quinta-feira, 7 de junho de 2012

O MUNDO SEM ABELHAS


TEIA AMBIENTAL
A trama em defesa da Natureza

Meus queridos e assíduos leitores da nossa Teia Ambiental, as abelhas estão desaparecendo do planeta, e o homem não consegue saber o motivo. Um ambientalista mais radical diria que elas são abelhas e não burras. Ficar aqui para que? Quantos cuidam da natureza, com a intenção de criar jardins e embelezar o mundo?

As abelhas só têm reconhecido o seu valor pela polinização da agricultura, que não sobrevive sem elas. A preocupação com o desaparecimento das abelhas não é por outro motivo senão o econômico. Sem abelhas, não há polinização. E, sem polinização, não há produção.

Em 2007, as abelhas estavam desaparecendo dos Estados Unidos e da Europa, sem motivos aparentes. Enxames inteiros começaram a desaparecer de repente, e não se soube para onde. Após o dia de trabalho, elas não voltavam para suas colmeias, e nem eram encontradas mortas pelo caminho.

Nos Estados Unidos, o sumiço ocorreu pela primeira vez em novembro de 2006, na Flórida, e depois se espalhou por outros 24 estados americanos, chegando ao Canadá. Enquanto isso, França, Inglaterra, Espanha e Suíça enfrentavam situação semelhante, registrando-se, em alguns casos, a perda de 90% das abelhas de colmeias situadas nesses países europeus. O fenômeno foi batizado de “desordem de colapso de colônias”, sem que as causas, no entanto, fossem identificadas.

Como não poderia deixar de ser, diversas suposições apontam para as interferências danosas que o homem provoca na natureza com o uso de pesticidas e a cultura transgênica. O aquecimento global é outro possível vilão, mas, qualquer que seja a origem, o único responsável é, sem dúvida, o ser humano.


No Brasil, o fenômeno ainda não vem sendo observado, pois, ao contrário dos
Estados Unidos que só possuem, praticamente, uma espécie de abelhas, nós temos por aqui cerca de 2.000 espécies. As abelhas, nos Estados Unidos, são exploradas com o único interesse comercial, na produção agrícola. Mas, se isso se estender para o mundo inteiro, corre-se o risco de um grave desastre ambiental, com o desaparecimento do mel e um lamentável colapso n
a proliferação de plantas e flores.

Os agricultores norte-americanos recorreram à importação de abelhas da Austrália, na tentativa de manter a produção, pois sem elas não há polinização, e sem polinização não há a fecundação das plantas.

Enquanto pesquisam as causas do que vem acontecendo com as abelhas, os países onde o fenômeno tem sido registrado buscam noutros países as abelhas que faltam para manter seus programas agrícolas. Como sempre acontece, enquanto houver abelhas no mundo, nada muda, mesmo com a sinalização de que as causas possam estar nos pesticidas e nas lavouras transgênicas.

O que pouca gente sabe é que a abelha é um dos insetos mais sensíveis da natureza, sendo o que primeiro percebe qualquer alteração no meio ambiente. Durante o acidente nuclear em Chernobyl, em 1986, milhares de abelhas começaram a morrer nos países vizinhos da antiga União Soviética. Com isso, o mundo inteiro soube da gravidade do acidente que os russos tentaram encobrir.

Muitos especulam que as abelhas tenham previsto um cataclismo climático e desaparecido. Mas, se foi assim, a pergunta é para onde elas foram se não estão sendo encontradas mortas. E, por que não atribuir aos pesticidas e aos transgênicos, e sim a um possível vírus, como revelou uma pesquisa em 2009?

Um vírus deveria exterminar as abelhas, mas não fazê-las desaparecer. Estranho, muito estranho! Se formos investigar, vai ver que foi uma indústria química ou uma produtora de sementes que financiou a pesquisa.

A Inglaterra acabou de informar que resolveu o seu problema, pelo menos momentaneamente, com a importação de abelhas suecas. Há 24 anos, a população de abelhas britânicas desaparecera, e agora, os ingleses pretendem recuperar os seus enxames com as abelhas suecas.

A pergunta que se faz é que, se trazendo abelhas de fora, elas não enfrentarão, daqui a algum tempo, o mesmo colapso das suas colegas nativas, que sumiram não se sabe o motivo e nem para onde foram. Será que as abelhas suecas já chegam vacinadas contra o suposto vírus ou viciadas em pesticidas?

No Reino Unido, 97% das abelhas sumiram, enquanto na Suécia a população está aumentando. Será que a diferença não é o local do seu habitat? Ao transportá-las para o Reino Unido, será que manterão a mesma saúde e o mesmo comportamento que tinham no seu local de origem, a Suécia?

A conclusão, meu ecológico leitor, é que quando desaparecer a úlima abelha, a Terra já não mais será um planeta habitável. E tu o que pensas disso? Eu nem dou a minha opinião, senão os ruralistas e as indústrias de agronegócios dirão que é implicância minha. Mas, que eu sou implicante com eles, sou mesmo. Eles são o verdadeiro vírus que vem exterminando os enxames de abelhas do mundo.

14 comentários:

  1. Caro Gilberto isso é de assustar mesmo.
    Nos põe pra pensar. O que está acontecendo? O que o homem está desencadeando com sua falta de sensibilidade em relação ao planeta?

    Abraços

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  2. Minha cara, Zizi:
    Nós estamos preocupados, mas quantos mais, não é mesmo?
    As pessoas não se dão conta desses sinais, até que se apavoram quando os efeitos começam a surgir.
    Quem liga para abelhas? Quem quer saber o que faz as abelhas desaparecerem? Alguns dirão que nem gostam de mel. Mas, não conseguem perceber que algo muito sério pode estar por trás desse desaparecimento.
    Enquanto isso, os interesses econômicos falam mais alto e inventam pesquisas com cartas marcadas. Uma tristeza!

    Abraços ecológicos, minha amiga.
    Gilberto.

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  3. Olá Sr. Gilberto,que coisa horrivel!Imaginar que a Dez anos atrás eu tive que chamar a defesa civil,para retirar abelhas e muito mel da minha casa!
    E mais ou menos,a um ano,minha casa voltou a ser frenquentada por elas,não sei aonde estão.
    E esse relato acima,eu não tinha conhecimento nenhum!Os detalhes fazem toda diferença!
    PARABÉNS.

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  4. Minha querida leitora, Andréa:
    Observe bem que no Brasil, são cerca de 2.000 espécies de abelhas, enquanto outros países, só preocupados com a economia agrícola, utilizam uma única espécie de abelhas.
    Devemos dar graças, por não estarmos sofrendo com esse terrível prenúncio de dias difíceis, sob a ameaça da degradação ambiental.
    As abelhas antecipam as degraças, e pulam fora, ou voam fora, antes que a ameaça se concretize.
    Parece que onde as abelhas permanecem, a saúde ambiental ainda existe. Vamos ficar atentos ás nossas abelhas.

    Abraços ecológicos, minha fiel leitora.
    Gilberto.

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  5. Olá, Gilberto
    Dando uma fugidinha por aqui para lhe dizer que:
    Somos como as abelhas na colmeia... temos mel, sabor do céu e vivemos para amar e para servir...
    Abraços fraternos de paz

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  6. Oi, Orvalho:
    A gente só espera que não sejamos afetados jamais, como as nossas irmãs abelhas.
    Afinal, como bem disse, é a doçura de alguns que faz com que esta vida não seja amarga.
    Um abraço.
    Gilberto.

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  7. Olá Gilberto irmão,

    Puxa vida, foi uma postagem muito importante para mim, pois não tinha a mínima idéia do desaparecimento delas.
    Tudo muito estranho mesmo.....as coitadinhas devem estar sendo cobaias de experimentos que dá até medo se pensarmos muito......
    E aqui, somos muito privilegiados por ainda contarmos com muitas espécies diferentes, mas devemos ficar atentos, porque a “doença financeira” é contagiosa......e se acontecer o mesmo aqui no Brasil, a situação ficará muito grave meeeeesmo.

    Um grande abraço de Luz!!!!

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  8. Minha querida irmã, Lú:
    As abelhas parecem dedicar suas vidas a ajudar o homem a não se exterminar, por conta dele estar contaminando a casa onde vive.
    Elas se afastam de locais perigosos, elas produzem o milagroso própolis que cura doenças de todos os tipos e elas polinizam as lavouras e jardins para que nada nos impeça de comer e viver feliz. Mas, os sinais são preocupantes.
    O desaparecimento das nossas parceiras abelhas é motivo da humanidade repensar os seus atos, e já, pois o ar pode estar mais contaminado do que se pensa.

    Um abraço ecológico, minha amiga.
    Gilberto.

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  9. Olá meu mestre!
    Não sabia que as abelhas pressentiam os cataclismos climáticos.
    Um mail que correu pela internet há algum tempo atrás falava que as abelhas andavam desorientadas por causa das antenas de comunicações.
    As ondas electromagnéticas em grande número desorientam os animais. A Era sem fios mergulha-nos neste mar electromagnético que nos afecta de modo invisivel.

    Também é possivel que a apicultura esteja diminuindo pois as pessoas acostumaram-se ao açúcar branco, refinado, ou aos adoçantes quimicos (sacarinas), dai que poucas pessoas utilizam o saudável mel. Porque é mais calorico.

    O mel entre outros produtos maravilhosos como o pólen e a cera de abelhas, são remédios naturais desconhecidos das novas gerações. As abelhas estão desaparecendo por vários motivos, inclusive porque as colmeias já são em menor número, depois há o fator quimico dos pesticidas e a poluição sonora das ondas electromagnéticas.

    Abraço além-mar.
    Rute

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  10. Essa síndrome foi batizada de colony collapse disorder (“desordem de colapso de colônia”) e está ocorrendo em 10 países desde 2006. Trata-se de uma infecção por vírus, que danifica o código genético dos insetos, modificando 65 genes. Ainda não conseguiram isolar o vírus e eu não consigo imaginar o mundo sem flores.
    Também estou participando da teia ambiental com o texto "Vou te contar uma aventura"...
    Bom restinho de domingo!

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  11. Minha querida, Rute:
    As abelhas são os insetos mais sensíveis às ameaças ambientais e mudanças climáticas. Elas parece que possuem um sensor de catástrofes. Onde a vida está ameaçada, abelha não fica. O resto é consequência.
    Aqui no Brasil existem muitas espécies e enorme quantidade de abelhas. A produção de mel é farta, e não se pratica essa perversa tendência norte-americana de só criar abelhas por interesse, a fim de manter a agricultura.
    Aqui onde moro existem diversos tipos como jataí e mandaçaia, além da tradicional abelha.
    Elas visitam o local porque não sentem o risco de poluição ambiental, e percebem o amor que dedicamos a elas e ao seu trabalho polinizador.

    Abraços ecológicos.
    Gilberto.

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  12. Minha querida parceira ambiental, Luma Rosa:
    Desconfio muito dessas pesquisas patrocinadas por interesses escusos, que buscam comprovar teses de conveniência dos poderosos.
    O vírus pode existir em qualquer um de nós, e até existe mesmo, mas o nosso sistema imunológico é capaz de imobilizá-lo e impedir que se manifeste.
    Quando nossas defesas caem, aí, sim, eles atacam.
    O sistema imunológico é capaz de imunizar qualquer organismo, desde que se mantenha o equilíbrio sadio entre o corpo e a natureza.
    Quando o vírus é acusado, antes disso há um desequilíbrio que deveria ser identificado, de modo que o diagnóstico fosse preciso.
    Quando se acusa um vírus de responsável pelo desaparecimento de colméias, antes devia ser dito a causa da fragilização do sistema imunológico das abelhas.
    Acontece que não interessa aos poderes econômicos discutir este assunto, pois a maior parte da culpa é deles.

    As meias verdades são mais perigosas do que as mentiras. Por isso, os conspiradores da Teia devem estar atentos a essa notícias científicas que, quase sempre, escondem largos interesses econômicos de indústrias químicas.

    Onde houver natureza preservada, ali haverá abelhas, e não há vírus que as ameace.
    Abraços ecológicos.
    Gilberto.

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  13. Gilberto

    Isso me fez lembrar um fato. Há alguns anos atrás meu pai foi procurado por um amigo que plantava pêssegos porque na época de florada praticamente não havia abelhas para fazer a polinização. Triste... Enfim, o problema foi resolvido, o problema local, afinal, ninguém pensou no que podia estar acontecendo com as abelhas, estranho na época, que até as silvestres tinham sumido, hoje, analisando, estamos influenciando tanto no ambiente que nem nos damos conta da fragilidade de todo o sistema natural. Vivendo na cidade eu deparo com a ignorância das pessoas ao encontrar uma abelha... Eu olho aquele pequeno animal e admiro porque viver com nós, seres humanos é um horror. Pensando bem, se as pessoas não se respeitam, o que dirá respeitar uma abelha... Lamentável, e como sempre, faço o trabalho de uma formiga, explicando a função de abelha na natureza e tentando conscientizar que abelha não é só para nos dar a ferroada, afinal até mesmo para ela fazer isso é um sacrifício, pois ela morre ao fazê-lo.

    Um grande abraço.

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  14. Minha querida leitora, Alexandra:
    Na cidade onde moro, São Lourenço, no sul de Minas Gerais, criam-se muitas abelhas, e o mel produzido por aqui é delicioso.
    O valor do mel de abelhas para a saúde é enorme, e o própolis é insuperável para combater gripes e as temidas viroses.
    Todo dia, pela manhã, eu não dispenso a banana com mel e aveia. Delicioso e nutritivo!
    Um abraço.
    Gilberto.

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