Surpreendo-me
com o que não sei explicar, e o defino como místico.
O
estudo do ocultismo me ajuda a decifrá-lo, e me torno um mestre.
Tudo
tem uma origem, e nela se encontra a revelação.
Se
nada sei, não posso definir, e surge o mistério.
O
mistério define o desconhecido, sem compromisso com a realidade.
O
real se revela no místico, o místico denuncia o oculto.
Desconhecer
é negar o mistério, que só se explica pelo conhecimento.
O
místico é a imagem do mistério, que está escondido
da razão.
O
mítico, o imaginário, o lendário, o metafórico, o fictício.
Lendas
revelam o mítico, que se anula diante do fato.
Conhecer
o fato, desconhecer o falso, anular o mito.
Denunciar
o fato, o mito desaparece, surge o real.
O
mítico se sustenta pela imaginação, subverte a razão.
O
mito surge de uma inconsistência, e desaparece sem resistência.
Confundi-los,
relega o místico a um ínfimo falso mistério.
O
místico oculta a verdade, o mítico promove o
imaginário.
Crer
num ou no outro define o nível de consciência de cada um.
O
mundo real é místico, o irreal é mítico.
O
místico existe, mas não aparece. O mítico aparece, mas é falso.
O
mítico é ilusório, lenda
que nasce e morre sem nunca ser.
O
místico é verdadeiro, revelação do que um dia será.
Os
sábios creem no místico, os tolos, no mítico.
No
místico, dá-se resposta ao não visto.
No
mítico, nega-se resposta ao que se vê.
O
místico é o mestre que transmite conhecimentos.
O
mítico é um herói que nunca foi e nem será.
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