domingo, 9 de setembro de 2012

TEIA AMBIENTAL - POLUIÇÃO ECONÔMICA



AMBIENTE ECONÔMICO MUNDIAL OU UMA POLUIÇÃO DIFERENTE.

Meu preocupado leitor:

Se tu possuis ações, esses papéis voláteis e volúveis que oscilam ao sabor de boatos e de crises, então deves estar triste por pensares que perdeste dinheiro. Afinal, lê-se na internet que 10 trilhões de dólares viraram pó por conta da crise financeira internacional.

Pobre investidor, ambicioso por riquezas de curto prazo e sem trabalho, a cada momento tu estás sob o risco de perdas, que estão fora do teu alcance evitar, pois jogaste a sorte no cassino econômico, onde papéis ganham valores que, de fato, eles não têm.

As empresas são as mesmas, o patrimônio não foi reduzido, a força de trabalho permanece no mesmo nível, porém o mercado se retraiu por conta de crises provocadas pelo medo de perdas. Isto mesmo, meu atento leitor, o medo retrai e a retração amedronta. O processo se realimenta indefinidamente, até que a força do trabalho volte a se sobrepor sobre o papel desvalorizado e condenado à fogueira.

A humanidade está diante de uma crise ambiental diferente, em que montes de papéis de falsos valores, que serviram para a especulação bem mais do que como suporte para novos investimentos, viram pó que polui muito mais que a sua contraparte, a poeira.

Esta crise ambiental, como não poderia deixar de ser, começa com a ganância de querer sempre mais e pela pretensão de conseguir lucro fácil, sem qualquer esforço de trabalho. Os tais trilhões que viraram pó jamais existiram de verdade, eles só existiam nas mentes dos gananciosos que contabilizavam seus lucros diários, por conta da evolução do custo do produto chamado ação.

Acontece, meu sábio leitor, que esse produto variou para cima e para baixo, em função de boatos, jogadas financeiras, operações manipuladoras e, poucas vezes, por efetivo sucesso de um programa bem planejado que resultou em sucesso financeiro para a empresa.

Um simples boato sobre um contrato a ser assinado pode fazer disparar o valor de uma ação, ainda que nenhum lucro tenha sido obtido e antes mesmo que se tenha certeza de que o negócio irá resultar em lucro. A ação aumenta o seu valor por uma expectativa futura, que poderá dar certo, ou não.

Como afirmar que aquele papel valia mesmo aquilo que aparecia no pregão da bolsa? Quem sustenta a valorização? Qual a segurança de que o aumento do valor da ação representará um efetivo ganho para o investidor?

Imagine, o meu leitor, uma hipótese que te apresento, para que possas refletir com calma. Eu invisto 1000 dólares em ações de uma empresa que está em plena ascensão. Logo, o meu pacote de ações já está valendo 20, 30, 50, 100 mil dólares. A subida do valor da ação justifica-se em razão da notícia que um grande filão do mercado se curvará diante daquela empresa.

Eu que investira 1000 dólares, rapidamente possuo papeis no valor de 100 mil dólares. Mas, isto só viria para o meu bolso se eu vendesse o meu pacote de ações. Como eu não vendi, o meu ganho é hipotético, e só resistirá enquanto os papeis permanecerem valiosos.

De repente, os papeis despencam na Bolsa, e eu vendo minhas ações por 2000 dólares, e não mais por 100 mil dólares. Eu ganhei ou perdi, com esta operação de curto prazo? Observa bem que eu lucrei 100% no negócio, que é uma lucratividade excelente, menos para o especulador do mercado de ações, que considera ter perdido 98 mil dólares.

Este é o mundo de mentiras em que vivemos. Negocia-se papeis, por conta de uma pretensa segurança por futuros lucros que, muitas vezes, só existem por conta de informações infiltradas na mídia para manipular o mercado.

Onde a força do trabalho entra no contexto? Não entra. O investidor mal conhece a condição financeira da empresa da qual adquiriu os papeis. Ele se deixa levar pelos jornais e pelos noticiários econômicos, e não quer nem saber se a empresa produz um produto ecologicamente correto ou se tem uma conduta ética digna de ter seus programas de investimentos apoiados e aprovados. Lucro, só o lucro interessa. E, o lucro fácil, em que não se entra com trabalho, mas com uma aplicação em dinheiro, como se fosse feita uma aposta num cavalo que vai correr o próximo páreo.

O mundo perdeu 10 trilhões, ou um balão de gás que muitos supunham valer tudo isso, simplesmente estourou? Parece-me que se está confundindo o não ganhar com imaginárias perdas. Ninguém pode perder o que ainda não conquistou. Ah, mas dirão os espertinhos – e se ele comprou por mil e vendeu por 500? Eu posso responder – e se ele decidir não vender na baixa, aguardar mais um pouco, até o mercado recuperar-se, e ele vender por um valor muito superior ao que comprou?

Será que o jogador que ganhou milhares de dólares em fichas num cassino, depois de começar com um único dólar, e decidir arriscar tudo que já ganhou, e vier a perder, ele perdeu ou deixou de ganhar? Afinal, se fizermos as contas, ele só perdeu mesmo um único dólar.

Enquanto continuar essa ganância que transforma trabalho em especulação com papeis, o nosso meio-ambiente continuará recebendo todo essa descarga de lixo que se produz por conta de se conseguir tudo com menos trabalho. A mão de obra humana é substituída pelas máquinas, pois assim se produz maior volume de produtos, e o lucro é maior, as ações passam a valer mais, e mais investidores compram os papeis da empresa, e com isso maior é o destaque que ela ganha no mercado.

Eis que, um dia, se descobre uma falcatrua entre os diretores em que os resultados estavam sendo adulterados. As ações despencam, os acionistas perdem dinheiro, mas os diretores permanecem ricos. Quem perdeu e quem ganhou? Jogo, meu caro leitor, um jogo sem vergonha e que engana somente o ingênuo aplicador, pois, os grandes investidores não perderam nada, porque estão prontos a recolher, mais adiante, as aparentes perdas, que fizeram despencar as ações.

A mente humana está poluída pela ganância. Ninguém mais pensa em trabalhar para ganhar. Só mesmo se não houver outro jeito, e apenas até que surja uma oportunidade de se beneficiar de alguma jogada corrupta.

O que o homem branco está fazendo com esta vida, cara pálida? Uma vida num planeta tão lindo, que oferece riqueza em abundância para todos? Por que usar essas estratégias de fazer de cada opção de ganho um modo de jogar e ganhar, sem fazer força?

O lixo é atirado na natureza, pois não se tem dinheiro para tratá-lo. Os governantes gastam rios de dinheiro com o empreguismo, enquanto obras indispensáveis ficam sem verba. O cidadão não tem dinheiro para assumir a sua cesta básica, mas não deixa de comprar sua cervejinha e fazer sua fezinha na loteria toda semana.

A poluição é bem maior do que se pensa. A corrupção é poluição. A jogatina nas Bolsas é poluição. A manutenção da população na ignorância, para facilitar a sua manipulação é poluição. A destruição de rios e florestas para construir usinas, fazer irrigações ou instalar agropecuárias, ditas indispensáveis ao progresso, é poluição.

Estou cansado de ler bobagens na internet a troco de verdades absolutas. A mídia adora escândalos e mentiras, mas quem vai reclamar, se o povo é sedento por essas notícias? E tudo isso é poluição.

Estamos no meio dessa poluição, mesmo sem saber identificar a causa poluidora. Diante de tanta coisa errada, como separar o joio do trigo? E a propósito, o que é mesmo o trigo?

6 comentários:

  1. É por tudo isso que ainda acredito no trabalho. Mesmo pq a ganância produz muitos males. Vemos pessoas a desmatar a Amazônia, por ganância. Vemos pessoas dizimando animais, por ganância. E outros mais. Quando aprenderemos a viver de acordo com nossas necessidades? Muita paz!

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  2. Denise, Denise, se eu não soubesse que tudo tem solução, eu diria que este mundo está perdido.
    O momento por que passamos é muito difícil e ruim, mas vai melhorar.
    O despertar espiritual que se aproxima com maior intensidade fará com que as pessoas ou mudem ou abandonem este mundo.
    Os países estão quebrando e as instituições estão decadentes. Países como Estados Unidos, França e Inglaterra estão com sérios problemas em suas economias. E seus povos demonstram insatisfação.
    Não existe perfeição, mas todos têm de melhorar.
    Vamos confiar e esperar.
    Um abraço fraternal.
    Gilberto.

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  3. Principalmente neste ano de eleição,que todos falam de" mudanças".Como foi citado,a cerveja fica em dia,e outros compromissos?O povo reclama nas entrevistas de tv,no facebook são tantas "frases perfeitas",mas na prática...

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  4. Pois é, Andréa, até parece mesmo o fim do mundo, não é mesmo?
    Mas, não é.
    O ser humano precisa de crises para despertar. Sem sofrer e sem ir ao extremo, ninguém muda.
    Mas, sem dúvida, as coisas terão de piorar, antes de melhorar.
    As mudanças virão com 2012, depois tudo começará a ir para o lugar.
    O texto é provocativo, e tem a intenção de levar à indignação. Ele não é pessimista, mesmo podendo parecer. Ele leva à reflexão.

    Um abraço amigo e consolador.
    Gilberto.

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  5. Olá bom mestre,
    trabalhar faz suar, envelhecer, ganhar calos nas mãos (rs*).
    Todo mundo quer trabalho de secretaria, colarinho branco, camisa e gravata. Sujar unhas de terra, nem pensar!
    A semente agora é outra. Em vez de colocar a semente na terra, investe-se a semente na bolsa de valores. Aí espera-se que dê fruto. Mas até na economia, há anos de má colheita (risos).
    O que os investidores não sabem é que estão sendo manipulados. Pensam que é coisa de sorte ou azar, vai tudo no êngodo, como o peixe morde o isco no anzol. Sem "coitadinhos". Está tudo em sintonia, quem quer, acha: sarna para se coçar.
    Abraços noutra sintonia vibratória, mais terra-a-terra.
    Rute

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  6. Minha querida, Rute:
    A vantagem de ser espiritualizado é que a gente enxerga o que a maioria não vê.
    O Iniciado não se deixa iludir pelos ganhos fáceis e sua riqueza não está neste plano físico. Assim, é difícil manipulá-lo.
    Um abraço carinhoso.
    Gilberto.

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