive o homem... não é meSmo?
    Vc caprichou, como sempre e fiquei uma vez mAis contemplada ao ver a sabedoria do 5 (segundo a linha do Eneagrama)... exalar pela nossa BLOGAGEM COLETIVA ESPIRITUAl ECUMÊNICA... OBRIGADO, AMIGO ESTIMADO, POR NOS FAZER APRENDER OU REAFIRMAR O ÓBVIO...
    TENHA SERENIDADE SEMPRE!
    ABRAÇOS FRATERNOS

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  2. Agradeço a sua presteza, Orvalho, em ser mais uma vez a primeira a deixar seu comentário.
    Grato por suas sempre tão gentis palavras.
    Espero que o meu marketing junto aos céus, pedindo por sua pronta recuperação, seja bem aceito e logo as suas dores desapareçam para sempre.
    Descanse e relaxe no campo.
    Abraços.
    Gilberto.

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  3. A fé pode ser cega, ao aceitar tudo como verdade, sem bom senso.
    Já tive necessidade de falar num grupo formado por maioria de uma determinada religião, por não aguentar ver a intolerância nos relacionamentos, simplesmente por acreditarem ser a sua crença a única que pode salvar o indivíduo, como você disse. "Comprei uma briga", só de palavras, sem ofensas ou coisas do gênero, para tentar abrir os olhos de quem não quer ver que, em nome da religião, são duros no trato com as pessoas que professam crenças diferentes. O princípio de amar ao próximo como a si mesmo cai totalmente por terra, quando se trata de aceitar que o outro manifeste sua fé de modo diferente.
    Como sempre, muito bem abordado o tema. Mesmo aqueles que são mais radicais, não podem ficar cegos diante de todas as imagens que diariamente chegam até nós de fanatismo religioso.
    Fraternalmente,
    Gina

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  4. Ah, Gina, até quando ainda vamos ser obrigados a ouvir falar de guerras santas? Até quanto tempo mais o homem vai matar em nome de Deus?
    Ou se suicidar, acreditando que fazendo explodir uma bomba junto ao seu corpo e matando muita gente, ele estará sendo recebido por Alá? Ou ainda como costumam dizer os Testemunhas de Jeová, que aquele que não se converte à religião deles, não terá salvação?
    Ódio, orgulho, intransigência e radicalismos podem alimentar a fé?
    E tudo isso é incentivado pela mídia que é facciosa, na sua pretensa neutralidade.
    Com tudo isso, não há como pensar em céu, nirvana, iluminação ou ascensão. A humanidade continuará a sua tragédia, arrastada através de milênios, sempre em guerras e sonhando com a paz; falando em Deus e agindo como Demônios.
    O marketing está aí mesmo para alimentar todas essas pretensões religiosas.
    Mas este é o preço da evolução kármica. Sofrer para aprender.
    Abraços, Gina, e oremos para que tenhamos poder para suportar tudo isso com paciência e tolerância.
    Gilberto.

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  5. Conversa no Mercado Espiritual:
    -Quanto custa 1 kl de Fé ?
    A Compreensão está fresquinha ?
    Quero 2 kl de Paciência, cortada em fatias bem fininhas, viu ?

    Vocês entregam em casa ?

    Seria tão bom poder fazer essas comprinhas...

    Beijo

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  6. Meus amigos,
    não consegui postar no Domingo. Tentarei fazê-lo hoje depois dos afazeres laborais mas tive de passar aqui primeiro. E bendita a hora que o fiz, quer pelo seu extraordinário artigo, quer pelo comentário da Flora que me fez rir à gargalhada :)

    Ainda volto tá! O tempo tá curto e este não é o comentário às suas dissertações, mas não aguentei, tive de dar uma satisfação e já agora...

    Vocês entregam em casa? :)
    Ah ah ah, Flora, vc arrasou!
    Adoro humor inteligente!
    Abraço ;)

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  7. Minha querida, Flora, a sua pitada de humor descontraiu o ambiente.
    O seu senso de humor foi de rara oportunidade, e lá no fundo mostrou o que realmente está acontecendo no mundo religioso.
    A gente sabe que os devotos não pensam assim, nem são responsáveis por esse comércio vergonhoso, mas o que se pode fazer se desde o tempo de Jesus já lá estavam os vendilhões no templo.
    Os fiéis devotos apenas se deixam enganar pela fé ou pelo medo.
    Muitos ainda se lembram de quando éramos crianças de ouvir a ameaça de que se não fosse à missa iria para o inferno. E cá entre nós quem em sã consciência está a fim de ir padecer nos mármores do inferno?
    Um beijo, minha Raul Solnado de saias. Esta menção vai para o grande humorista, em homenagem aos nossos irmãos portugueses.
    Gilberto.

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  8. Minha amiga, Rute.
    As suas palavras são sempre muito bem recebidas porque expressam opiniões e têm conteúdo.
    Aguardarei o seu aprofundamento sobre o artigo e a Flora ficou muita satisfeita com o seu gosto pelas piadas dela.
    Um abraço.
    Gilberto.

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  9. Voltei e já com trabalho de casa feito :) Ou seja, o artigo está publicado embora com 2 dias de atraso, grrrr.

    Mas não podia deixar de falar sobre este tema polémico, não é verdade? Tive de fazer meu "exorcismo" do marketing espiritual. Os temas sugeridos pela Orvalho são muito bons.

    Agora o seu texto... essa questão da roupagem é mesmo assim. Marketing é tudo, desde a criação do produto para aproveitar uma necessidade do mercado, passando pela embalagem, as cores utilizadas, a quantidade de propaganda, tudo visa "caçar" o consumidor.

    O marketing religioso pouco ou nada se diferência das técnicas de marketing. Muitas igrejas são criadas para responder à necessidade do "mercado". Quanto mais dificil estiver a vida, quanto menos sabedoria emocional as pessoas tiverem, quanto mais carências se verificarem, mais produtos religiosos vão surgir.

    É triste mas é a pura verdade!

    Para terminar, agradeço-lhe a explicação que me deixou sobre a alma colectiva das plantas. Muito obrigada por tudo.
    Dá gosto "ouvi-lo".
    Abraço sincero meu recente amigo.

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  10. Agradeço os seus sempre muito sábios comentários, minha amiga Rute.
    Quando começam a surgir essas pessoas como nós, num canto e no outro desse mundo afora, eu me pergunto cadê o resto? Onde estão os outros que pensam como nós?
    Esotericamente, diz-se que a cada energia boa que nasce, uma outra ruim aparece para se contrapor. O mundo polarizado em que vivemos é assim, vive da polarização e da harmonização dos opostos.
    E assim sendo, onde estão os outros tantos bons, diante desses tantos ruins que matam, destroem e fazem deste mundo um caos?
    Devem estar enrustidos num canto, assustados e sem ter coragem de aparecer. Só pode ser isso, não é mesmo, Rute?
    Vamos tentar tirar essa turma da toca? Cutuca esse pessoal com vara curta, e vê se eles saem da inércia ou, pelo menos falam alguma coisa. Eu vou tentando o mesmo por aqui.
    A Teia precisa ser tecida, e os tecelões ainda são poucos.
    Um abraço amiga Rute.
    Gilberto.

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  11. Pode deixar que eu vou continuar cutucando :)
    Vamos tirar essa turma da toca ;)
    O pessoal anda muito "envergonhado", falar de religião é polémico demais, dá medo sabe!
    Há quem diga que até nem é politicamente correcto, ah ah ah.
    Boa semana para vocês. Abraço.

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  12. Sabe de uma coisa, Rute?
    Acho que mais do que não ser politicamente correto, não é economicamente viável.
    Abraços.
    Gilberto.

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  13. É meu amigo, temos que temer o consumismo, e tudo que nos induz à ele...

    No campo da fé... os falsos profetas, colocam preço em tudo, basta que uma fragilidade qualquer nos atinja, para nos tornarmos alvo... há os que vendem até a salvação, a vida eterna...
    e a um custo alto...muito alto...
    Pode-se pagar até com cartão de crédito...



    Um abraço, obrigada pelas palavras em meu blog, já pensei em desitir, por falta de tempo, mas pessoas como você,e tantos outros muitos dos meus seguidores que me impulsionam, me projetam para o proximo post...

    Veleu...

    Obrigada...

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  14. Minha amiga, Zininha:
    As suas palavras são muito sábias.
    O meu mestre físico nesta vida, já falecido, ensinava que: "perder ou não conseguir não é fracassar, fracassar é não mais tentar".
    Por isso, não desista nunca de perseguir os seus ideais, e o conteúdo do seu blog comprova os seus elevados e nobres ideais na vida.
    Abraços.
    Gilberto.

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  15. Minha especial leitora:
    As suas frases curtas encerram, por muitas vezes, pensamentos profundos. Ou como este, simples porém muito gratificante para mim que sou o autor do texto.
    Abraços.
    Gilberto.

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  16. Olá Mestre , Bom enquanto ao "Marketing religioso" muitas igrejas protestantes vendem produtos anunciam milagres e curas em um carro velho de som , pelo ao menos aqui tem varios carros de som com igrejas tais dizendo que vai curar tais , usando isso como pretexto para ir a igreja a cura , o aumento de salário , que irônicos , Jesus pregou o Amor e não o materialismo e estes ainda falam em seu nome , estes ainda continuam criticando cada religião sem nem direito saber seus fundamentos e sem ao menos ter tidos experiências em tais , Jesus hoje está servindo como pretexto para para o melhoramento de vidas através de deposito em contas bancarias , compra de revistas , e diversas outras coisas , hoje em dia os religiosos estão se assemelhando aos políticos que na hora da eleição falam de si , dizem que vai fazer aquilo e aquilo outro "é só votar que faço" , eles estão usando discursos parecidos hoje em dia , Jesus não pedia dinheiro para falar , jesus amava os pobres e não tirava nada deles ao contrario ele os ajudava com sua sabedoria , ajudava com sua eterna simplicidade , muito diferentes destas meras religiões ocidentais '

    Abraços..
    Fabricio

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  17. Sabe o que é mais cruel de tudo isso, Fabrício?
    As religiões são instrumentos importantes para a espiritualização das massas.
    Sem elas, o futuro espiritual da raça humana seria um fracasso.
    As igrejas deveriam ser os portais para levar o povo a reconhecer a presença divina na criatura humana. Mas, quase todas fazem exatamente o contrário, retiram do homem toda a sua condição divina, atribuindo-lhe somente pecados e erros, e colocando Deus distante de todos os fiéis.
    Elas então se colocam como os passaportes para a salvação - ou recebe meu aval ou vai queimar no Inferno.
    Que tristeza!!!
    Abraços.
    Gilberto.

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