A
BASE DE UM BOM RELACIONAMENTO
1ª PARTE: AUTOCONHECIMENTO
Decididamente,
diante de tantos absurdos que estamos sendo forçados a testemunhar,
o melhor é explorar todos os aspectos que influem num bom
relacionamento. As pessoas não sabem ou não se importam em se
autoconhecer, antes de se relacionar. O resultado é que não há
relacionamento que se sustente. E, assim, o mundo vagueia entre a
exploração humana e as guerras.
Confesso-lhes
que tenho recebido comentários e perguntas que me deixam triste e
decepcionado com a criatura humana. Os sentimentos são confusos e
conflitantes, levando muitos a não saber definir o que seja viver
bem, sem as riquezas, sem ter saúde sem remédios e vacinas, amar
sem tomar posse da pessoa amada e se desapegar sem se desvincular.
A
humanidade, definitivamente, sucumbiu ao poder dos meios de
comunicação. As falsas verdades chegam pelas ondas da TV ou da
INTERNET. Qualquer idiota, como afirmou Umberto Eco, ocupa as
telinhas e começa a ditar normas e estabelecer regras. Tal qual a
boiada a caminho do matadouro, e julgando-se muito bem informados,
telespectadores e internautas tomam suas decisões seguindo o comando
de um bando de palpiteiros ou espertos manipuladores, que tratam de
temas sobre o que nunca ouviram falar.
Nós,
estudiosos do ocultismo, não podemos nos deixar levar por essa onda
de falso saber, e nem aceitar verdades que contrariam os nossos
princípios de conhecimentos. A Numerologia da Alma nos proporciona a
leitura dos sagrados mistérios que se fazem presentes na regência
da vida na Terra. Somos instrumentos do trabalho de nossos Mestres
Espirituais, que esperam de cada um de nós o fiel cumprimento de
nossas missões.
E,
como tudo começa com o ato de se conhecer a si mesmo, achei por bem
trazer, à tona, algumas verdades que nos conduzem ao
AUTOCONHECIMENTO. Ele é a base de um bom relacionamento, pois nos
ensina a reconhecer nossas fortalezas e fraquezas, e a respeitar
nossos interlocutores sem considerá-los opositores ou inimigos.
Achei
que o melhor caminho para tratar deste assunto seria através do
conceito cristão e budista que, tudo começa com o desapego, como
ensinou Jesus e Sidarta. E, para abordar o tema, escolhi um livro
muito interessante – O CAMINHO DA HABILIDADE, de Tarthang Tulku.
Desfolhei
o livro, e fui direto ao capítulo que trata do Autoconhecimento, e
lá encontrei a afirmação que o verdadeiro autoconhecimento nos
capacita a orientar nossas vidas em direções saudáveis e
significativas. Saudáveis, porque não há conflitos entre alma e
personalidade, e significativas, por darem sentido e significado à
nossa existência.
Prossegue o autor, no parágrafo seguinte, afirmando que, o fato de
nos conhecermos leva-nos a uma melhoria na qualidade de nossas vidas.
O autoconhecimento poupa-nos o tempo de sair em busca de nossa
verdadeira identidade, experimentando diversas possibilidades,
fazendo novos amigos ou buscando outras atividades, somente para
satisfazer nossos interesses imediatos. E, como diz o autor, quanto
mais procuramos, mais confusos ficamos.
Por
que temos tanta dificuldade em saber quem somos? A resposta, sem
rodeios e como um tapa sem luvas, acusa-nos de criar uma falsa
autoimagem, baseada no que pensamos que somos, e como desejamos que
os outros nos vejam. A crença nesta imagem que, invariavelmente, se
revela falsa é que nos afasta das verdadeiras qualidades da nossa
natureza. Essa autoimagem se revela como uma miragem no deserto de
nosso autoconhecimento.
O
trista dessa autoimagem não é somente a sua falsidade, mas os
falsos valores em que ela se baseia. Ela se investe de um disfarce
diante do que tememos ser, ou de como desejaríamos ser ou como
gostaríamos que o mundo nos visse. E, assim, não somos capazes de
nos enxergar com clareza. E, desta forma, deixamos de reconhecer
tanto as nossas verdadeiras forças, como a maior parte das nossas
fraquezas.
O
mais triste desta farsa é que nos utilizamos da autoimagem para
evitar olhar para nós próprios com a indispensável honestidade. Ou
criamos uma imagem pessoal cheia de orgulho ou ficamos escondidos por
trás de uma imagem autodepreciativa. E, quando direcionamos nossa
energia para sustentar a nossa autoimagem, também nos impedimos de
nos relacionarmos abertamente com os outros.
E,
assim, está armado o circo, em que nós somos o malabarista,
tentando não deixar cair as bolas que atiramos para o ar, ou o
palhaço que ri de suas próprias desgraças. Qualquer das duas
hipóteses nos conduz a situações que nos afastam dos
relacionamentos consistentes e duradouros. Tudo não passa de
sucessivos espetáculos que, muitas vezes, pode culminar com passes
de mágica que enganam a plateia e fazem com que possamos esconder a
verdade que não temos coragem de revelar.
FIM
DA 1ª PARTE
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