terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Era de Aquarius ou Quando a Lua estiver na Sétima Casa

"Quando a Lua estiver na sétima Casa/E Júpiter se alinhar com Marte/Então a Paz guiará os Planetas/E o Amor varrerá as Estrelas" (Música "Aquarius", do musical Hair)

Com este verso, a canção fazia a leitura dos astros, no momento do nascimento da Era de Aquarius, tornando-se um hino de louvor à Nova Era.
O musical Hair expressou de modo irreverente, mas com muito lirismo, o encantamento e a magia revelad
os pelos astros. Os "hippies" cantavam e dançavam no meio de um Parque, perseguidos por policiais, montados em cavalos, que acompanhavam a música em passos marciais. Era a coreografia perfeita da quebra de tradições, da rebeldia jovem contra a hipocrisia das classes dominantes. Era a revolta diante da guerra, era a insubordinação a tudo que lembrasse o velho e superado paradigma. Era a negação ao falso moralismo, a confrontação gratuita com o poder e a autoridade.
Eis que, em 14 de fevereiro de 1962, o preconizado alinhamento acontece, a Lua encontrava-se na sétima casa, enquanto Júpiter e Marte
se alinharam. Estava, enfim, consumado, o aguardado nascimento da Era de Aquarius. De acordo com o que anunciara a canção, daquele momento em diante, a Paz guiaria os Planetas e o Amor varreria as Estrelas.
Que metáforas magníficas, para anunciar um novo tempo, em que prevaleceria a Paz e o Amor ! Paz e Amor eram os termos com que os "hippies" saudavam a todos, expressando a forma aquariana de buscar soluções para as diferenças e os conflitos. Surge, então, a frase : "faça amor, não faça a guerra".
De lá para cá, no entanto, pouco, muito pouco mudou.

A mudança de consciência de boa parte da humanidade é uma constatação inquestionável, mas as mudanças de comportamento não se fizeram notar, pelo menos a ponto de derrubar antigos paradigmas de rivalidades e confrontações.
O mundo continuou em guerra, a violência urbana cresceu a níveis assustadores, a destruição da natureza se intensificou por conta da ocupação irracional das áreas de florestas e a ganância reduziu a expectativa dos mai
s miseráveis de se erguerem social e economicamente.

Agora, em 2009, no mesmo dia e mês, 14 de fevereiro, tudo se repete. A Lua esteve, novamente, na sétima Casa, e Júpiter e Marte se alinharam. Mas, uma rara concentração de planetas, que não fora observada nos últimos mil anos, veio energizar esse alinhamento, como se fosse uma be
nção dos céus, um batismo celestial, a uma Era que teria nascido há 47 anos atrás, e que permanecia "pagã".

Ah, dirão os astrólogos, agora sim, daqui pra fre
nte, tudo vai ser diferente ! Ah, não temos mais com que nos preocuparmos, dirás tu, ingênuo místico, que vive à procura de soluções fáceis e invocações milagreiras ! Tolos, repetirão os Mestres, diante dessa crédula euforia, que sempre credita aos astros as soluções, ou as culpas, de todos os problemas humanos.
As energias planetárias mudaram, não há dúvida. Quem, dentre os que dispõem de um mínimo de sensitividade, que já não se deu conta de uma aceleração no padrão vibratório do planeta ? Quem negaria uma expansão no nível de consciência de boa parte da humanidade, levando muitas pessoas a mudarem seus comportamentos, a se preocuparem com a preservação ambiental, a lutarem pelos direitos humanos, a combaterem as injustiças sociais e a adotarem outras atitudes de responsabilidade coletiva, até então inimagináveis ?
Isso é bom, muito bom mesmo ! Essas notícias são por demais alvissareiras, mas não são suficientes. A humanidade, como um todo, precisa assumir a sua missão, esquecer a ajuda dos astros, as interferências dos santos e os milagres de Deus. Se cada um não fizer o seu dever de casa, a turma inteira será reprovada. O jogo aqui é coletivo, jamais foi, ou pretendeu ser, individual. Não haverá vitórias isoladas. Ou todos ganham, ou não se salva ninguém.
Muitos que se salvarem nesta vida, reencarnarão imediatamente para socorrer os demais que se debatem no meio do naufrágio, e que estão prestes a morrer afogados. Salvar-se sozinho, corresponde àquela imagem do náufrago que nadou até a praia, e ao se sentir seguro exclama : "agora que eu me salvei, deixa eu ir lá, salvar os outros".
A Era de Aquarius chegou, não importa se agora, ou há 47
anos atrás. Mas, ela é uma opção para a evolução humana, já que o planeta entrou numa fase evolutiva, de expansão do seu padrão vibratório. Mas, como diziam nossos avós lusitanos, "não são favas contadas".
Ou cada um faz a sua parte, ou o planeta prosseguirá no seu processo de evolução, enquanto a humanidade vai sendo descartada para outros mundos, inferiores e muito mais densos. Lá, os padrões vibratórios estarão mais adequados a quem só pensa no dinheiro e no poder, e acredita que para ser espiritualizado basta seguir uma religião, rezar uma oração, ter alguma visão, decorar um livro sagrado, participar de um ritual mágico, ou coisas do gênero.
A Era de Aquarius, sem dúvida, já chegou, mas as mudanças ainda não. Elas não virão com os astros, apesar de ser um excelente sinal,o fato da Lua estar na sétima Casa. Elas não virão com interferências externas, ainda que seja esperançoso o alinhamento de Júpiter e Marte. Elas também não virão com o Avatara de Aquarius, que como já disse numa postagem anterior, não encarnará como ocorreu com Jesus, o Avatara de Peixes, e ser também crucificado.

Elas dependerão de nossas atitudes, de Paz e Amor...só que dessa vez não pode ser apenas um ato de rebeldia contra o sistema, mas terá de ser uma ação consciente, para corrigir tudo que até hoje o homem destruiu, e construir um mundo novo, bem diferente de tudo que até então o homem valorizou.
Quando isso acontecer, a Era de Aquarius deverá, enfim, estar completando a sua maioridade. Oxalá, e que assim seja !

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Os Tulkus

O tulkuismo é muito pouco conhecido fora do esoterismo budista, sendo um termo bem íntimo dos lamas do Tibete, que o utilizam para expressar a linhagem de seres que se ligam a um Ser Central. Dentre esses, o primeiro na linha direta de descendência do Dalai Lama, seu Chefe Supremo, será o seu substituto, quando este vier a falecer.
Os monges saem, então, em peregrinação pelo mundo afora, tentando encontrar o tulku do seu líder espiritual recém falecido. Esse tulkuismo é o de sentido vertical, formado por seres preparados para receber estados de consciência de um Ser espiritualmente muito evoluído.
De um modo geral, os ocidentais costumam fazer confusão, quando tentam expressar essa busca por um ser "de origem divina". As aspas ficam por conta de dar um sentido religioso ao ato em si, tomando-se a palavra religião no seu aspecto primário, de religar o homem à divindade. Afinal, todos os humanos, de um modo abrangente, são criaturas geradas por uma vontade superior, logo divinos somos todos nós.
A confusão fica por conta da dificuldade de entender o processo do tulkuismo. Os tulkus são extensões, quase sempre em número de sete, de uma mesma individualidade, que é o verdadeiro repositório das experiências adquiridas. As diversas personalidades encontram-se conectadas entre si, e ligadas a esse Ser Maior, que dispõe de um estado de consciência altamente evoluído.
Os tulkus horizontais pertencem ao plano físico, e seus corpos estão preparados para que neles vibre, ocasional ou permanentemente, a consciência de um Ser também espiritualmente evoluído, que irá levá-los a influir em diversos setores das atividades humanas. Os tulkus horizontais costumam ser, geralmente, verdadeiros sósias, uns dos outros, como se fossem irmãos gêmeos, apresentando as mesmas tendências psíquicas e emocionais, encontradas em gêmeos uni-vitelinos.
Os tulkus horizontais, portanto, possuem missões relacionadas à evolução da criatura humana, em suas atividades no plano físico. Esses grupos tulkuistas agem em diversas áreas da sociedade, sob a regência de um comando superior, com a intenção de inspirar novas conquistas e favorecer a evolução da humanidade.

Os tulkus verticais pertencem ao plano espiritual, e permanecem sintonizados com frequências vibratórias de elevado padrão de consciência, cuja missão é expandir o nível de consciência espiritual da criatura humana. Os tulkus verticais, de um modo geral, não interferem nas atividades do plano físico, mantendo o seu foco em ações e revelações, inteiramente voltadas para o despertar das consciências humanas, no que se refere ao progresso espiritual.
Desta forma, poderemos perceber que, os monges do Tibe
te, em suas buscas, dedicam-se a encontrar o tulku vertical, que esteja sob a influência do mesmo Ser Superior que era a fonte de inspiração do Dalai Lama falecido. Se o jovem, enfim localizado, é efetivamente a reencarnação do Mestre, talvez possa deixar dúvidas, mas que seja um tulku vertical ligado ao mesmo estado de consciência que o inspirava em vida, aí não haveria qualquer dúvida, diante das evidências colhidas durante o processo de busca.
O meu mestre físico que realizou este estudo, do qua
l faço esta releitura, chamava a nossa atenção para que não se confundisse o tulkuismo com a mediunidade. O tulkuismo tem sua origem nos Grandes Mistérios das Manifestações Avatáricas, relacionados aos Avataras Cósmicos e Planetários, incluindo suas Colunas, Hierarquias e toda a sua Corte Celestial. A mediunidade é um estado psíquico de consciência espiritual, relacionado aos processos de resgates kármicos, em que dons e talentos se voltam para o ato de servir ao próximo, a fim de se redimir dos erros do passado. Assim se comportam os mediuns, na ânsia de se livrar dos karmas, às custas de renúncias e sacrifícios.
O processo de canalização, porém, está tomando aos poucos o lugar dos fenômenos mediunicos, fazendo, de cada um, seu próprio medium ou vidente que saberá distinguir a verdade, por enxergar com seus olhar hiperfísco o que os olhos físicos não conseguem ver.

Dizia o meu mestre que já não é mais tempo de se recorrer a incorporações, em busca de curas ou conselhos. As verdadadeiras ações de cura, segundo ele, sempre tiveram suas origens nos planos superiores, por obras de Seres altamente evoluídos, os Devas Curadores ou Espíritos de Cura, sob a liderança do excelso Arcanjo Rafael. As entidades que se dizem curadoras, e que tomam a consciência dos mediuns, não somente estariam enganando aos que nela acreditam, mas enganando-se a si mesmas, por crerem possuir tal poder.
O grande despertar da consciência planetária há de levar todas as criaturas humanas
a se tornarem, num tempo futuro, tulkus das Sublimes Consciências Cósmicas, fazendo-se mestras de si mesmas, curadoras dos seus próprios karmas e não mais dependentes de forças externas ou interferências psíquicas de seres desencarnados.
Enquanto essa consciência divina não assume o comando de nossas almas, integrando-as em definitivo ao Espírito, devemos ir nos libertando de todas as práticas que fujam ao nosso controle e que nos coloquem na dependência de energias ou fenômenos estranhos e alheios às nossas vontades.
Quem sabe se um de nós já não é um tulku vertical, ou, pel
o menos, um honesto e digno tulku horizontal, agindo dentro da família, no trabalho ou na comunidade em que vivemos ! E se assim for, será preciso estar ligado e sintonizado 24 horas, com o transmissor espiritual que transmite os recados das consciências superiores que regem nossas vidas.

Assim sendo, vez por outra, fique em silêncio, aquiete a mente, e aguarde a mensagem. Um dia, ela chegará.