segunda-feira, 20 de setembro de 2010

PAIXÃO, AMOR OU SOLIDÃO


Meus apaixonados e sonhadores leitores, dedico-vos umas linhas numerológicas em que prometo só falar do amor. Confesso-vos que já havia tratado deste mesmo tema há cerca de 3 anos atrás. Mas, o amor é um tema sempre atual, ainda que se use os mesmos antigos chavões.

Na literatura ou no mundo real, é o poder emanado das nossas mentes que cria a realidade e determina o caminho a seguir. Tragédias e romances amorosos nascem, vivem e morrem, por vontade daqueles que neles se envolvem. Ninguém pode mudar o nosso destino, sem contar com a nossa permissão ou omissão.

Os livros, assim como os noticiários, narram fugas de amantes, para viver uma grande paixão. Às vezes, lemos que, submetidos a pressões, esses amantes amargam uma sofrida separação. Outras vezes, diante da separação, os amantes preferem a morte.

Nos livros, os autores criam imagens e dão aos personagens, o destino que melhor lhes convêm. Na vida real, cada um é dono do seu próprio destino, e não pode transferir para ninguém a responsabilidade pelo que fizer ou deixar de fazer. Mas, duro mesmo, é saber o que fazer, quando se vive uma grande paixão! Aí, o melhor é recorrer à sabedoria contida na ciência dos números, que aponta caminhos ou ergue barreiras, sinalizando o que deve ser feito, numa linguagem sagrada que, se bem interpretada, responderá a todas as nossas dúvidas.

Ah, um amor de verão! Quem não viveu um amor de verão? Quem nunca sentiu aquela paixão ardente, que faz perder a razão e cria fantasias delirantes, tendo como cenário uma praia tropical com suas areias abrasadoras? É o calor da paixão, o amor à primeira vista, mexendo com os nossos sentidos! É a magia da sedução, o poder de encantamento, a conquista e a aventura, tudo alimentado por impulsos incontroláveis, despertados por uma irresistível atração pelo desconhecido!

Ah, o amor! Mas, será mesmo amor?

Quando o 3 e o 5 se juntam, os sentimentos costumam ficar fora de controle, fazendo surgir sofridos romances e violentas paixões. O 3 é um sonhador, um romântico inveterado, um inspirador de sonhos e de ideais, nem sempre possíveis de se concretizar. O 5 é um aventureiro, um eterno viajante, inquieto e instável, sempre em busca de sensações novas, não se fixando muito nos locais por onde passa, ou nas pessoas com quem convive.

Esse encontro romântico do 3 com o 5 propicia paixões e aventuras tão intensas, quanto fantasiosas, que, às vezes, até parece amor. Essas paixões explosivas, que nascem no calor das férias ou durante uma viagem de repouso, costumam arder como fogo de palha, que provoca labaredas e vira brasas frias, numa fração ínfima de tempo.

Escândalos e traições também são comuns, quando se confunde amor com paixão, fazendo despertar antigos karmas de rompimentos amorosos e adultérios, ocorridos em vidas passadas, e simbolizados pelos números 14 e 16.

Mágoas, decepções, desenganos, são heranças desses apaixonantes amores de verão. Às vezes, essas frustrações provocam um forte retraimento amoroso, levando à solidão e a recusas de novas experiências amorosas.

Aí, entra em cena o n. 7, com o culto à solidão e ao silêncio, enquanto se resgata os velhos karmas do 16, relacionados a egoísmo, orgulho e vidas auto-centralizadas. É comum a fuga dos grandes centros e a procura de refúgio no campo, em contato direto com a natureza, numa espécie de purificação kármica.

O 7 costuma provocar grandes mergulhos no fundo da alma, atrás de respostas para os nossos segredos ocultos e para a compreensão dos instigantes enigmas da vida.

Surge, então, o místico, o mago, a bruxa, o sacerdote e a sacerdotisa dos rituais secretos, o guardião do portal do templo e a revelação dos grandes mistérios. Calado e solitário, aquele que vive sob a influência do 7 já não se dá conta que o mundo lá fora está chamando-o para novas aventuras e românticas paixões.

O solitário pode, então, fazer-se um celibatário, cultivando a vida a sós, afastando-se da família e recusando qualquer relação amorosa mais consistente e duradoura. Esta recusa pode ser consciente ou não, mas sempre provocará uma enorme dificuldade de novas experiências a dois, devido a um critério muito rigoroso de julgar os outros e a uma rejeição quase absoluta de expor a sua privacidade a uma pessoa estranha, ainda que sinta por ela algum sentimento amoroso. O solteirão ou a solteirona são a exacerbação do 7, a total recusa de compartilhar espaços e ideais. Enfim, é o culto ao isolamento e à vida à sós.

Mas, e o eterno sonho de amor, como ele é interpretado pela Numerologia da Alma?

Se a paixão seria um sentimento impulsivo e descontrolado, simbolizado pela conjunção do 3 e do 5, o amor consistente e duradouro é regido pelo n. 6, que integra a mística dos amantes a uma vida compartilhada, envolvendo família, lar e filhos.

Através do 6, o amor assume uma relação mais abrangente do que uma simples atração física ou um inconsequente sentimento passageiro. O 6 estabelece responsabilidades entre os amantes, provoca mudanças estruturais no modo de cada um passar a ver a vida e cria compromissos mútuos de estender a união, para dar lugar a um lar, a uma família e à geração de filhos. Surge, a partir daí, uma nova forma de relação para definir o amor, que pressupõe direitos e deveres espontâneos, sem sofrimentos ou sensações de perda de liberdade.

Existem os ciclos de casamento, como também existem os do divórcio. E cada um deles tem uma finalidade construtiva, jamais pretendendo punir ou sacrificar.

Um ciclo 6 anuncia o plano da alma de casar, para cultivar o sentimento de amar, de uma forma responsável e compartilhada, mediante a troca de experiências e a superação de desafios comuns.

Quando o 9 surge no primeiro ciclo de vida, sabe-se que será difícil manter o casamento, e uma separação ou um divórcio pode acontecer. Haverá muitas tentativas de união, mas também muitos fracassos e separações. São aquelas almas que não valorizaram as relações amorosas, em vidas passadas, e que agora lutam para manter os seus relacionamentos e, por mais que tentem, nem sempre conseguem sustentar uniões duradouras.

O fato de provocar esses conflitos, quando rege o primeiro ciclo de uma pessoa, não quer dizer que o 9 seja um número que não favoreça o amor. Mas, pelo contrário, ele é uma vibração amorosa de alto grau, relacionada ao amor universal, o amor humanitário, o amor voltado mais para a coletividade do que para si mesmo. Os efeitos separatistas do 9 num primeiro ciclo se explicam por ser ele um número terminador e não iniciador, uma energia de fechamento e não de abertura. Assim, quando ele surge no início da vida, ele é forte demais para que as pessoas suportem suas exigências de despojamento e dedicação aos outros, mais do que a si mesmo.

O 6 é o símbolo do amor pessoal, enquanto o 9, do amor coletivo. O 6 é o instigador dos sentimentos generosos e bondosos, que fluem nas relações domésticas, geram e alimentam os filhos e se estendem à comunidade mais próxima.

O 9 é o símbolo do amor espontâneo, sem causa lógica, nem explicação concreta. Ama-se a qualquer um que esteja carente de ajuda, ama-se porque não se admite discriminações, nem censuras e perseguições, muito menos violências e torturas. Ama-se não a este ou àquele, ama-se à humanidade inteira.

O 6 e o 9, ambos, são números de amor, e são eles os legítimos símbolos numerológicos que expressam esse sentimento sagrado, sinônimo da própria vida e semente da criação divina.

Meus assíduos leitores, não tentem sair a fazer contas, para descobrir o que vos espera na vida: amor, paixão ou solidão.

Quem não domina a ciência da Numerologia da Alma, o melhor mesmo é seguir a intuição e não exagerar nas doses. Paixão demais, enlouquece a mente. Amor demais, sufoca o coração. Solidão demais, atrofia os sentimentos.

A receita está dada, agora é misturar os ingredientes e ver que bolo vai dar.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

RECEITAS PARA FAZER OS FILHOS FELIZES




Minhas ansiosas leitoras mães, decidi trazer-vos receitas que se não curam, amenizam as vossas ansiedades. Dirijo-me mais às mães, já que as ansiedades dos pais estão mais voltadas para os filhos já crescidos, quando os “meninos” já podem virar-se sozinhos.

A situação é de tamanha gravidade que algumas amigas, depois que ouviram minhas recomendações numerológicas sobre a educação dos filhos, intimaram-me a dar um curso para as suas amigas mães.

Enquanto me preparo para essa jornada de ensinar as mães a conhecer melhor os seus filhos, passo aos meus leitores, homens e mulheres, pais e filhos, velhos ou moços, receitas e remédios que não têm garantidas propriedades terapêuticas, mas seriam excelentes medidas profiláticas.

A ti, mãe dominadora, poucas não o são, deixo-te a receita para não tratar com o mesmo rigor ou condescendência todos os filhos, mas a cada um de acordo com sua sensibilidade. Isto, que tanto já ouvimos de pessoas mais idosas, de educar todos os filhos da mesma maneira, não é o melhor caminho para fazer um filho feliz.

Dou-vos, amigas leitoras, dois exemplos que servem para confirmar o que digo. Mães de Bruno e de Daniela, não caiam na asneira de educar essas crianças de acordo com um modelo único.

Os meninos Bruno são sensíveis e emotivos, tímidos e inseguros, e se forem tratados aos gritos e ameaças, poderão recalcar mágoas e ressentimentos que carregarão por toda a vida. Crianças que têm nos seus nomes, as letras B, K ou T como primeira consoante são muito sensíveis e se sentem magoadas quando são tratadas com grosserias e violência. Elas recalcam as suas revoltas, e fazem de conta que aceitam tudo que lhes é imposto. Mas, no fundo, os seus sentimentos mal resolvidos poderão resultar em desvios e fugas que virão a se manifestar na idade adulta.

Na outra extremidade, encontram-se as meninas de nome Daniela, muito fortes e seguras, adorando dar ordens e controlar tudo e a todos. Teimosas e autoritárias, elas não deixam de ter suas razões, quando cobram muito dos outros e se revoltam quando não recebem o retorno esperado. É que elas costumam fazer a parte delas, cumprir acordos e seguir regras, e não perdoam os que se utilizam de desculpas para descumprir os compromissos assumidos.

As meninas chamadas Daniela precisam ser educadas com disciplina e ordem, para que não assumam o comando da casa, passando a dar ordens nos pais e irmãos, como se fossem elas as verdadeiras donas da casa. Educá-las apenas com conversa mansa e bons exemplos pode não ser o suficiente para controlar seus impulsos de dominação e imposição de suas vontades.

O amor, a tolerância e a paciência serão as legítimas vitaminas que fortalecerão a educação de todas as crianças. O receituário profilático é o melhor caminho, mas não o único, para uma boa educação. Terapias educativas são recomendáveis, e até indispensáveis, quando se trata de corrigir efeitos kármicos ou de controlar determinados excessos de individualismo.

Um exemplo bastante ortodoxo é o que envolve as crianças que vivem as experiências do nº 6 no seu 1º ciclo de vida. Viver um 1º ciclo sob o signo do doméstico e familiar nº 6 é estar sempre governado por sentimentos de amor e dependência dos pais. Elas se alimentam do ambiente do lar e da presença dos pais ao seu lado. Elas necessitam do amor carinhoso da mãe e da força protetora do pai para que se sintam seguras e protegidas.

Se os pais dessa criança decidem separar-se, e pior ainda se for durante o seu 1º ciclo de vida, podem marcar consulta com um analista, pois haverá de ser o consultório dele o muro das lamentações dessa infeliz criaturinha. As culpas da separação dos pais serão todas dela. As razões da tristeza do pai com o casamento terão suas origens na decepção que lhe causou, por não haver correspondido aos ideais paternos. O choro e o sofrimento da mãe serão por causa dela, que fez com que o pai saísse de casa. Ela assumirá para si todas as culpas.

Lembro-vos agora, uma situação clássica da numerologia na infância, e que nos chegam dos que, no seu 1º ciclo de vida, são levados a vivenciar as experiências do nº 7. Essas crianças têm uma infância diferente das demais, preferindo ficar sozinhas no quarto, a sair aos pulos para brincar com os amiguinhos. Elas estudam, lêem e pensam mais do que qualquer outra criança. Elas falam pouco, mas raciocinam demais. E para piorar a situação, costumam ter lapsos de vidência e mediunidade, vendo parentes mortos ou conversando com amigos invisíveis.

Pobres crianças sob a regência do nº 7! O destino delas é o consultório de um psicanalista que irá receitar-lhes drogas pesadas para seus corpinhos frágeis, até que jurem nunca mais haver visto nada além do que todos costumam ver. Poucos saberão afirmar se foram os remédios ou o alívio de se livrar das pressões do médico e dos pais que levarão essas crianças a nunca mais tocar no assunto. Ser diferente nesse mundo padronizado é um risco muito sério que se corre desde pequeno.

Muitos outros, minhas atentas mães, poderiam ser os exemplos dos cuidados que seus filhos requerem por pensarem de maneira independente, por serem criaturas individualizadas e por terem suas próprias preferências que, nem sempre, ou quase nunca, coincidem com as dos pais. Mas, eu fico por aqui.

Os vossos filhos não são vossas propriedades, mas foram postos aos vossos cuidados para serem preparados para o futuro cumprimento de suas missões. Eles não têm o dever de idolatrar a mãe e de se orgulhar do pai. Eles possuem os seus próprios critérios de julgamento, que independem das carências maternas e paternas.

Os pais são os mentores do crescimento sadio dos filhos e os responsáveis por oferecer-lhes um ambiente familiar adequado ao desenvolvimento de suas potencialidades e talentos. Os filhos não devem nada aos pais, assim como os pais também nada devem aos seus pais. A boa educação é dever dos pais e direito dos filhos. Cobranças e mágoas somente criam situações de constrangimento nos filhos e geram conflitos existenciais entre pais e filhos.

A Numerologia da Alma educa os pais a educarem seus filhos. Ela desnuda a alma dos filhos para que os pais os entendam sem as máscaras da personalidade. Ela alerta aos pais sobre suas fraquezas e inseguranças, herdadas de outras vidas, e que não devem interferir negativamente na educação dos filhos.

Conhece-te a ti mesmo, e conhecerás os Deuses e o Universo. Esta frase recepcionava os visitantes do Templo de Delfos, na Antiga Grécia. Os que iam ao Templo em busca dos conselhos das sacerdotisas videntes, as famosas pitonisas, deveriam ficar conscientes que o verdadeiro e pleno conhecimento não vem de fora para dentro, mas é o resultado de um processo interior de autoconhecimento.

A Numerologia da Alma proporciona esse autoconhecimento a todos que buscam os seus ensinamentos. Mas, as mães, mais do que ninguém, precisam absorver esses ensinamentos, pois serão elas que, eternamente, servirão de berço amoroso e seguro para os futuros governantes do mundo. Assim, já pensava Pitágoras, há 600 anos antes de Cristo, quando criou a sua Ordem Iniciática, na cidade de Crotona.

Deixei a vós, amorosas mães, nessas breves considerações, um pouco do que a Numerologia da Alma é capaz de fazer pela educação dos vossos filhos e por vossa tranqüilidade. Permanecei atentas a tudo que vos disse, e não vos deixeis levar pelos medos ou preocupações que não são ameaças reais, porém apenas frutos da vossa insegura e amedrontada imaginação.

As receitas dadas, certamente ficaram incompletas. Os remédios receitados não promoverão curas, mas somente amenizarão dores e acalmarão os nervos. A saúde só virá com o autoconhecimento e a consciência espiritual de que mães, pais e filhos, todos somos criaturas e criadores, seres divinos como Aquele que nos criou e criaturas poderosas e capazes de transformar o mundo, até torná-lo mais apropriado para o futuro dos nossos filhos e dos filhos dos nossos filhos.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A FONTE SECOU ?

TEIA AMBIENTAL - FONTES DE ENERGIA
Teia Ambiental

Rede de Conspiradores Preservacionistas


Meus ocupados e preocupados leitores, o grande temor da humanidade é que chegue um dia em que, após pingar a última gota de água e de petróleo, tenhamos que admitir que “a fonte secou”.

A sociedade moderna vem exaurindo todas as reservas energéticas do planeta com uma avidez digna de um insaciável vampiro que suga tudo que pode, por se alimentar das energias alheias.

Estamos diante de um paradoxo – para sobreviver é preciso crescer, mas se crescer ninguém irá sobreviver.

O desafio econômico prega que para manter os níveis de emprego é preciso produzir sempre mais, e conseqüentemente consumir cada vez mais. Produção consome energia e consumo gera lixo. E cá estamos nós num beco sem saída.

À medida que a produção industrial cresce, os recursos naturais e a energia vão diminuindo, e correm o risco de chegarem à completa exaustão, se não forem desenvolvidas fontes alternativas de energia.

A economia moderna depende de um volume excessivo de energia e de recursos naturais, por ser uma economia de capital intensivo, na qual a mão-de-obra cedeu espaço para as máquinas, através dos processos de automação e informatização.

À medida que esses recursos escasseiam, com o emprego de fontes de energia não-renováveis, o próprio capital vai-se tornando um recurso escasso. Com isso, a solução encontrada para enfrentar o problema torna-se um fator de realimentação do problema.

O desenvolvimento econômico é preconizado como a solução para o desemprego, a fome e a miséria no mundo. Esse desenvolvimento ilimitado e a todo custo provocará o inevitável esgotamento das reservas naturais do planeta que são as verdadeiras responsáveis pela sobrevivência da humanidade. Sem as reservas, faltarão matérias-primas e fontes de energia, e o que é apontado como solução, logo se transformará no grande vilão do mundo moderno e uma ameaça ao futuro da vida na Terra.

As políticas governamentais, fomentadas pela ganância das multinacionais e dos banqueiros internacionais, promovem grandes projetos de crescimento econômico dissociados das causas ambientais, excluindo, dos seus orçamentos, os custos relacionados aos danos provocados à natureza.

Na tentativa de maximizar os lucros e de atingir altos níveis de progresso, as grandes empresas desconhecem esses custos ambientais, que são repassados abusivamente para as contas públicas, para o meio-ambiente ou simplesmente para as gerações futuras.

A sociedade industrial, em nome de um falso idealismo social, vem extraindo da natureza os recursos que ela bem entende em nome do progresso e da modernização dos hábitos e costumes.

Enquanto isso, as fontes de energia que alimentam essa política insaciável de busca de lucros estão esgotando-se e, um dia, chegarão ao fim. Esgotado energeticamente e poluído em seus recursos naturais, o planeta não mais oferecerá condições de sobrevivência a quem quer que seja.

Eu sei que deves estar se roendo aí no teu canto, meu ansioso leitor, para me lembrar das fontes alternativas que estão disponíveis ao alcance de todos, e que nem poluem, nem se esgotam. É claro que o sol e o vento estão aí mesmo, para nos dar a esperança de um futuro mais generoso do que este que estou a vislumbrar! A questão é unicamente saber se vai dar tempo.

As empresas petrolíferas constituem conglomerados fortíssimos, controlados por grupos de banqueiros, que não abrirão mão facilmente dos seus privilégios de controlar o uso de energia nos processos de desenvolvimento econômico. A pressão contra o etanol brasileiro é uma pequena amostra do que serão capazes essas organizações internacionais.

Não deves iludir-te, meu crédulo leitor, saiba que todas essas questões de energia para o futuro serão decididas por razões estritamente econômicas, jamais por questões sociais ou ambientais. E, se muitos vierem a ser afetados, por poluições e contaminações, as elites do poder não recuarão nem um passo para levar adiante os seus projetos, à custa de catástrofes e desastres ambientais.

A tecnologia para o emprego das fontes de energia alternativas já está inteiramente desenvolvida e pronta para ser posta em prática, mas ainda não está na hora do “economicamente viável”. Os investimentos feitos com as tradicionais fontes energéticas ainda não foram suficientemente absorvidos, para que se consolidem as mudanças.

Da mesma forma que os laboratórios não lançam os remédios recentemente descobertos e que aliviariam o sofrimento de muitos pacientes, enquanto os custos despendidos com as antigas fórmulas não forem absorvidos, as indústrias de energia não permitirão que as novas opções se firmem no mercado antes da hora.

E quando essa hora chegar fica atento, meu amigo leitor, que as mesmas e já conhecidas empresas de energia estarão com novos departamentos ou com outros nomes a explorar o rico filão. E não estranhes se vierem com um discurso ambientalista e tentando convencer-nos de que mudaram para salvar o planeta, num ato de sacrifício a favor da natureza.

Essas empresas multinacionais são assim mesmo. E o pior é que nós “cidadãos do bem” acabamos sendo coniventes dos males que elas provocam, consumindo os produtos que elas industrializam a custa da nossa qualidade de vida.

Não haverá de ser a fonte de energia que faltará para o progresso da humanidade, mas a falta de caráter dessa gente que coloca os seus interesses individuais adiante do bem estar coletivo. E junto delas aqueles que se tornam cúmplices, para se beneficiarem do jogo de corrupção que elas promovem nos cassinos dos órgãos de fiscalização e nos balcões dos departamentos de concessões.

O sol e o vento são fontes gratuitas que alimentariam nossas casas sem que precisássemos gastar tanto dinheiro a pagar contas mensais a empresas concessionárias de energia elétrica. O combustível, a partir do oxigênio ou do hidrogênio, baratearia os transportes e beneficiaria as pequenas indústrias. As placas solares poderiam ser financiadas a juros baixos por Bancos de Desenvolvimento, quase que zerando as despesas domésticas com eletricidade. As hélices eólicas poderiam ser espalhadas por nosso vasto litoral ou por regiões serranas transformando o vento em energia pura e barata.

Mas, e a Petrobrás, e as concessionárias de energia, e as indústrias fabricantes de plataformas, de torres e de equipamentos de exploração na terra e no mar, como ficariam? E se a energia pudesse ser obtida gratuitamente, pelo calor, pelo vento ou até pelo gás derivado do lixo, como expandir o nosso PIB?

Pensando bem, meus caros leitores, nós ainda não estamos preparados para o grande movimento de libertação, contra os Bancos e as multinacionais. Quem se submeteria a não comprar um produto, até então indispensável, só porque levasse a marca de uma empresa predadora do meio-ambiente? Quem perderia o seu tempo em ler as letrinhas quase invisíveis das embalagens, para identificar se elas contêm o criminoso T de transgênico? Quem descartaria as fraldas descartáveis? Quem faria boicote a empresas que causam danos ambientais ou que exploram abusivamente os nossos recursos naturais?

Se conseguirdes, não 10 milhões de pessoas, mas uns míseros sete casais, a humanidade estará salva. Era esse o número que o Professor Henrique, fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose, alegava ser suficiente para mudar o mundo.

Deixo-vos, a procurar esses casais, que eu os tenho andado à cata, e não os encontrei até hoje. Se reunirdes os sete, não deixai de postar na Teia Ambiental. Mas, por favor, não tirai conclusões precipitadas, antes de aprová-los em todos os detalhes. Em questões ambientais, mais do que em quaisquer outras, as aparências enganam, e enganam muito.


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

NASCIDO EM DIA 4







Ah, meus assíduos leitores, peço-vos desculpas pela demora de um novo texto, mas o tema anterior deu o que falar, e achei melhor deixá-lo mais uns dias em destaque.

Este tema de hoje deveria ter sido postado há dois ou três dias atrás, para homenagear os tantos nascidos em dia 4, ainda que a minha intenção não seja a de presentear ninguém.

Quem se lembra das esquisitices dos nascidos num dia 7? Os do dia 4 também possuem as suas, apesar de seguirem rituais bastante diferenciados daqueles celebrados pelos que sofrem as influências do místico e solitário nº 7.

Nascer num dia 4 é um ato de teimosia desde o nascimento, pois ninguém nasce nesse dia impunemente. Haverá de ser uma criança teimosa, e poderá empacar e não dar nem mais um passo adiante, quando as coisas não correm do seu jeito. Ou tudo fica como ela quer, ou não contem com ela.

Não deveis precipitar-vos, ansioso leitor, concluindo que essas crianças do dia 4 sejam dadas a desobediências explícitas, daquelas que resultam em vergonha para os pais, pelos choros, gritos e ofensas. Enganai-vos, se pensardes assim.

As crianças nascidas em dia 4 costumam ser de natureza amorosa e bondosa, ainda que não demonstrem os seus sentimentos com muita facilidade, exceto para os pais a quem elas amam muito mais por tradição e respeito do que pela forma como são educadas.

Conservadorismo e tradição são vocações naturais de quem nasce nesse dia, manifestando um carinho e uma admiração muito grande por avós e tios, especialmente pelos mais idosos.

Se tu nasceste num dia 4, o mês não importa, e estás a ler-me, digo-te que a razão e a lógica vistoriam tudo que escrevo, numa busca constante dos meus erros e acertos. Calma, caro leitor, eu não te acuso de injusto ou maldoso, mas de quem não abdica da forma e da perfeição dos relatos.

Que ninguém ouse tentar distorcer os fatos, para convencer essas criaturas lógicas e racionais, pois receberá, em troca, uma explanação ampla e profunda sobre as verdades que estão sendo encobertas. Cada detalhe será esmiuçado em todas as opções possíveis e não haverá a menor chance de serem contestadas, pois estarão fundamentadas em dados exatos e pesquisas divulgadas em livros ou pela internet.

Os nascidos num dia 4 são infatigáveis, quando perseguem provas que se prendem a detalhes e pormenores, e que irão comprovar as suas teses às quais eles se apegam de forma intransigente e obstinada.

Difíceis de agradar, eles são impossíveis de serem convencidos quando os argumentos fogem da lógica e da razão, até porque muitos dos conceitos e padrões em que crêem foram eles mesmos que os criaram.

E se são chamados a opinar sobre um fato ou sobre uma pessoa, preparai-vos, vós que pedistes publicamente a opinião deles, pois poderão passar por sérios apertos, já que eles não poupam, nem lustram suas palavras, dando seus pareceres de modo rudemente sincero.

Os nascidos num dia 4 podem ser acusados de tudo, menos de falsos ou fingidos. Eles não são criaturas más que sintam prazer em entristecer os outros, mas não conseguem disfarçar a sua irritação e contrariedade, sendo duros e insensíveis na sua sinceridade.

Não deveis surpreender-vos, amigos leitores, se presenciardes um número 4 orientando pacientemente um amigo, aconselhando-o e mostrando-lhe o que fazer ou nunca fazer. A paciência dele poderá chegar aos extremos, se as suas instruções forem seguidas e não derem certo. Mas, não esperai dele comiseração com o desgraçado que vier implorar-lhe ajuda, depois de haver tomado o tempo dele com lamentos e ouvido seus conselhos, e ter repetido todos os erros novamente, sem dar a mínima para o que ele recomendara.

A emoção raramente acomete os sentimentos dos que nascem num dia 4, quando tratam com pessoas que sofrem desgraças ou sofrimentos, provocados por atitudes ignorantes ou movidas pela paixão. Eles desdenham essas atitudes emocionais, que eles costumam classificar, de forma rude, como “burrices”, dando as costas a esses sofredores passionais.

Eles poderão, no entanto, se tornarem zelosos guardiões dos mais fracos que estiverem sofrendo ameaças ou injustiças, por não admitirem que as regras sejam quebradas, ou os direitos, violados.

Acomodados e previsíveis, os que nascem em dia 4 não gostam de mudanças e preferem repetir a mesma rotina, ainda que não estejam satisfeitos, do que correr riscos em busca de novidades. Às vezes, é claro, eles precisam relaxar um pouco, e saem em busca de diversão, quando poderão tornar-se companhias valiosas, no zelo pela segurança dos amigos, graças às cautelas e precauções que costumam adotar.

Essas pessoas do dia 4 não costumam surpreender ninguém, e muito menos, serem surpreendidas. Elas são óbvias, previsíveis e impecáveis observadoras, detalhistas e minuciosamente profundas, praticamente imbatíveis em qualquer discussão. Apesar de tudo, a sua lógica brilhante e perspicaz pode distrair e encantar a todos aqueles que se põem a ouvi-las.

Lidar com uma pessoa que nasceu num dia 4 pode não ser uma tarefa simples ou fácil, mas poderá tornar-se gratificante para aqueles que precisam aprender a agir com os pés no chão. Poucos serão tão convincentes quanto os nascidos num dia 4 e seguir as suas instruções poderá não dar a certeza do sucesso, mas, sem dúvida, será grande a probabilidade de evitar o fracasso.

O amor para essas pessoas tem uma conotação muito mais lógica e racional, do que sentimental e emotiva. Elas amam mais com a razão do que com o coração. E por não se deixarem abalar facilmente pelos sentimentos, poderão tornar-se parceiros seguros e eternamente confiáveis. Vá tentar entender essas criaturas que preferem a chatice daquilo que já conhecem do que a sedução e o encantamento com um sabor de desconhecido!